TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

sábado, 25 de setembro de 2010

Vou, mas voltarei....

... talvez eu demore um pouquinho para postar essa semana, ... tenho um montão de coisas para fazer (segredo ainda) .... e volto logo!

Na Má-ringa tem gente BOA!


AJUDA URGENTE!
A Spam foi contatada pelo Juiz de Direito da 3ª Vara Criminal do Fórum de Maringá, para falar a respeito de de uma senhora, catadora de reciclados, que estava em dificuldades com 40 animais recolhidos por ela e "herdados" de um parente falecido. Pediu que acolhêssemos pelo menos 20 animais, pois ela estava impossibilitada de mantê-los. Fomos ver os cães, e observamos que estão bem cuidados, saudáveis, mas que é impossível para a Dona Eli manter esses animais com os seus recursos. Fotografamos vários deles, que estão para adoção. Pedimos aos associados que divulguem os animais.
Eles estão para adoção na Rua Bolívar (Pqe. Alfredo Niffler), 156, período da manhã (à tarde ela sai para catar recicláveis). Mas virão para a Spam, gradativamente


veja no nosso ORKUT o álbum da Dona Eli!

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COMENTÁRIO: Dona ELI, que cata recicláveis, deve viver na dificuldade e adota - mesmo provivisoriamente, 40 cães., merce nossa ajuda. Merece nosso respeito, é nossa dama! E pensar que tem um monte de gente surrupiando dim dim alheio!

Marmelada!


Loucoléxico.....


Cap-tirado da Wikipedia

Imagem: Millôr
Olha aí, pessoal. Isto não é endereçado a ninguém. Ninguém é nome de uma parte de seres humanos, metade do planeta?, 80% do planeta? Sei lá. O fato é que eu gosto de ler dessas "coisas" chamadas psicologia, psicanálise etc. O texto é da Wikipedia, mas razoável. Gosto muito da frase imortal do Solda: metade das pessoas desse mundo rasga bosta e come dinheiro, a outra metade, faz tratamento psiquiátrico ou terapia. Ou seja, metade é perversa, a outra metade é neurótica. Mas ... calculo que não é bem a metade ...que gosta de comer dinheiro, hein?!
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Sedução: Ao contrário da histérica que seduz por impulso, por uma necessidade inconsciente, o perverso seduz com intenção de manipular e controlar as pessoas ao seu redor. Através da incitação sexual, do choro, ou da sedução de ordem financeira, entre outras, o perverso usa suas vítimas no seu leque de relacionamentos. O perverso sempre tira proveito da sedução.


Vampirismo: Os perversos sugam recursos e energias de outras pessoas para se manter existindo. É muito comum que um perverso, em vida adulta produtiva, continue recebendo rendimento de pais e parentes. Um perverso também pode tirar sua fonte de rendimento aplicando golpes no Governo (aposentadoria, por exemplo), ou criando situações onde possam receber indenizações de outras pessoas ou empresas. É comum, em mulheres, ficarem grávidas para só viverem de pensão. Os perversos são pouco afeitos ao trabalho próprio como meio de própria subsistência.


Escolha narcísica de objeto: Um perverso procura estabelecer relações mais intimas com aqueles que se assemelham com ele ou por quem ele tem inveja (ou seja, quer ser como).


Mentira: O perverso é um mentiroso patológico. Ele saber mentir muito bem e sabe convencer as pessoas de que está certo. Utiliza de retórica sofística, demagogia e apelo emocional na mentira com o intuito de conseguir o que quer. Nas neuroses histéricas e na personalidade borderline também existe o fator mentira. A diferença é que o perverso a utiliza para tirar benefícios, lucrar e pode usar este recurso mesmo que isso traga prejuízo para outras pessoas. A teatralidade e a falta de constrangimento são marcas bem características.


Problemas com a autoridade/moral/lei
: Lacan bem observa que um dos sintomas que se propagam após a castração dos desejos por parte da autoridade (pai), o perverso sente um imenso prazer em desafiar regras morais e legais. Eles se sentem desconfortáveis quando estão sob a autoridade de um chefe, parceiro, juiz, policial ou de qualquer outra função normativa. Quando são obrigados a aceitar uma ordem fazem o serviço mal feito ou sabotam o trabalho. Os perversos possuem um sistema de moral e de justiça muito peculiar baseado em sua centralidade narcisista.

Óia!

Santiago entrevista o Balestra. Donde? Na Rádio São Francisco. Balestra é advogado, músico, compositor e ... escritor! Moram na Má-ringa e são do lado bão demais!
Meninos, vocês arrasam!

Na Má-ringa..... que inglês não vê...

Cap-tirado do Blog do Angelo Rigon

Prossegue o movimento dos moradores dos bairros Itatiaia, Atlanta e Liberdade, que ontem realizaram mais uma manifestação, entre 17h e 21h, por causa das obras do Transtorno Norte, em Maringá. Participaram também os vereadores Humberto Henrique e Bianco, o presidente do bairro Clóvis Trentin e o suplente Luizinho Gari. O protesto, com paralisação das obras e das vias de acesso dos bairros, foi por causa do não atendimento dos requerimentos enviados ao prefeito Silvio Barros II, ao diretor do Dnit e ao presidente da Urbamar. Os moradores manterão vigília durante todo dia de hoje no local.

(Fotos: Emerson Viana)

Na Má-ringa!


Akino »
Está faltando até gaze nos postos de saúde


Leitor denuncia que está, há mais de uma semana, faltando gaze nos postos de saúde em Maringá. A previsão é que somente na próxima semana o problema será resolvido. O que teria acontecido? Falta de recursos ou de planejamento? Com a palavra o secretário Nardi, que por sinal está desaparecido do noticiário. Estaria na campanha do seu mestre?

Akino Maringá, colaborador do Blog do RIGON

....


Imagem: Guto Cassiano

Palestras e Workshops

22/09/2010
“Erenice Guerra não estava preparada para assumir Casa Civil”, diz filósofo
Do Blog de Roberto Romano
Leandro Kleber
Do Contas Abertas
Em meio a escândalos envolvendo membros do primeiro escalão do governo federal, o professor de ética da Universidade Estadual de Campinas e filósofo Roberto Romano falou ao Contas Abertas. Ele afirma que “a Casa Civil é um lugar altamente perigoso para qualquer ocupante”, devido ao regime presidencial brasileiro, e que se José Serra ou Marina Silva forem presidentes no futuro, eles também enfrentarão esse problema. “Para assumir o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, é preciso ter capacidade diplomática, firmeza jurídica e uma integridade muito grande. A carta escrita por Erenice Guerra um dia antes de sua queda mostra que ela não estava preparada para um cargo dessa complexidade”, avalia. Confira a entrevista na íntegra.

CA: Como o senhor avalia o caso envolvendo a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra?

