TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Haja hoje para tanto ontem!


A frase é do leminsky. Que genial. Meu irmão Beto me escreveu isto. Recebi agora, agorinha sua mensagem. Meu irmão poeta. Sou privilegiada mesmo. Um poeta a me entusiasmar na vida! Recebi e-mail de um antigo amigo. Pedro Ivo. Que legal! A gente se acha neste mundo virtual. TÔ aqui 1 hora e 20 minutos do último dia de outubro. Trabalhando. Escrevendo. Amanhã, sexta, aquele dia canino.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Taí!


Universidade Estadual de Londrina tem dois novos doutorados e mais bolsas CAPES

Agência UEL
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES/MEC – autorizou a abertura de mais dois cursos de doutorado na UEL: em Química dos Recursos Naturais e em Saúde Coletiva. Os processos foram analisados durante a 104ª Reunião do Conselho Técnico Científico da CAPES, realizada de 20 a 23 deste mês, e fazem parte de uma relação de 31 cursos de mestrado e/ou doutorado autorizados em todo o país. Na Região Sul, além dos dois doutorados da UEL, só fazem parte da lista quatro cursos da UFPR – três mestrados e um doutorado.
Química dos Recursos Naturais e Saúde Coletiva já eram mestrados consolidados e com boa produção científica na UEL – tinham nota 4,0 na avaliação da CAPES. Os novos doutorados começam a funcionar já em 2009. A instituição passa a contar com 12 programas de pós-graduação stricto sensu que oferecem cursos de mestrado e doutorado. Os novos somam-se aos de Agronomia, Ciência Animal, Ciência de Alimentos, Genética e Biologia Molecular, Microbiologia, Patologia Experimental, Ensino de Ciências e Educação Matemática, Física (em conjunto com a UEM), Estudos da Linguagem e Letras.
Outros 18 programas têm apenas mestrado: Análise do Comportamento, Ciências Biológicas, Biotecnologia, Ciência da Computação, Ensino de Ciências e Educação Matemática, Geografia, Matemática Aplicada e Computacional, Educação Física, Comunicação, Educação, Administração, Direito Negocial, Economia Regional, Serviço Social e Política Social, Ciências Sociais, História Social, Engenharia de Edificações e Saneamento e Engenharia Elétrica. A UEL oferece ainda dois mestrados profissionais: em Gerência de Serviços de Saúde e em Gestão da Informação.
BOLSAS – A CAPES também contemplou a UEL com o aumento do número de bolsas para alunos de mestrado e doutorado, aumentando sua capacidade de atração e incentivo. Foi um reforço considerável: 30% a mais de bolsas de mestrado e 40% a mais de doutorado. Agora, a UEL pode oferecer um total de 150 bolsas CAPES para alunos de mestrado (no valor de R$ 1.200) e 40 para alunos de doutorado (R$ 1.800).

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Comentário: Na Universidade Estadual de Maringá também levantamos com a boa nova: todos os programas de pós-graduação foram contemplados com novas bolsas. Ave!

Natal...

No Brasil: estamos avisados que não será bom. Eufemismo. Na Má-ringa, os empresários da ASSIM cidade brega continuam sua tarefa de enrolar as árvores com mangueirinhas compradas no Paraguai. Os brega-chiques. Mais do que bregas, analfabetos. As árvores são patrimônio cultural da Má-ringa. Mas, a palavra patrimômio para eles ...lembra dim-dim, la plata...

Pacotão!


quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Dizes-me com quem andas...



Silvio II foi o grande perdedor!
Nesta confusão toda envolvendo a eleição de Belinati e a cassação do seu registro pelo TSE, entendo que o grande perdedor foi o prefeito Silvio Barros II. Ele não precisava ir a Londrina e aparecer naquela foto de comemoração junto com Ricardo e Cida. Muitos eleitores votaram nele justamente por acreditarem que ele seja diferente de Ricardo. Sua presença lá, naquele momento, em nada ajuda sua administração. Poderia, pelo menos, demonstrar que não estava interessado na eleição do ‘ficha suja’ de Londrina. Foi decepcionante para todos os eleitores honestos que acreditam que Silvio seja um político honesto e não compactua com os corruptos. Seu currículo político ficou um pouco mais pobre.


Helio Ribeiro II, bloguista

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Comentário: se o prefeito cassado Belinatti tem 90 processos, é ficha suja... para quê apoiá-lo? Será que esta frase bíblica ainda tem validade: Dizes-me com quem andas e em se apóia, e eu lhe direi o que és?

