TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

sábado, 1 de setembro de 2007

O senATo fede


De Ricardo Noblat -
O decoro perdido no Senado
Editorial de O Estado de S.Paulo, hoje:

"Dois meses atrás e um mês depois de espocar a revelação de que o lobista de uma empreiteira era quem pagava os débitos extraconjugais do presidente do Senado, Renan Calheiros, o senador Jarbas Vasconcelos proferiu em plenário as palavras mais devastadoras jamais ouvidas ali a respeito da própria instituição da qual ele faz parte. “O Senado não pode ficar nessa perplexidade em que se encontra, sob pena de se desmoralizar”, disse ele repreendendo os seus pares pela leniência em tolerar que o suspeito de tamanha enormidade permanecesse aferrado à presidência da Casa enquanto não se esclarecesse a denúncia. E completou, sem rebuços: “O que não pode é o Senado ficar sangrando e, mais do que isso, fedendo. Essa situação está ficando insustentável.” Proféticas palavras." Leia mais
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O velho Renan de sempre
Advogado diz que Renan Calheiros é sócio de lobista que armou golpe contra fundo de pensão e distribuiu dinheiro ao deputado

Por Diego Escosteguy na VEJA deste fim de semana:

"As relações entre o senador Renan Calheiros e lobistas com interesses no governo começaram a ser expostas quando VEJA revelou que um deles, Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, pagava despesas pessoais do senador. Na semana passada, VEJA teve acesso a um depoimento prestado à polícia pelo advogado Bruno Brito Lins. Através dele pode-se concluir que as ligações de Renan Calheiros com lobistas não se restringem a Gontijo e, mais uma vez, vão além da amizade desinteressada. Renan é sócio e parceiro de lobistas em negócios que envolvem pagamento e recebimento de propina. Bruno Lins foi casado com Flávia Garcia Coelho, funcionária do gabinete de Renan Calheiros e filha do lobista Luiz Garcia Coelho. As ligações entre eles são tão íntimas que Renan Calheiros foi padrinho do casal, a convite do lobista. Foi nesse ambiente que, durante anos, Bruno Lins testemunhou de perto a articulação de negócios escusos do grupo e, segundo conta, chegou a transportar pessoalmente malas de dinheiro que eram entregues a políticos e funcionários do governo. Nos principais trechos do depoimento, que está sendo investigado pela Polícia Federal, o advogado descreve a sociedade que existe entre o ex-sogro e Renan e fornece detalhes das operações clandestinas:

O senador Renan Calheiros negociou com um grupo de aliados do PMDB uma maneira de beneficiar o banco BMG no serviço de concessão de crédito consignado para os aposentados da Previdência. Em troca, o banco pagou propina aos envolvidos.

• A propina, sempre em dinheiro vivo, era recolhida com diretores do BMG em Belo Horizonte e na agência do banco em Brasília. Em algumas ocasiões, Bruno transportou e entregou pessoalmente o dinheiro aos envolvidos.

• Entre os envolvidos na operação para beneficiar o banco estão o senador Romero Jucá e o deputado Carlos Bezerra, ambos do PMDB e aliados de Renan Calheiros. Ao deputado Bezerra, Bruno diz ter entregue 150.000 reais de propina.

• Renan Calheiros é sócio oculto do lobista Luiz Garcia Coelho. Juntos, além do caso BMG, os dois armaram um golpe milionário contra o fundo de pensão dos Correios, o Postalis. O lucro da operação seria repartido entre ambos". Leia mais aqui
PF abre investigação contra Renan
Da Folha de S.Paulo, hoje:

"A Polícia Federal começou a investigar denúncia de um esquema de lavagem de dinheiro que envolveria o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
O caso teve em início em setembro de 2006, em depoimento prestado à Polícia Civil do Distrito Federal por Bruno de Miranda Ribeiro Lins. Ele relatou que seu ex-sogro, o empresário Luiz Carlos Garcia Coelho, manteria duas contas no exterior e operaria para políticos do PMDB, entre os quais o presidente do Senado.


Procurado pela Folha por telefone, Miranda confirmou as declarações à Polícia Civil, incluindo a citação a Renan. Evitando estender a conversa, disse que trabalhou com o ex-sogro, mas que preferia não falar mais por medo de retaliação." Assinante da Folha leia mais

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