Romano: Em primeiro lugar é preciso uma resposta institucional e depois pessoal. Institucional o fato de que a Casa Civil é o centro nervoso do relacionamento entre o Executivo e o Legislativo e, portanto, por onde passam todos os projetos do governo, todas as propostas de lei e, inclusive, todos os vetos possíveis do presidente da República em relação ao que vem do Congresso. Neste caso, surgiu a frase, desde a época Sarney [presidente da República em 1988], “é dando que se recebe”. A Casa Civil se transformou em um instrumento muito importante para negociar o apoio do Congresso, fornecendo meios para a aprovação de projeto, verbas e nomeações.

Por outro lado, a Casa Civil funciona como uma espécie de proteção para o presidente da República. Como o relacionamento com o Congresso é de mão dupla, a Casa Civil consegue aprovação de suas políticas, mas com isso precisa autorizar o pagamento de débitos. Por outro lado, o presidente sempre é posto na parede por deputados e senadores. Desde a época do Sarney, passando pelo período Itamar, depois Fernando Henrique e, agora, Lula, você tem essa situação em que o presidente da República se torna refém dos seus compromissos com o Congresso. A Casa Civil é, então, um ponto nuclear para que ele se proteja de uma abordagem ou cobrança direta.

Quanto mais fisiológico o presidente da República, mais fisiológico vai ser o exercício da Casa Civil. O Fernando Henrique foi acusado, inclusive no caso da reeleição, de ter feito um mensalãozinho para conseguir a aprovação do projeto. Mas a média do trato do Fernando Henrique com o Congresso não passou por esse fisiologismo escancarado que o Lula assumiu, em companhia dos seus neo aliados – Sarney, Renan Calheiros e toda essa gente. A taxa de fisiologismo aumentou porque os aliados no Congresso também são experts nessa tarefa.

A Casa Civil mostra um defeito fundamental do Estado brasileiro, que é a super hegemonia do Executivo sobre o Legislativo, mas que não é uma hegemonia absoluta. Ela precisa ser adquirida seja por concessões ou meios heterodoxos do ponto de vista de se conseguir os tais votos favoráveis, a famosa base aliada de governo. Então, no caso do aspecto institucional, é um lugar altamente perigoso para qualquer ocupante, porque fica entre duas frentes, duas ordens de interesse, que muito dificilmente se coadunam. São interesses do presidente e do Congresso.

Para exercer o cargo de ministro-chefe é preciso ter capacidade diplomática, firmeza jurídica e uma integridade muito grande. Isso se mostrou muito complicado no caso do José Dirceu. A ministra Dilma, ao invés de assumir essas negociações diretamente, como fez Dirceu, delegou, inclusive à própria Erenice Guerra. Como já surgia no horizonte a possibilidade de sair candidata, desde que ela foi escolhida como ministra-chefe, Dilma diminuiu muito [a participação nesse processo]. Mesmo assim, houve muitas queixas de ministros e parlamentares da base aliada sobre a rispidez dela e pelo fato de não ter o dom fundamental para o cargo, a diplomacia.

Já na questão pessoal, quando alguém chega a esse cargo, passa a mediar a relação da Presidência da República com os demais poderes. Eu me referi anteriormente ao Congresso, mas na verdade o mesmo problema ocorre com o Judiciário. As contas do Judiciário passam por negociação na Casa Civil para chegar à Presidência. Quando não há uma pessoa que seja absolutamente diplomática, que seja também ao mesmo tempo capaz de ter um juízo seguro e uma prática segura do ponto de vista jurídico, o desastre acontece como ocorreu com o Dirceu e com a Erenice. É impossível imaginar alguém que esteja na mediação com o Legislativo e com o Judiciário fazendo essa troca de parentalha e de favores.

No caso da Erenice Guerra, somou-se o perigo do cargo, que podemos dizer assim: “um fio permanentemente desencapado, que precisava ser tocado com luvas de borracha”. E ela pôs a mãozona, tanto do ponto de vista institucional, como do pessoal. Essa carta que ela produziu no dia anterior à queda, com o timbre da Casa Civil, sem consultar o setor jurídico e o superior dela, que é o presidente da República, dando uma declaração política atacando o candidato da oposição dizendo que ele era aético e derrotado, mostra que ela não estava preparada para um cargo dessa complexidade.

Ela não soube distinguir a função de ministra da função pessoal, não soube distinguir a sua pessoa de militante com a pessoa que ocupa um cargo. Neste caso, infelizmente, ela copia o mudus operandi do chefe dela, que também não sabe diferenciar entre ser presidente da República e ser chefe do Partido dos Trabalhadores, como disse muito bem o Fernando Henrique Cardoso, ao afirmar que Lula se comporta como chefe de facção e não como presidente da República.

Essa discussão institucional é importante porque é um problema permanente. Se o Serra ou a Marina forem presidentes no futuro, eles vão ter esse problema porque é do regime presidencial brasileiro. Há duas pautas: a pauta do presidente, que é a pauta nacional, e a pauta do Congresso, que é a das oligarquias regionais. E essas pautas têm que ser resolvidas de algum jeito porque se não o presidente cai.

Isso foi muito bem equacionado, no sentido péssimo, no governo Sarney. Já o Collor não tinha como resolver isso porque era de um partido absolutamente insignificante e não empolgou o PMDB. O Itamar ficou por um período pequeno e muito combatido e o Fernando Henrique teve que amargar o pão que o diabo amassou para poder compor a tal da base aliada de governo. Tinham brigas do PFL com o PSDB a toda hora.

CA: Nos últimos anos, a Casa Civil da Presidência da República foi palco de escândalos como o do Waldomiro Diniz (suposto envolvimento com bicheiros), o mensalão (suposta mesada para parlamentares) e agora o da Erenice Guerra (suposto lobby), entre outros. Como evitar que a Casa Civil fique vulnerável a isso?

Romano: O primeiro ponto é a urgentíssima aprovação do projeto sobre a regulamentação do lobby, que é de autoria do [deputado] Carlos Zaratine, do PT. Isso interessaria a toda a oposição, a todo o setor que tenta um controle mais efetivo da movimentação junto às autoridades públicas. O projeto do Zaratine é bom. Tem alguns defeitos que acho sanáveis como, por exemplo, prever um ano para as pessoas se desincompatibilizarem do cargo, o que é muito pouco. Imagine alguém que trabalhou no Banco Central um ano depois. Ele ainda terá todas as referências, tudo certinho.

Mas a regulamentação do lobby é fundamental. Neste caso, por exemplo, se existisse a regulamentação, em primeiro lugar um filho de ministra que usou da sua qualificação de filho para conseguir algo estaria fazendo lobby ilegal. E a própria ministra poderia se tornar culpada. Se existisse a profissão do lobby, as pessoas estariam cadastradas, registradas e teriam o direito de conversar com ministros do Supremo, com o presidente da República. Isso deixaria claro à mídia e à opinião pública sobre o que está sendo pressionado. Agora, essa história de senador telefonar para ministro às 2h da manhã: “olha, aquele projeto”. Isso só coloca o presidente da República ou na defensiva ou na ofensiva no sentido péssimo da palavra.