Entre o rico e o pobre...


terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mapas da ciência




Cap-tirado do Rerum Natura, Portugal
Esses dois mapas mostram a área do país de modo proporcional a dois índices de produção científica:- o de cima a proporção de artigos científicos mundiais publicados por autores desse país em 2001;
- o de baixo a proporção do aumento de artigos científicos publicados por autores desse país em 2001 relativamente a 1990.
Se no primeiro mapa, Portugal é pequenino, no segundo já está maior... E o mesmo se passa com o Brasil.Os interessantes mapas, que são feitos pelo SASI Group e se encontram no sítio Worldmaps, saíram na forma de livro no passado mês de Setembro

Piada científica....




Do Blog RERUM NATURA


Regressa o humor científico de David Marçal, tal como apareceu no "Inimigo Público":Segundo os criacionistas Darwin não propôs a teoria da evolução, apenas tomava notas para não se perder.
De acordo com a nova corrente criacionista, a famosa árvore da vida de Darwin não representa as relações evolutivas entre as espécies, que descendem umas das outras a partir de um antepassado comum, mas sim a dificuldade do cientista em memorizar caminhos.
São apenas notas com cruzamentos e bifurcações, desde a sua casa até à dos sogros, à do capitão Fitzroy e ao porto onde está ancorado o Beagle.
Também a maternidade (já que Darwin teve dez filhos) era um ponto importante.Em cima, página do bloco de notas de Darwin rabiscada em 1837, que segundo os evolucionistas representa o conceito de evolução das espécies a partir de um antepassado comum.Em cima, interpretação criacionista da árvore da vida de Darwin. A base do tronco não é a origem da vida (o antepassado comum), mas sim a origem das caminhadas de Darwin (a sua própria casa).
David Marçal

Óinc, óinc


Pai, eles riem da nossa cara!


Belinati (eleito pelo PP, em Londrina), Ricardo barros e seu irmão, reeleito. Ricardo Barros que sempre odiou o PT é da base aliada. Derrotou o PT, da mesma base do Lula, na Má-ringa. COMO elles são felizes! Nós, como disse o Acir, só dói quando rimos. Heheheheh

No Rio

Cap-tirado do Blog do Vidal
A derrota de Paes *


Abrindo mão das próprias convicções (se é que um dia as teve), aliando-se ao que há de mais podre no estado, gastando rios de dinheiro, jogando sujo, usando descaradamente a máquina estadual, federal e universal, beneficiando-se até de um feriado mal intencionado, enfim, com tudo isso, Eduardo Paes só conseguiu ganhar de Gabeira por 50 mil míseros votos.
Como vitória política, já é um resultado extremamente questionável; mas do ponto de vista pessoal, é uma derrota acachapante.
Eduardo Paes levou a prefeitura, sim, mas de contrapeso ficou com uma quadrilha de aliados que não deixa nada a dever àquela que ele acusava o presidente Lula de comandar. Vai ser prefeito, sim, mas vai ter de arranjar boquinhas para o Crivella, para o Lupi, para o Piciani, para a Clarissa Garotinho, para o Roberto Jefferson, para a Carminha Jerominho, para o Babu, para o Dornelles, para a Jandira... estou esquecendo alguém? Conquistou um cargo, é verdade, mas conquistou também o desprezo mais profundo de metade do eleitorado.
Em compensação, como carioca, perdeu a chance de viver um momento histórico, em que a prefeitura seria, afinal, ocupada por um homem de bem, com idéias novas e um novo jeito de fazer política; perdeu a chance de ver o Rio de Janeiro sair do limbo a que foi condenado nas últimas décadas, e ganhar projeção pela singularidade da sua administração. Se Gabeira tivesse sido eleito prefeito, o Rio, que hoje não significa nada em termos políticos, voltaria a ter relevância, até pelo inusitado da coisa. Um prefeito eleito na base do voluntariado, do entusiasmo dos eleitores e da vontade coletiva de virar a mesa seria alguém em quem o país seria obrigado a prestar atenção. Agora, lá vamos nós para quatro anos de subserviente nulidade, quatro anos em que o recado das urnas será interpretado, pela corja que domina esta infeliz cidade, como um retumbante "Liberou geral!" Nojo, nojo, nojo.

Ai!

Após as eleições, a Má-ringa anda calma. Os mais pobres - que votaram na sobrevivência da direita - estão nas ruas, à espreita de uma alma caridosa... que lhes dê uma razão de viver nesse chão ...
Hoje - feriado onde trabalho - fui ao centro da cidade. É uma aula de sociologia. Atenção, maringaenses, saiam de suas tocas e andem pelo centro da cidade -jardim. É um pedaço de pobreza com esperança.... A gente ainda não viu nada...