O segundo ponto que me parece importante é acabar de vez com o privilégio de foro dos políticos. Assim, atenua-se essa tarefa de lobista que todo senador e deputado pode cumprir. Diminuiria a pressão desses deputados sobre a Casa Civil e o presidente.

O terceiro ponto que considero importante é que as contas do governo sejam cada vez mais postas diante dos olhos dos cidadãos. Porque se não houver todos esses mecanismos, evidentemente não se pode imaginar que isso pode acabar. Os escândalos aparecem um depois do outro, às vezes com um intervalo muito curto. O problema é que nós temos um sistema crônico de corrupção. Agora mesmo, enquanto estamos conversando, tenho certeza que tem gente roubando, gente metendo a mão na coisa pública. É muito difícil quebrar um sistema inteiro. Por isso, medidas como essas atenuam essa facilidade de deputados e senadores funcionarem como lobistas.

CA: Em uma entrevista ao Contas Abertas na virada de 2009 para 2010, o senhor garantiu que este ano seria marcado por escândalos. Diante do quadro que temos, parece que o senhor acertou. Por que, naquela ocasião, o senhor fez a previsão?

Romano: Eu devia ter metido a mão na boca, porque isso [a situação atual] é muito ruim (risos). Os problemas passados não foram resolvidos. Neste caso do lobby, é evidente que quando você está para mudar o governo, mesmo que continue o mesmo partido no poder, os negociadores vão mudar. Então, todo mundo vai correr para assegurar aquilo que já está garantido. Era evidente que fatos desse tipo ocorreriam.

O desgaste do Estado brasileiro é notório. É preciso que haja um ajuste da máquina de Estado, que foi elaborada no século XIX e se desgastou, não está atualizada. Há uma burocracia que é ao mesmo tempo imensa e pequena para as necessidades. Gasta-se muito com funcionalismo público, ao mesmo tempo em que não se gasta intensivamente e qualitativamente. Por outro lado, há esse desequilíbrio das contas públicas do município e até da federação. Isso não foi resolvido. O fluxo de impostos continua indo diretamente ao poder central e para sair dele e chegar ao município, nós conhecemos bem quais são os procedimentos. Tudo isso fazia prever que a situação seria essa, infelizmente.

CA - Pesquisas recentes mostram que a campanha presidenciável de Dilma Rousseff não foi afetada pelas crises da Receita Federal e da Casa Civil. O senhor acredita que a sociedade brasileira está anestesiada e que hoje esses fatos já estão banalizados?

Romano: Procurei, durante mais de 30 anos, um livro que li quando era estudante chamado “a manipulação das massas pela propaganda política”. (...) Esse livro, do autor Serge Tchakhotine, da social democracia alemã, mostra a preocupação quanto à eficácia da propaganda nazista. Ele tentou modificar essa eficácia utilizando também métodos eficazes de contrapropaganda. Mas a social democracia, muito burocratizada e dogmatizada, não o escutou, achou que era bobagem e que eles tinham de fazer discursos estatísticos, convencer a população de que a política deles era melhor [do que a dos concorrentes]. Nas regiões onde os métodos que o autor propôs foram utilizados, a social democracia ganhou.

O elemento central do livro é que de cada 100 pessoas, no máximo dez têm condições de crítica diante de um “estupro” de propaganda. Essa é a tese dele. Por outro lado, ele propõe métodos para modificar essa situação de massas. Desde o primeiro dia do governo Lula, a população, a própria mídia e a universidade são submetidas a uma maciça dose de propaganda. Deu certo para a eleição, “Lulinha paz e a amor”, “pai do povo”, pobre e tal. O Lula tem um “Physique du Rôle”, como se diz na França. Ele sabe encarnar o personagem. É um artista da política.

O primeiro governo dele foi de propaganda. Com essa propaganda maciça e com essas alianças absolutamente impensáveis no antigo programa do PT, ele conseguiu atravessar a crise do mensalão e conseguiu também se reeleger. E esse segundo mandato também tem sido de propaganda contínua. Inclusive atingindo até mesmo a credibilidade científica de instituições como, por exemplo, o IBGE. Às vezes é muito complicado aceitar aqueles dados que vêm de lá.

O governo Lula é um governo de propaganda. Essa eleição não está sendo decidida, em termos eleitorais, agora. Está sendo decidida desde a primeira eleição do Lula. No caso da sucessora nomeada há pelo dois anos, a propaganda está sendo maciça. Ele pegava a Dilma no bolso e levava ao Rio Grande do Sul, ao Amazonas e não sei mais para onde inaugurar obras inexistentes e tudo mais. É um governo que tem um senso do marketing e uma capacidade de “estupro”, como diz o Serge Tchakhotine [autor do livro citado], absolutamente fantástico. E tem uma assessoria que o João Santana [marketeiro da Dilma] não é para brincar. O que estamos vendo é o resultado de oito anos de intoxicação de propaganda, com eficácia muito grande.

CA: A alta popularidade do presidente Lula e o bom momento econômico que o país vive fazem com que o cidadão despreze questões éticas, já que outras áreas há desenvolvimento?

Romano: É uma coisa meio complicada. Se você observa a câmara de comércio exterior do Brasil, verá que os prognósticos não são nada lisonjeiros. Nós não estamos exportando produtos de valor agregado, e sim commodities. Voltamos à velha história do Brasil, do ciclo de exportação de matérias primas. Se analisar esse dado, percebe-se que a economia não é tão maravilhosa como se diz.

Segundo ponto: o investimento brasileiro em ciência e tecnologia continua em patamares muito semelhantes aos tradicionais. Portanto, não há possibilidade de modificar qualitativamente a produção brasileira. Então, o que está acontecendo? Existem massas consumindo produtos importados, baratos, mas não ligados a uma mudança qualitativa do modo de produção brasileiro. O máximo que se tem de investimento em tecnologia é via Embrapa, via institutos biológicos, etc., no aprimoramento da soja e coisas assim. Mas não há uma complexa modificação da estrutura industrial. Pelo contrário, há uma tendência de desindustrialização.

O terceiro ponto é a qualificação econômica dessa famosa classe média. Eu acho um pouco estranho que economistas competentes aceitem a determinação de classe média para alguém cuja renda não vai além de R$ 1,5 mil. É algo complicado. Eu não sou economista e não quero quantificar em terreno alheio, mas boa parte desse “feel good” é também propaganda.

Eu acho que os intelectuais, muitas vezes e por vários motivos, deixam de falar a coisa certa, por receio político e por ter medo do seu isolamento. Quando você está nessa situação, em que um poder ou governo está em maioria de popularidade, é muito difícil criticar. Você pode se isolar, perder recursos de pesquisa, etc. Mas é o dever ético de todo intelectual, especialmente em situação de maré montante e autoritária, não ser omisso.

Acompanhe o Contas Abertas no Twitter.
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COMENTÁRIO: Professor, dá para listar intelectuais que não comem dinheiro?



Valter pergunta:



Super boa essa! Louca, linda e divertida. Merece uma música. De quem é a letra?


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Olá, Valter... a letra? É minha! Esqueci de botar minha assinatura... Que legal, você gostou!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Hor - RORIZ - ado

Enviado pelo Zé de Arimathéia
EU FICO HORRORIZADO!!!

Uma história de punição...


Quebrando códigos. Filme que mostra uma pequena parte da vida de Alan Turing. Nasceu em 1912 e morreu, provavelmente assassinado, em 1954, com 42 anos. Matemático e lógico, trabalhou para a inteligência britânica durante a segunda Guerra Mundial. Desenvolveu o conceito de algoritmo e a máquina de Turing. Mas o filme mostra a vida desse brilhante lógico. Homossexual, foi obrigado, após enfrentar um processo criminal em 1952, a tomar hormônios femininos e fazer castração química. Morreu envenenado por cianeto. Por quem? Há controvérsias. Vale a pena ver este lindo filme. Onde encontrar? "Abaixar" da internet é uma alternativa.

Poético, sublime, lindo filme de uma triste história pessoal.

Endoidando ...

Lá vai uma, SOLDA:
Doida
sou
osso duro de roer
de doer também
eu quase morro
não desisto.
Quando pensam
que morri
a filha da puta diz:
oi, tô aqui!
Me chamam de velha
decaída,
querem minha condenação.
Doida
saio de combinação
nem ligo
nem na tomada
nem no botão!
Pediram minha cabeça
nem pensar,
não dou
só me arrancam do pescoço
no meio da praça
no meio da sensação
no meio da publicação
da Folha de São Paulo
do Estadão
e no jornal do meu tio João (lá de Porto Ferreira)

Gente BOA!

Em setembro de 2010, Macaé. Sorry Ana e Fernandos: não pude ir praí!

Aninha, Ana Petry, Fernando Pelicice e Fernando Fernandez em Macaé, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, Campus de Macaé.
Ana, Fernando e Fernando Fernandez fizeram o lançamento do nosso livro História de Ecólogos. Editora da Universidade Estadual de Maringa, EDUEM. Nosso livro está à venda pela Livraria da Universidade Estadual de Maringá. R$45,00 reais com desconto de 40% com os autores. Em Macaé um bom lançamento.
O Fernando Fernandez é autor de um livro maravilhoso (fez o prefácio do nosso) chamado O poema imperfeito: crônicas de Biologia, conservação da natureza e seus heróis.

Veja o resumo do livro de Fernandez pelo site da UFPR:

Na verdade, apesar de seu título, não se trata de um livro de poemas. Uma interessante metáfora: o poema é a natureza, e o livro trata de ecologia. Não a ecologia acadêmica, mas uma interpretação distinta que abrange evolução e biogeografia, descentralizando o homem desta concepção e introduzindo uma nova lógica para a conservação da natureza. Fernando Fernandez aborda o tema passando pela literatura, filosofia e por cientistas incompreendidos como Thomas Huxley, George Hutchincon e Leon Croizat, que trouxeram contribuições fundamentais para esta ciência. É um livro de crônicas e, como tal, seus capítulos podem ser lidos separadamente por tratarem de assuntos distintos.

Quack!


Enviado pelo José de Arimathéia...
Grata!
Pato Donald recebe 120 votos na eleição sueca; Harry Potter, Deus e Bom Senso também foram votados


Do UOL Tabloide
Em São Paulo


Quack!
O Pato Donald, o rei e Deus estão entre as personalidades votadas nas eleições legislativas de domingo passado na Suécia, após a apuração dos votos manuais divulgada pelas autoridades.
Segundo os resultados, mais de 120 pessoas gostariam de ver o Pato Donald ser eleito. Outras pessoas votaram mais especificamente no "partido do Pato Donald".
Outros votados foram "Meu Partido", "Jesus Cristo" e "Deus". Não ficaram de fora "O Rei" (três votos), o "Bom Senso" (dois votos) e "Harry Potter" e "Mickey Mouse", que levaram um voto cada.
O governo de centro-direita venceu as eleições legislativas suecas de domingo.

Uia!

Pat Boone. Quem já ouviu falar dele? Aparecia no cinema São sebastião, de Porto Ferreira, SP. Pelo menos uma vez por ano. As vezes, mais. As adolescentes e os adultos iam vê-lo. Trazia um mundo mais leve, menos rotineiro. Existia, em algum lugar, do mundo, ou não, um mundo calmo, menos pesado. Utopia necessária à uma garota angustiada. Lá naquele fim do mundo. Que não era ainda o fim. Era começo.

Mártires fugazes ...


Do lindo, sublime BLOG A terceira noite, Portugal. AQUI


Fiquei com um duplo sentimento de mágoa e de repulsa ao ler a biografia possível da revolucionária luso-angolana Sita Valles, escrita pela jornalista Leonor Figueiredo a partir de documentação escassa e muitos testemunhos de quem a conheceu. A mágoa não foi determinada apenas pelos episódios mais trágicos, pela evocação de uma vida jovem cortada pela raiz e de uma forma tão brutal. Foi-o também pelo contacto directo com o relato de uma convicção revolucionária – não importam aqui os seus contornos – levada até às últimas consequências. Podemos dizer, o que é rigorosamente verdadeiro, que a História está cheia destes mártires fugazes que nela percorreram um trajecto curto e arriscado mas inevitável e, sob uma perspectiva fria, de certa forma necessário. Não é possível, porém, ignorar o drama de quem se despenhou no desfiladeiro porque só tinha os olhos no fio do horizonte e não via o chão que pisava. Já a repulsa tem uma outra origem: esta leitura obrigou-me a revisitar a sucessão de crimes produzidos à volta dos acontecimentos de 27 de Maio de 1977. Crimes que passaram pela tortura e pela morte de dezenas de milhares de pessoas, com responsabilidades amplamente identificadas mas que permanecem totalmente impunes e quase inteiramente silenciadas. Em Angola principalmente, por onde os algozes circulam com prémios de carreira e honras de Estado, mas também em Portugal, onde vivem ainda muitos dos que calaram, consentiram e pactuaram. Entender-me-á melhor quem leia este livro necessário. [Leonor Figueiredo. Sita Valles. Revolucionária, Comunista até à Morte (1951-1977). Alêtheia Editores. 264 págs.]

Nota: Voltarei ao assunto adiante. Nessa altura falarei mais do texto e não tanto das suas circunstâncias.