Poema...

De leminski, cap-tirado do Blog do Solda

O homem é um animal político


segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Lula fritou mais um?


Ele ri de sua cara...

Quando criticamos o PT ou Marta, não quer dizer que queremos esse engenheiro de direita. Nem o PFL, hoje, demo, nem o PP. Nem o PMDB com seo quercia (lá imponente com caxab). Argh!
Imagem: Cap-tirado da Mary.

A coisa lá tá feia!

Do Pedriali em Londrina, Paraná
Réu em mais de 90 procesos nas áreas civel e criminal, condenado em três processos, com os direitos políticos suspensos - está na vida pública em razão de recurso -, com a candidatura impugnada pelo TRE e sub judice no TSE, cassado em 2000 por desvio de dinheiro público, preso duas vezes... Antonio Casemiro Belinati (PP) se reelege pela quarta vez prefeito de Londrina!
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Comentário: aqui, na Má-ringa, estamos mió. O prefeito só é julgado em 9 processos! Etanóis!

etanóis


Lula ajuda quem cedo NÃO madruga


Depois de ontem...


BNDES ajuda quem cedo não madruga


Paipai!

Em São Paulo... O Caxab ganou. Quem ficou feliz à beça foi o candidatíssimo à presidência da república (com erre minúsculo), o senhor governador. Ele mal disfarçava sua alegria. Em Minas, Aécinho logo reclamou que ele também fora bem sucedido. "SEU" candidato ganhou. E onde focará o Lula. Com Aécio ou com dona Ministra?

E no Espírito Santo, os Deuses ...


E quem precisa de vereadores? FOra todos e todas!

Lost



Pois é. O PT perdeu na Bahia, em São Paulo, em Porto Alegre... O que sabíamos. O Lula apareceu, hoje, dizendo que os aliados do presidente ganharam em quase todos o país. ALIADOS. Os aliados, bem dito (ou malditos). Quem são os aliados? O PMDB? Quá, quá.... O PP? quá...quá...
A bem da verdade, o Lula ficou sabendo agora que ele tem alto indíce no Ibope e a direita, sua ALIADA, também!
O ALIADO PP ganhou do PT na Má-ringa. Muita gente jura de pés juntos que o candidato do PT da Má-ringa não fez força para ganhar do PP local. Eu prefiro não acreditar que foi uma conspiração. É demais para meu cerebrozinho.

Brasiu varoniu.

A Caixa Econômica (econômica?) vai ajudar bancos (ou melhor banqueiros falidos). Enquanto isso executa mutuários que não pagaram altas prestações de casas humildes. Etanóis! No Brasiu varoniu!

Eu voltei!







Tive um final de semana de descanso. Fiz uma pequena cirurgia em um dente. Um início de labirintite...nada mal para uma semana canina. Pude dormir mais. Etanóis. A vida continua. Na cidade, o Natal, como já disse, chega com as mangueirinhas feiosas enrolando (é palavra certa para os comerciantes, enrolando) as árvores e o povo. Logo virá aquela casinha brega no centro da Praça Napoleão, em frente às Casas Pernambucanas. Ah, não faltará aquele Papai Noel fedido de suor junto. A elite da Má-ringa não perdoa, mata! Eita natal feio. Já uma boa orquestra em uma noite de calor, um teatro a céu aberto... ah, isso é coisa de rico. Rico de espírito, é claro. os ricos de grana gostam de mangueirinhas de plástico. FREUD explica. Compulsão por mangueiras. Eu, hein!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Ah, não! De novo?

Na Má-ringa o Natal será de queima total! Calma, colegas! Não é promoção nas lojas. É queimação mesmo! A associação dos comerciantes (alguns chamam de empresários, outros de empreendedores) começou a enlaçar as pobres ávores das ruas por aqueles plásticos paraguaios. Começou o festival dos bregas e chiques. Iniciou-se a estética dos pão-duros. A estética dos feios, sujos e malvados. Mangueirinhas paraguaias nas árvores com aquelas luzinhas de bordel? Ah, tem dó!

..


pacotão


Relace y goce...


Eu, um elefante


Reunião de departamento. É sempre uma chance de repensar conceitos como o de democracia, de inconsciente de Freud, de comunidade e bla blá. Candidatei-me a uma comissão e fui votada como uma das representantes. Isso em uma instância anterior à de reunião do departamento. Já na reunião de departamento um colega disse: "eu não tenho nada contra vc, mas vc sempre participou das bancas". Não é mentira o que ele disse, mas também é uma arte inverter a situação. Fui candidata, recebi votos e tudo o mais. Por que voltar atrás dessa votação? Estranho. Mas, eu não me intimido com pequenos deslizes. Um elefante incomoda muita gente, um elefante cor de rosa, incomoda muito mais.