Um fantasma ronda Brasília...

... é o fantasma da pizza suja, ôps, digo, FICHA SUJA

Viva os ficha sujas! VIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


EITA, Braziu! eu nem dormi. Segui a votação e acabei no porão.

Sublime...



Do Blog de Leonardo Ferrari, psicanalista, Curitiba. Veja aqui

Fotografia de John Phillips, diante do rio Sena, Paris, 1937.

Terraço vazio, perto do céu
Na boca do caos o amor é mel
Neblina na saia, estranho véu”

Da música “Paisagem de Amor”, de Fernanda de Abreu, Marcelo Lobato e Fausto Fawcett.

Na Universidade Estadual de Maringá...assuntando pelo rádio

Da UEM, enviada pela Liliana
Grata, Liliana!
Imagem: Cora Coralina
Este programa veio para dar vez e voz para você. Para falar da sua vida e cultura, das suas vitórias e dificuldades. Por isso, o programa também se propõe a ser voz. E é assuntando, trocando idéias, que a gente descobre a saída para muitos problemas. Que a gente encontra caminhos novos para os destinos que sonhou.
Nosso sonho é que, através do Assuntando pelo Rádio, a gente possa mostrar o valor que existe na agricultura familiar e que há jeitos novos de produzir e de viver no campo; de manter nossos costumes e nossa cultura. De ter o suficiente para uma vida digna e para manter nossa família unida. Afinal, que tristeza quando os filhos vão embora! Que saudade da vida simples da roça!
Hoje em dia, com a agroecologia, dá pro agricultor familiar se livrar do modo de fazer agricultura que provocou tanta mudança, que foi ruim para tantos e beneficiou a tão poucos. Que levou muita gente do campo prá cidade e não trouxe alegria – antes - infelicidade.
Trabalhando juntos, o técnico e o agricultor, a universidade e a comunidade, e com respeito à sabedoria que todos têm, a gente pode construir um jeito novo de se viver no campo. Um jeito em que os jovens sintam orgulho e gosto. Um jeito em que possam acreditar e ver futuro.
O Assuntando pelo Rádio pretende ajudar nisso. Aliás, quem vai fazer o programa não seremos nós, ou o pessoal da rádio UEM FM, ou os parceiros do programa. Quem fará o programa é você agricultor, professor, estudante, você da comunidade... Nós estamos apenas criando um espaço para que todos possam falar, discutir questões do seu interesse, aprender e ensinar. Todos juntos, vamos mostrar prá todos o que é a agricultura familiar, qual é o seu valor e sua força. Vamos mostrar a importância da cultura e dos costumes do campo, e assim estaremos criando o agricultor de amanhã.
O programa vai trazer informação, diversão e educação. Queremos mostrar como a agroecologia pode ajudar o agricultor a permanecer na terra e, com ela, a manter todos os valores que a família trouxe junto de si. Só depende de nós. Criamos hoje as condições para que o lambari volte ao riachinho, que o frango tenha o mesmo gosto de antes, que o quiabo venha fresquinho prá panela... Há..., também que as histórias voltem a ser contadas aos netos... E que os nossos filhos sejam herdeiros de um amanhã melhor.
Para encerrar, agradeço aos parceiros que estão com a gente nessa empreitada: a EMATER, o IAP, a Associação Alternativa Pé na Terra, a Aproapi... E outros parceiros também importantes como a SEAB, as associações de municípios e a EMBRAPA. Em especial, lembrar que este programa é prá você agricultor e agricultora e toda a sua família. E agradeço, ainda, à equipe, técnicos, profissionais e estudantes, que trabalharam muito nos últimos meses para que o programa vá ao ar esta semana. A colaboração do coordenador prof. de Agronomia/UEM, José Ozinaldo Senna, e da jornalista (orientadora do projeto) Liliana Mello foram fundamentais para essa "empreitada" no rádio. Ouçam Assuntando pelo Rádio (106,9 UEM_FM), todas terças-feiras, às 6 horas e, reprise aos domingos, às 11 horas.
Finalmente, esperamos que todos gostem e ouçam, sempre o assuntando pelo rádio: um programa feito com todo o carinho, com você e para você.
Muito obrigado!

Texto apresentado na II Mostra de Moda Caipira – UEM – 19/09/2010, para o lançamento do Programa Assuntando pelo Rádio.
Autor: Prof. Mateus José Falleiros da Silva – Instituto Federal do Paraná – Ivaiporã – PR.
mateus_falleiros@hotmail.com

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Bom, agora vou...

....

Sublime ...

Sublime ...

Folhas de outono. Música sublime!

Chico Cesar canta em uma tradução belíssima. Ui, que lindo!

Bótimo!


Enviado pelo Zé de Arimathéia

UNESP LANÇA CURSO ON-LINE GRATUITO DE REDAÇÃO CIENTÍFICA

UOL Educação

A Unesp (Universidade Estadual Paulista) oferece, pela internet, um curso gratuito e aberto de redação científica. Dividido em quatro módulos, é coordenado pelo professor Gilson Volpato, do IB (Instituto de Biociências), de Botucatu (SP). A iniciativa proporciona a programas de pós-graduação conteúdo destinado à formação de mestres e doutores.
O curso é oferecido por meio de vídeos e aborda os seguintes temas: Importância das bases filosóficas; base empírica; controvérsias sobre os dados; ciência e tecnologia; por que publicar?; o que publicar?; idioma da publicação; causas de negação dos artigos; o lado educacional; como as revistas podem ajudar; como os autores podem ajudar; passos para a publicação; negar hipótese- o que fazer depois?; tipos de pesquisa; a arte da redação; texto como argumento lógico; por onde começar a redação; tipos de pesquisa X redação; e autoria.
O professor Volpato é autor de vários livros e artigos sobre metodologia, redação e publicação científicas. Ele oferece cursos presenciais, dá palestras e ministra aulas de metodologia científica na universidade.

* Com informações da Unesp.

Léo Ferré.... para uma boa quinta!

"...Le désespoir est une forme supérieure de la critique..."

Oxente!


Maravilha!


É o que nos resta...

Feira de Mangaio, Clara Nunes e Sivuca...

Ouço a boa música, danço e repito: O mundo está dividido em duas espécies de pessoas. As que rasgam BOSTA e comem dinheiro e as que fazem tratamento psiquiátrico ou fazem terapia. Entre perversos e neuróticos. Olá, Solda. adorei sua frase!

Saudade...

Elizeth Cardoso

Sublime ...

Depois das traições da ex-querda, das mirabolantes corrupções em todos os poros de todas as instituições brasileiras...eis a ....INTERNACIONAL COMUNISTA por Jorge Mautner.... A podridão flutua, a roubalheira também ... cantem, cantem com Mautner ...

Eu não peço desculpas....

Todo Errado, Mautner... Sublime..

Everybody loves Lula!

Foto: arte do Toinho da Passira
Do Akino
Eu acredito na Ruth
Sou telespectador assíduo do Jornal da Massa e leitor das colunas da jornalista Ruth Bolognese. Acredito, como disse o Lula, olhando nos olhos dela, que ela não criou esta história envolvendo o possível debandada dos Barros e cia da campanha de Beto e Serra, para a de Osmar e Dilma. Eu acredito na Ruth.
PS – Não espero ganhar nada mais que um café da manhã.

Akino Maringá, colaborador do Blog do RIGON, na Má-ringa

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COMENTÁRIO: Cada vez mais a política me pega de surpresa. Cada vez mais a perversidade domina no cenário ... PUtz!

Richard Avedon, fotógrafo...

Sublime ...

Veja o Blog Images e visions... maravilhoso...

Eita, sô!


Huummmm

Arte: Do Acir Vidal
Por favor, o que significa FHC?

Ravi Singh, o guru indiano que comanda
a campanha de José Serra na internet (faz um mês isso)

Enviado pelo Grozny. Grata!

Divina dama


Eva Wilma volta às telonas em "A Guerra dos Vizinhos"

Aos 76 anos – quase 60 deles em cima de palcos ou na frente de câmeras de cinema e televisão – a atriz Eva Wilma defende a necessidade do humor: “É preciso ter humor em tudo, até no drama. Há sofrimento nas lágrimas, mas é preciso ter o riso também, para a vida ser melhor”. A receita, além do riso, também inclui trabalho, muito trabalho.Leia mais
DAQUI.
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COMENTÁRIO: A receita da divina dama, humor, bom humor, bom humor ... mesmo quando a faca está na sua garganta.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ufa, por hoje chega!


Psiaqui!


Atendimento digital de hospicio

Obrigado por chamar o Instituto de Saúde Mental, sua mais sadia
companhia nos seus momentos de maior loucura:

- Se você é obsessivo-compulsivo, pressione o 1 repetidamente.

- Se você é co-dependente, peça para alguém digitar o 2.

- Se você tem múltiplas personalidades, digite 3, 4, 5 e 6 .

- Se você é paranóico, sabemos quem você é, sabemos o que você faz e
sabemos o que você quer. Aguarde na linha enquanto rastreamos o seu número.

- Se você sofre de alucinações, digite 7 e sua chamada será
transferida para o Papai Smurff.

- Se você é esquizofrênico, escute atentamente, que uma vozinha fina lá no
fundo de você mesmo lhe dirá qual o número a pressionar (Caso não escute a
voz, espere na linha, que o Papai Smurff irá lhe atender).

- Se você sofre de depressão profunda ou ansiedade aguda, não importa qual
número digite. Ninguém irá lhe atender.

- Se você sofre de amnésia, pressione 8 e diga em voz alta seu nome,
endereço, telefones, RG, data de nascimento, estado civil e o sobrenome
de solteira de sua mãe.

- Se você sofre de síndrome de pânico, não atendemos por telefone.
Pegue o carro e venha até o instituto psiquiátrico imediatamente.

- Se você sofre de estresse pós-trauma, pressione lentamente a tecla #
até que alguém fique com pena de você.

- Se você é indeciso, deixe seu recado logo após escutar o beep...ou
antes do beep... ou depois do beep... ou durante o beep. Em todo caso,
aguarde o beep...

- Se você sofre de perda da memória recente, pressione 9.

- Se você sofre de perda da memória recente, pressione 9.

- Se você sofre de perda da memória recente, pressione 9.

- Se você sofre de perda da memória recente, pressione 9.

- Se sua autoestima é baixa, por favor desligue. Todos os nossos
operadores estão ocupados, atendendo pessoas mais importantes que você.

Putz, esqueci donde cap-tirei isso aqui....

Ui!


Enviado pelo Grozny Arruda


Um grupo de colegas de universidade decidiu comemorar os 20 anos de formatura com um jantar. Discutiram, discutiram, e acabaram decidindo pelo Café Estrela, porque as garçonetes usavam minissaias bem curtinhas e decotes bem generosos.

Dez anos depois, para comemorar os 30 anos de formatura, discutiram, discutiram, e acabaram decidindo pelo Café Estrela, porque a comida era muito boa e a seleção de vinhos valia a pena.

Para comemorar os 40 anos de formatura, discutiram, discutiram, e acabaram decidindo pelo Café Estrela, porque era um lugar tranquilo, onde poderiam jantar em paz, e o cigarro era proibido.

Para comemorar os 50 anos de formatura, discutiram, discutiram, e acabaram decidindo pelo Café Estrela, porque havia caminhos para as cadeiras de rodas e havia até um elevador.

Para comemorar os 60 anos de formatura, discutiram, discutiram, e acabaram decidindo pelo Café Estrela. Acharam que seria uma grande idéia, já que nunca tinham ido jantar lá.

XII Semana da Educação em Londrina


Fran disse:

Clara Zetkim discursando, em 1930, para trabalhadores
*****************
Clara Zetkin em 1910 na Conferencia das Mulheres Socialistas em Copenhague, onde se instituiu o 8 de março...citou Annie W. Besant...ela entre outras... mais uma grande mulher que os homens lutam ... para menosprezar...

Hoje eu acordei assim

Mulher linda!



Conheci-a ontem pelas mãos da Lediany.
Grata, Lediany!
Annie Wood Besant nasceu em 1847 e casou-se em Hasting, Sussex, com o reverendo Frank Besant, irmão mais novo de Walter Besant. Seu casamento durou seis anos e eles se separaram em 1873. Foi dada a seu marido a custódia permanente de seus dois filhos, Mabel e Arthur.
Ela lutou pelas causas que acreditava serem justas, iniciando com a liberdade de pensamento, direitos das mulheres, secularismo (ela era membro líder da Sociedade Nacional Secular, ao lado de Charles Bradlaugh), controle de natalidade, socialismo Fabiano e direito dos trabalhadores.

Sua mais notável vitória neste período foi a greve que ela liderou em 1888 para melhorar a saúde e segurança das trabalhadoras de uma fábrica de fósforos. Durante aquele período a indústria de fósforo era extremamente poderosa, uma vez que a energia elétrica não estava ao alcance de todos e fósforos eram essenciais para acender velas, lampiões de gás etc.
A greve de Annie Besant marcou história, pois foi a primeira vez que alguém desafiou com sucesso os fabricantes de fósforos; também foi considerada uma marca de vitória dos primeiros anos do movimento socialista na Inglaterra.
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Detalhe maravilhoso: Annie Besant era química. Eu amo mulheres que são fortes, São guerreiras, que lutam pelos excluidos.

Nofa!


Minha avó Benedita Mendonça dizia: dinheiro faz cócegas nas mãos de anjo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

República?