Eu te vi aqui!

Minha querida amiga Dalva...na bahia.. saudade, ôh, xênte!

Na Má-ringa....


... a paz dos cemitérios!


Passada a eleição para prefeito, a Má-ringa está um cemitério. Tratores que limpam ruas, trabalhadores que rebaixam as luminárias dos postes das ruas, vizinhos trocando idéias, vereadores que dão churrasco com dinheiro público, varreção de sarjetas, buracos fechados... tudo sumiu! Quem continuará a limpar a cidade? a tampar os buracos das ruas? a inovar nas luminárias? Quem, quem?
Imagem: de Salvador Dali ( e eu aqui)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Saiu!


O livro Evoluções e revoluções: o mundo em transição, de organização do professor Marcos Danhoni, da Universidade Estadual de Maringá e de Josie Agatha Parilha da Silva, da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Nele fazemos uma homenagem aos 150 anos da ORIGEM das ESPÉCIES, de Darwin.

Com nove capítulos discutimos Evolução, paradigmas, física, arte, Aristóteles. Maringá, Editora Massoni, com apoio da SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. A imagem é de Bansksy. UAU!

Eitanóis...

O pai de Eloá, da garota morta, é um bandido de um Esquadrão da Morte em Alagoas. Fugiu há mais de 10 anos. Foi visto agora, em 2008, quando desmaiou ao ver sua filha nas mãos do ex-namorado. A impunidade no Brasiu vale tanto para ricos como para pobres. Ninguém é procurado, mata-se e tudo bem... Não é todo dia que alguém do esquadrão da morte - herança maldita - é pego, melhor dizendo, é visto.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Brasiu

Por James Pizarro
CANTO I

Os lábios de Eloá.
Grossos.
Untados de vermelho nas fotos de seu orkut.
Os cabelos pretos de Eloá.
Sedosos.
Longos.
Esvoaçantes.
Lindos.
O sorriso de Eloá.
Dentes lindos.
Alvos.
Instigantes.
Adolescentes.
O corpo precoce de Eloá.
Hormônios em convulsão.
Vida acelerada.
O jeito de Eloá.
Terno.
Educado.
Apreciado pelos colegas.
O comportamento de Eloá.
Sereno.
Alegre.
Humorado.
Simpático.
Tudo isso foi de roldão porque a patologia, fantasiada de amor, roubou sua vida.
Cérebro jovem cremado pelo calor na bala incandescente.
Do tiro assassino.
Neurônios esguichando para fora da cabeça.
Vida brutalmente podada.
CANTO II
Pulmões enchendo-se de oxigênio no peito alheio.
Córneas.
Fígado.
Pâncreas.
Coração.
Tudo generosamente doado.
Recauchutando outras vidas.
De Nayara sobrou o cadáver oco.
Preenchido de gazes e algodão.
O jovem corpo estendido no necrotério.
Os pés enrijecidos.
Que deram tantos passos.
Mas que - por fatalidade - caminharam, aos 12 anos, em direção ao homem errado.
Pobre Eloá.
Linda Eloá.
Infeliz Eloá.
Quantas Eloás estão indo pelo mesmo caminho neste Brasil ?
Quantas ?!...

Ajuda ..

Do Messias Mendes, um pedido
Ainda desaparecido
21.10.08Gilmar Germano da Silva, um trabalhador maringaense, saiu de casa no dia 21 de agosto desse ano para ir trabalhar em Contagem (Minas Gerais). Chegando lá, passou mal no saguão do hotel e foi levado para um hospital público. Seu chefe, que foi com ele trabalhar na limpeza de pisos de mármore, voltou no dia seguinte para visitá-lo e Gilmar não estava mais lá. Informaram no hospital que ele havia fugido. Saíra sem lenço e sem documento, só com o uniforme do hospital. Já se vão dois meses e nem sinal do Gilmar. A família já esteve em Contagem, pressionou a direção do hospital e nada. O que aconteceu ninguém sabe, mas a família espera que ele esteja vagando por aí, desmemoriado e que, recobrando a consciência, voltará para casa. Evangélica, a família ora e se alimenta na fé, a fé de que uma hora dessa o Gilmar retorne, que num toque do telefone, surja uma boa notícia. Eu sou amigo particular do Gilmar, um pai de família exemplar, um brasileiro profissão esperança, gente da melhor qualidade. É sogro do meu filho Alexandre, que está muito angustiado com o desaparecimento.
Qualquer informação sobre o paradeiro de Gilmar pode ser passada através do telefone 3259-1936 ou para o email desse blogueiro (messiasmendes50@hotmail.com).Aproveito para pedir a colaboração da blogosfera, para fazer circular esta foto e este pedido de ajuda da família, da qual, por meio do meu garoto Xandão, também faço parte.