Imagem: Marcel Marceau

De Roberto Romano



Recebi e repasso a todos os interessados e amigos.
Prezado amigo, professor Romano, agradeço a divulgação deste vídeo entre os outros seus amigos.
Primeiro os que têm perdido a esperança, para que voltem aos sonhos e à vida...
Francisco Fernandes de Araújo.
A mensagem está pronta para ser enviada com estes anexos de arquivo ou link:
Atalho para: http://www.youtube.com/watch?v=3O5ODMW9-Bw



Revista Neo-Mundo. Coordenada por Gabriel Arcanjo Nogueira.
Edição 37/set. 2010.

Sob império disfarçado

Seção: Editorias - Categoria: Perfil
Escrito por Gabriel Arcanjo Nogueira Seg, 20 de Setembro de 2010 14:22

Roberto Romano, doutor em Filosofia Política e professor titular de Ética e Filosofia Política da Unicamp, é categórico: o que há no Brasil é uma falsa federação ou, como dizem juristas, vivemos sob império disfarçado. Para o cientista político, a boa notícia seria uma ruptura com as oligarquias para mudar o cenário sociopolítico nacional.


NEO MONDO traz, neste Perfil, sua contribuição para candidatos e eleitores clarearem suas ideias e suas práticas sobre temas de suma importância não só da política partidária, mas da cidadania, do meio ambiente, da ética.


NEO MONDO: Estamos em mais um ano eleitoral, para escolher os governantes majoritários. Que diferença fundamental o senhor vê no atual quadro político-partidário em relação a períodos anteriores da República?

Roberto Romano: Quase nenhuma diferença. Os partidos políticos ainda são dirigidos por oligarquias minúsculas que se comportam como proprietárias das siglas. Em determinadas agremiações os coordenadores estão no poder interno após décadas e décadas. Eles decidem tudo sem nenhuma consulta séria aos militantes da base partidária. Programas (que são jogados ao lixo na primeira oportunidade eleitoreira), candidatos, propaganda, alianças, tudo se decide em pequeno grupo de líderes. Não temos ainda eleições primárias reais nos partidos, de modo que os eleitores escolham todos os itens que formam a ossatura programática e decisória. Enquanto os partidos políticos brasileiros não forem democratizados internamente, veremos o triste espetáculo das eleições que mais se parecem com imenso balcão de venda e compras de votos. A lei da ficha limpa, apesar de todos os seus equívocos, ajuda a melhorar o quadro geral. Se fosse conseguido o fim do privilégio de foro para os políticos, com participação popular expressiva quanto a que ocorreu no caso daquela lei (mais de 2 milhões de apoios populares), poderíamos dizer que algo se modificou substancialmente na política nacional.

NEO MONDO: Passado o ciclo de ditaduras militares, seguido pelo de presidentes messiânicos neoliberais, estaríamos em um ciclo de poder-se eleger políticos comprometidos, ao menos em tese, com conquistas sociais, e não vindos das tradicionais oligarquias. O senhor concorda com essa visão do atual momento político-partidário brasileiro?
Roberto Romano: É preciso ir às causas. O defeito maior de nossa vida política e cívica encontra-se na falsa federação brasileira. Na verdade, como afirmam juristas prudentes, temos de fato um império disfarçado. Não possuímos municípios com autonomia, em especial financeira. Aliás, nunca tivemos municípios em nossa história. Municípios são um invento da república romana. Nenhum outro império antigo conheceu a instituição do município. A Grécia, por exemplo, só teve cidades-estado, não municípios. Estes últimos eram um complexo de autonomia concedido às cidades aliadas de Roma, que ao se integrarem no império romano guardavam sua autonomia de culto, de justiça com autoridades civis e impostos próprios. Com a queda do Império do Ocidente, os municípios resistiram às invasões bárbaras, aos senhores feudais, à igreja também feudal. Eles também resistiram ao nascente Estado moderno centralizado. Foi com muita luta que o rei centralizador conseguiu vencer, apenas em parte, a resistência de municípios europeus. O começo da intervenção real nos municípios, que lhes diminuiu a autonomia, foi no Renascimento, por volta do século 15 e 16.

NEO MONDO: Onde entra o Brasil na história?

Roberto Romano: Ora, é neste momento que o Brasil passou a existir, ou seja, já sob um centralismo absolutista que não reconhecia autonomias financeiras e jurídicas municipais. Nossas cidades foram, desde o início, originadas como entrepostos comerciais ou bélicos. Elas não tinham a tradição de luta e de autonomia conhecida pelos municípios europeus. Assim, desde o começo de nossa vida política, tivemos uma crônica de centralização excessiva e abusiva dos poderes centrais, tanto na Colônia quanto no império e na república. Aqui tudo é centralizado no núcleo do poder. Leis uniformes são impostas, sem considerar as diferenças regionais de cultura, economia etc. Em federações já muito centralizadas, como a norte-americana, os Estados e cidades possuem larga margem de autonomia diante do poder central. Aqui não. Resulta que a maior parte dos impostos segue diretamente para os cofres federais com retorno penoso aos municípios.

O único meio de conseguir obras e verbas para as regiões e urbes é praticando, no Congresso Nacional, a política corrupta e corruptora do “é dando que se recebe”. E as populações locais, embora condenando da boca para fora os “corruptos de Brasília”, só votam nos deputados, senadores, governadores e prefeitos que trazem verbas para a sua região. Ou seja, temos uma ética servil e, não raro, hipócrita vigorando entre políticos e população. Sem federalizar de fato o país (tarefa árdua que exigiria muitos e muitos anos e iniciativas corajosas de verdadeiros estadistas), o Brasil continuará a terra dos coronéis que, em oligarquia, vendem seus votos ao ou exercem chantagens sobre os presidentes da República, pouco importa a coloração ideológica ostentada por eles.

NEO MONDO: Como a população poderia de fato pensar e agir pelo bem comum?

Roberto Romano: Se existisse de fato uma ruptura com as oligarquias que servem de canal entre cidades/Estados e Brasília, levando recursos para as regiões em troca de votos congressuais para o Executivo federal, teríamos uma excelente notícia. Infelizmente não é o que assistimos.

NEO MONDO: É possível ter uma ideia clara sobre se, hoje, há moral em algum dos partidos que disputam a Presidência, para ficarmos apenas no cargo de maior peso nos destinos do País?


Roberto Romano: Existe a moral correta em muitos partidos. Mas moral não é ética. Esta última opera coletivamente nos partidos e na sociedade, sendo vincada de hábitos não democráticos e não igualitários. Assim, vários segmentos políticos trazem percepção e prática moral nova ao quadro nacional. Mas enquanto a ética dos partidos e de boa parte da sociedade for a ética do favor, da violência face a face, da esperteza, não teremos mudanças morais significativas.

NEO MONDO: Em outras palavras, a ética na política ainda é possível?