...




Assim. A Paula Thomaz que matou a Daniella Perez está solta e casada e com mais filhos no Rio de Janeiro. A pena que ela sofreu NÃO ME REPRESENTA como cidadã. Como membro da sociedade brasileira, não considero que foi feita justiça.
Como parte desta imensa COMUNIDADE BRASIL noto que muita gente também não se sente REPRESENTADA pela pena aplicada à Paula Thomaz. Donde eu concluo que, PERIGOSAMENTE, movimentos justiceiros crescem de forma legítima. O que significa LEGÍTIMO para as ciências sociais? É legítimo tudo aquilo que é apoiado pelos membros de um determinado grupo como válido e justo. Eu não gosto de movimentos justiceiros. Não apóio. Não torço. Eu apenas NOTO que eles ganham legitimidade. À medida em que a Paula Thomaz tesoura uma garota e fica na cadeia 6 anos. Eu credito a legitimidade crescente desses movimentos à isso. Posso estar enganada. E o brasileiro pode ser um povo violento de nascença.
O estado de espírito que isso causa no brasileiro médio é bastante propício para saídas radicais. Como por exemplo um político qualquer que carregue a bandeira da PENA DE MORTE. Eu não apóio pena de morte. Só acho que venceria um plebiscito por 80%. Talvez um pouco menos, se os evangélicos resolvessem fazer lavagem cerebral. Mesmo assim estou certa que as pessoas MENTIRIAM pro pastor e votariam a favor. Eu não votaria. Mas me percebo como minoria nesse caso.
Não se trata de discutir EFICÁCIA de penas. Não é esse o caso. A discussão a respeito de crimes muito violentos, geralmente passionais, situa-se em outro plano. Que é de PUNIÇÃO simples. Quando a Paula Thomaz tomou a decisão de dar dezenas de tesouradas na Daniela Perez, pra mim é claro. Game Over pra ela. Ou fazemos isso a partir de transformações radicais no código penal ou vamos ter fantasias fascistas.
Mas pode ser que eu esteja enganada. Já que é uma percepção individual. Pode ser que os brasileiros estejam satisfeitos com o código penal. E a única pessoa que espume quando assiste na TV à nova vida do Guilherme de Pádua seja eu.
O caso Daniella Perez é emblemático porque, nele, a justiça FUNCIONOU. Tudo que existe na lei, foi cumprido.
E os direitos humanos, sinto muito. Eles sempre aparecem de maneira antipática. Das duas uma. Ou eles são antipáticos. Ou o estado de espírito já está bastante alterado. E toda narrativa a respeito dos direitos humanos já vem CARREGADA por conta dessa alteração do estado de espírito. O que corrobora toda a tese acima. Tese pessoal minha. E intransferível minha. E mal-estar meu. E tudo meu e meu e meu.

Ex-querda, volver!


Francisco de Oliveira, 19.10.08 Desindustrialização expulsa esquerda de SP, diz sociólogo
Francisco de Oliveira diz que trabalhadores do setor informal em geral votam na direita.
A desindustrialização de São Paulo empurrou a esquerda para fora da cidade, sustenta o sociólogo Francisco de Oliveira, 74, professor titular aposentado do Departamento de Sociologia da USP. Segundo ele, a fuga das indústrias da capital paulista converteu a cidade num pólo de serviços com um setor informal muito extenso, cujos integrantes não se identificam com o PT: "Em geral eles votam na direita devido ao imediatismo. É gente que quer receber benefícios imediatos, sem esperar por transformações estruturais". Segundo Oliveira, o Bolsa Família é uma "política conformista" que reflete o predomínio desse "exército informal que representa mais de 50% da força de trabalho".
Na entrevista a seguir, concedida na última terça-feira, o sociólogo sustenta ainda que, ao chegar ao poder, "o PT foi engolido pelo atraso", pois trocou uma política de classe por uma política de combate à pobreza.

FOLHA - Em novembro de 2004, o sr. publicou um artigo na Folha em que dizia que Marta Suplicy foi derrotada pelo governo Lula, pois sua política econômica era indefensável. Hoje Lula tem mais de 50% de aprovação na cidade de São Paulo. Como o sr. explica a rejeição a Marta? A criação das taxas? As políticas sociais do PT? Críticas moralistas?
FRANCISCO DE OLIVEIRA - Um pouco de tudo isso. Em primeiro lugar, naquela época o ataque da mídia ao governo Lula era muito intenso, e Lula não transferiu votos para Marta, transferiu a carga negativa. Agora a situação é a seguinte: a administração de Kassab está muito fresca na memória, enquanto a de Marta já tem quase quatro anos de distância. Isso hoje é muito importante devido à imediaticidade da mídia. É ela que faz a nossa consciência: é uma presentificação absoluta. A distância da administração da Marta esbarra na imediaticidade das avaliações positivas de Kassab. O fato de a avaliação do governo federal ser positiva na cidade de São Paulo não dissolve essa distância da Marta. E São Paulo é uma cidade bastante conservadora. Bastante conservadora. Se você retoma a história brasileira, o populismo paulista sempre foi de direita: Adhemar de Barros, Jânio Quadros, Paulo Maluf.

FOLHA - Ignácio Rangel dizia que o latifúndio gaúcho -Getúlio Vargas, João Goulart- conseguiu representar politicamente a indústria nacional, o que deu origem a um populismo de esquerda, progressista. Mas isso não aconteceu em São Paulo.
OLIVEIRA - Isso nunca aconteceu. Mas não é só isso. Na verdade o que é importante no Rio Grande do Sul é a pequena propriedade, não é o latifúndio: o latifúndio enche nossas mentes, mas não forma... As ideologias populistas nascem no Rio Grande do Sul, mas é importante não esquecer que o Estado conheceu um positivismo muito especial, que é o que influi na legislação trabalhista. Vargas era positivista, a moçada formada nas escolas militares era positivista. Não é a toa que a divisa da bandeira brasileira é "Ordem e Progresso". E São Paulo não teve essa formação.
FOLHA - Mas por que a direita é especialmente forte em São Paulo? Devido à centralidade econômica da cidade, sede de grandes empresas, bancos, associações empresariais?
OLIVEIRA - De fato, a centralidade econômica de São Paulo leva a cidade para a direita. Não é tautológico, mas é um fato.
FOLHA - Mas o PT continua sendo muito votado na periferia da cidade e nos demais municípios da região metropolitana. O sr. acha que a esquerda foi expulsa para fora da cidade -para a região metropolitana?
OLIVEIRA - Foi, é verdade. Esse é um fenômeno político da maior importância. As indústrias saíram de São Paulo. São Paulo não é mais uma cidade proletária: é uma cidade de serviços e de um setor informal imenso, cuja identificação de classe é muito ambígua, muito perpassada pelo fenômeno da sobrevivência. É uma situação de classe muito difícil. São Paulo não é mais do proletariado clássico. Moro num bairro, a Vila Romana, que antigamente tinha várias indústrias. Hoje não tem mais nenhuma, todas foram para outros municípios.
FOLHA - Inclusive é uma área de forte investimento imobiliário.
OLIVEIRA - Forte, muito forte. Não é uma zona rica, comparada a Higienópolis, mas é uma zona de investimentos imobiliários muito altos. E aqui você tinha a Matarazzo, a Saturnia, a Melhoramentos -hoje aqui só ficou o escritório-, a Parmalat... Era uma zona de fábricas, e hoje não tem mais nenhuma. Isso aconteceu com a cidade como um todo. A cidade se desproletarizou na forma clássica e ganhou um enorme exército de trabalhadores informais....
FOLHA - Que em geral não votam na esquerda...
OLIVEIRA - Em geral eles votam na direita devido ao imediatismo. É gente que quer benefícios imediatos, sem esperar por transformações estruturais.
FOLHA - Apesar de sua provável derrota em São Paulo, o PT continua sendo o partido que mais cresceu no país. Em 2004 o sr. escreveu que isso mostrava o envelhecimento de um partido nascido para reformar o país. O sr. ainda mantém essa opinião: o PT foi engolido pelo atraso ou foi o atraso que se modernizou?
OLIVEIRA - Eu acho que o PT, como força transformadora, foi engolido pelo atraso. Qual é a modernização que existe aí? É uma modernização de políticas sociais que são políticas de ajustamento, não são políticas sociais transformadoras -elas se ajustam à realidade. O Bolsa Família é uma política de ajuste, uma política conformista. E isso reflete essa situação um tanto ambígua de uma classe que não é classe, desse enorme exército informal que representa mais de 50% da força de trabalho. Então, o PT foi engolido pelo atraso. A modernização das políticas sociais é uma regressão da classe para a pobreza, enquanto o movimento histórico vai da pobreza para a classe. A extensão das políticas sociais focais é uma regressão da classe para a pobreza: elas são políticas para os pobres.
FOLHA - Os partidos social-democratas de tipo clássico se baseavam em seções territoriais, os núcleos de base. Hoje os núcleos do PT praticamente desapareceram. Essa transformação reflete a conversão de um "partido dos trabalhadores" em um "partido dos pobres"? O PT não é mais um partido social-democrata?
OLIVEIRA - Não, não é. Isso reflete em parte essa mudança e, em parte, é um reflexo da chegada ao poder. Você se profissionaliza porque a gestão do Estado exige a profissionalização. Não é um Estado qualquer: é um Estado capitalista, todo permeado por relações patrimonialistas, mas na maior parte dos casos você tem que gerir dinheiro. E dinheiro não se gere passando a mão na cabeça. O partido profissionalizou-se e burocratizou-se no sentido weberiano -ele tem de tornar a gestão previsível, e por isso se profissionaliza. Isso é em parte o efeito da chegada ao poder, e em parte o efeito da regressão da classe para a pobreza.
FOLHA - Mas o PT ainda tem um vínculo razoavelmente estreito com os sindicatos. O sr. acha que ele se parece hoje mais com o Partido Democrata norte-americano, que ainda está ligado a uma central como a AFL-CIO, do que com os social-democratas europeus, que antes eram estruturados a partir dos sindicatos?
OLIVEIRA - Não, não é mais o modelo europeu. É mais próximo realmente do modelo norte-americano, com algumas particularidades que a legislação brasileira conferiu, devido ao fato de que a influência do Estado na formação da economia levou à formação desses fundos estatais, que eram mecanismos de acumulação, e que estão na maior parte dos casos sob o controle de sindicalistas. É uma transformação da classe.
FOLHA - É aquilo que o sr. tinha descrito no "Ornitorrinco". O sr. acha que o partido hoje é controlado por uma nova classe social?
OLIVEIRA - Eu acho. É uma expressão forte, porque os sociólogos têm muito medo de falar em classe social. Mas é uma nova fração de classe que tem um papel muito importante hoje.
FOLHA - O sr. fala de uma aproximação entre PT e PSDB. Mas o que opõe os dois partidos nas eleições? Qual é a fratura que divide os dois?
OLIVEIRA - A fratura é parecida com a que existe nos Estados Unidos: embora democratas possam ser tão ricos quanto republicanos, essa fratura permanece nos EUA devido a origens históricas diferentes. Isso tem peso. Quem fez a paz no Vietnã foi um conservador. Os democratas não ousavam dar nenhum passo no Vietnã porque apareceriam como traidores. Origens históricas diferentes continuam a pesar, e o fato de que, a partir dessas origens diferentes, eles se inscreveram junto ao eleitorado como alternativas. Mas a aproximação entre eles é tão grande que em Minas tentou-se essa façanha, de eleger um tertius que representasse os dois partidos, PT e PSDB. Essa é a tendência. Mas não ocorrerá de forma absoluta devido a essas raízes históricas diferentes. Mas as diferenças reais são muito pequenas.
FOLHA - Mas, se há uma identidade absoluta, não haveria nenhum fundamento para uma escolha do eleitor. Existiria alguma coisa substantiva além das raízes históricas?

OLIVEIRA - Existe. Ainda há diferenças. Mas do ponto de vista das políticas decisivas elas são quase irreais -as diferenças reais quanto ao rumo da política nacional são quase irrelevantes. Mas eles jamais vão se unir, porque em política a soma não é maior do que as partes, como o caso de Minas revelou: juntaram duas forças que aparentemente iam aplastar qualquer outra. E não resultou.

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MAIS DE US$ 2 trilhões de dinheiro público já foram despejados em socorro a bancos e a instituições assemelhadas, e outros trilhões ainda serão necessários. Atônitas, as sociedades pagarão. Mesmo assim, ficarão expostas a uma recessão global prolongada ou a uma depressão profunda. Questões relativas a desenvolvimento, a justiça social e a bem-estar desapareceram do horizonte. Vinte anos de um falso consenso conservador resultaram nisso. Não se sabe quando a fase aguda da crise será contornada, nem a que preço. Mesmo que haja momentos de calmaria aparente, ainda teremos muitos episódios agudos, pois a massa de recursos fictícios que perambulam pelo mundo é dezenas de vezes maior do que o produto real. Além disso, a crise colocou em xeque o principal mecanismo de sustentação da demanda mundial: o endividamento dos consumidores norte-americanos. Nos últimos anos, avanços tecnológicos, alterações institucionais e a absorção de grandes contingentes de população laboriosa e barata na Ásia achataram os rendimentos do trabalho nos países desenvolvidos, ao mesmo tempo em que os gastos públicos se reduziam.
Para manter aquecida a demanda, os Estados Unidos ampliaram as facilidades de crédito. As duas curvas -a da renda e a do crédito- não podem se dissociar indefinidamente. Com o esgotamento desse ciclo, não se vê por onde a demanda será retomada. Sem ela, não haverá crescimento, mesmo com maciças injeções de recursos nos sistemas financeiros.
O Brasil pagará alto preço por ter subordinado sua economia ao grande cassino. O passivo externo líquido é gigantesco, as contas externas já estavam em trajetória ruim, o núcleo endógeno da nossa economia foi enfraquecido desde a década de 1990 e as portas nunca estiveram tão abertas à fuga de capitais. Perdemos muitos graus de liberdade na definição da política econômica. As reservas que acumulamos são inseguras, pois não têm origem em saldos na conta corrente. E a posição das grandes empresas brasileiras é incerta, pois as políticas do Banco Central as estimularam a especular com o dólar.
Ainda não sabemos quantas foram pegas no contrapé. Quando a demanda cai, as empresas investem menos. A demanda cai ainda mais, e o processo se realimenta. Nesses contextos, as economias precisam contar com um agente capaz de realizar e de coordenar investimentos que contrariem a espiral recessiva. Nenhuma empresa privada pode desempenhar esse papel, sob pena de, simplesmente, falir. Só os Estados podem fazê-lo. Daí a importância de uma reação ativa à atual crise internacional. Foi o que fizemos na seqüência do colapso ocorrido em 1929.
A questão é saber se o Estado brasileiro mantém capacidade para reagir e se terá vontade de acioná-la coerentemente. Forças de natureza supranacional, alojadas principalmente no Banco Central, controlam a nossa política econômica. E forças de natureza subnacional, representadas no Legislativo, apoderam-se de nacos do Estado, em troca de garantir a governabilidade no curto prazo. Esse arranjo perverso do sistema político mantém o Brasil na condição de plataforma de valorização do capital financeiro e exportador de recursos naturais. Na época da bonança, o presidente Lula conseguiu compatibilizar essa condição com suspiros de crescimento econômico e algumas políticas distributivas. Nos próximos dois anos, isso se tornará mais difícil em nosso país. No lugar de um acomodador de interesses, o Brasil precisará de um líder.
CESAR BENJAMIN, 53, editor da Editora Contraponto e doutor honoris causa da Universidade Bicentenária de Aragua (Venezuela)

domingo, 19 de outubro de 2008

Semana de CIência e Tecnologia

Começa amanhã na Universidade Estadual de Maringa a Semana de Ciência e Tecnologia. Comemoramos os 150 anos de publicação da ORIGEM DAS ESPÉCIES de Charles Darwin. Mais informações no Mestrado/Doutorado em Educação para as Ciências e ensino da Matemática. Fone: 3261-4827.

Vivendo e perdendo horas...


sábado, 18 de outubro de 2008

Religião...

Do Orlando tambosi
Perguntas incômodas às religiões
Discordo de Richard Dawkins (autor de Deus, um delírio, entre outras obras) em muitas coisas. Por exemplo, acho que ele tenta colocar a ciência como contra-modelo da religião. O iluminismo já tentou isto, assim como o marxismo. Fracassaram ambos. Grande parte da humanidade sempre se contentou e provavelmente se contentará com crenças, sejam quais forem, verdadeiras ou não, justificadas ou não.
Uma pequena franja dela buscará sempre a crença verdadeira e justificada, isto é, o conhecimento. E a ciência é conhecimento - independente de fé, cultura, posição social, ideologia, sexo etc.A ciência não é contra-modelo da religião, não combate a religião - é absolutamente indiferente a ela. A fé nada tem a ver com os métodos racionais das ciências.
Mas isto não isenta as religiões de alguns questionamentos, tais como os formulados aqui por Dawkins: Por que a nossa sociedade aquiesceu de maneira tão cordata na conveniente ficção de que as visões religiosas têm alguma espécie de direito automático e induscutível a uma posição respeitável? Se eu quiser que alguém respeite meus pontos de vista sobre política, ciência ou arte, terei que conquistar esse respeito por meio da argumentação, da justificação, da eloqüência ou do conhecimento relevante. Terei que resistir a contra-argumentos. Mas se eu sustentar uma visão que é inerente à minha religião, os críticos respeitosamente sairão nas pontas dos pés ou então terão que enfrentar a indignação de boa parte da sociedade. Por que nós temos que respeitá-las pela simples razão de que elas são religiosas?

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