Roberto Romano: A ética é o complexo de hábitos, posturas, orientações intelectuais e volitivas que definem uma coletividade. Tais hábitos, uma vez inseridos no cotidiano, tendem a se transformar em uma espécie de segunda natureza, sendo praticados de modo automático. Uma das tarefas mais difíceis da política é mudar hábitos que se transformaram em ética. No mundo moderno, apenas revoluções virulentas (como a inglesa do século 17, a norte-americana e a francesa do 18, as revoluções democráticas e socialistas dos séculos 19 e 20) mudaram hábitos tradicionais arraigados. Se eles melhoraram ou não, é discutível. Mas mudar a ética é uma tarefa gigantesca, só possível em prazo longo e com muito empenho no sentido do Bem Comum.

NEO MONDO: Há políticos mais ou menos prontos para as responsabilidades que os aguardam, aí nos mais diversos níveis de poder, seja Legislativo seja Executivo?

Roberto Romano: Sim, existem políticos empenhados no Bem coletivo, em todos os segmentos e partidos. Mas eles são presos em verdadeiras jaulas burocráticas e oligárquicas, que não raro lhes retiram todo entusiasmo democrático, igualitário, de justiça etc. Se encontramos um político assim, nosso dever é dar-lhes o máximo apoio, porque nada mais solitário do que ser justo em estruturas sociais ou políticas injustas.

NEO MONDO: O senhor tem, como poucos, a capacidade de conciliar conhecimento e clareza em transmiti-lo. O que cabe a cada eleitor(a) pesar no momento da escolha e, de outro lado, que aspectos cada candidato deve levar em conta para corresponder a essas expectativas?


Roberto Romano: Deve ponderar em especial a prudência e humildade verdadeiras dos candidatos. Se eles forem arrogantes, jamais aprenderão lições políticas que sejam eficazes para o respeito do eleitor. Além disso, o que pretende fazer o referido candidato. Candidatos que prometem coisas que seriam de um âmbito bem maior ao seu (por exemplo, que caberiam à Presidência da República ou à ONU, sendo a pessoa aspirante a um cargo menor) não mostram prudência e saber (não me refiro, de modo algum, a saber científico ou técnico, mas ao saber prudencial, o que se adquire com o tempo e com a educação política).

NEO MONDO: É possível vislumbrar alguma agenda verde dos partidos? Ou basta termos um partido com sigla que lembra a causa?

Roberto Romano: O Partido Verde foi pioneiro da referida agenda e deve ser elogiado por sua coragem. Hoje, graças ao seu labor, os demais partidos notaram que a pauta verde corresponde a fortes anseios da humanidade e dos brasileiros. Esperemos que tais partidos não usem apenas aquela trilha como instrumento para captar votos, mas que inscrevam suas determinações no cotidiano político e jurídico nacional.

NEO MONDO: A escola no Brasil, desde o pré às instituições de ensino superior, pode fazer o que para que o meio ambiente se torne matéria obrigatória? E aos governos o que compete nesse mesmo sentido?


Roberto Romano: Sim, me parece que é preciso aprender, desde os mais tenros anos, a respeitar o pequeno mundo que nos foi reservado.


As ciências e as técnicas, bem como as artes e as humanidades, deveriam mostrar o quanto estamos em simbiose com o nosso planeta. Aos governos, deveria caber a tarefa de bem administrar nosso trato com o meio ambiente. Seria um exemplo notável. Infelizmente estamos muito longe de tal coisa.


NEO MONDO: O senhor partilha da tese, defendida por exemplo pelo pensador Leonardo Boff, da governança planetária como saída para salvar a Mãe Terra? O que fazer para viabilizá-la?

Roberto Romano: Não partilho desse programa político, embora o respeite. Creio que será preciso ainda muito tempo até que ocorra uma transformação na humanidade, a partir da qual os Estados nacionais deixarão de ser o sustentáculo dos povos. O problema da governança planetária é o mesmo, mudada a urgência, dos planos de paz elaborados na modernidade, como é o caso dos planos de Paz Perpétua. Enquanto existir guerra para usufruto dos bens materiais do planeta, é muito difícil se falar em acordo ou harmonia política global.

NEO MONDO: A arquiteta, com especialização em filosofia e meio ambiente, Vania Velloso, fala em re-educação pela sustentabilidade. Algo como uma saída para sanar o caos urbano, a degradação de recursos hídricos. Deve-se começar por onde: nas escolas ou nos gabinetes políticos?

Roberto Romano: Como disse antes, uma das tarefas mais árduas é modificar uma ética que se definiu como segunda natureza. Creio que a educação escolar pode fazer sua parte, bem como os gabinetes políticos. Mas apenas uma prática volitiva e a cada hora mais urgente pode trazer mudanças significativas. Vejam-se a lei contra a bebida alcoólica e a lei contra o cigarro: só com muita atividade dos médicos, ecologistas, jornalistas, juristas, professores, sacerdotes, elas apresentam hoje alguma chance de se instalar nas pessoas, gerando novos hábitos. A guerra movida contra tais leis mostra o quanto é difícil mudar posturas éticas negativas.

NEO MONDO: Citando Frei Betto, a principal crítica que ele faz ao governo Lula é que se passaram 8 anos, e nenhuma das reformas estruturais foi feita: nem agrária nem tributária nem política nem a da saúde nem a da educação. Em que ordem de importância o senhor as colocaria e por quê?

Roberto Romano: A escolha do presidente e de seu partido pelas formas estabelecidas no Estado brasileiro (conivência com oligarquias e oligarcas, alianças conservadoras e pouco republicanas, política econômica que favorece mais o capital financeiro etc.) impediu que iniciativas democráticas fossem assumidas com radicalidade. Por exemplo: quais passos foram dados para marcar uma nova prática federativa no Brasil no período Lula? Poucos.

Se somarmos os poucos passos dados em governos anteriores, veremos que a soma só leva à reprodução do centralismo excessivo, que impede a iniciativa dos municípios e de seus cidadãos. Uma iniciativa formidável do PT, antes de chegar ao poder, era o Orçamento Participativo. Ele seria um educador coletivo que geraria lideranças para a dura tarefa das reformas, pois estas últimas não podem vir apenas de cima. O que ocorreu com iniciativas como a do Orçamento Participativo?

NEO MONDO: O senhor conhece ou participou de algum estudo a respeito de como encaminhar essas pendências? A Unicamp, por exemplo, realizou algum trabalho nesse sentido?

Roberto Romano: Existem trabalhos de grupos e setores. Mas uma crítica que sempre faço é que nenhuma universidade brasileira se empenha coletivamente no estudo das questões nacionais. Este é um ponto negativo em nossas excelentes universidades públicas.

NEO MONDO: A seu ver, o meio acadêmico-científico nacional é ouvido na medida certa por empresas e governos, e mesmo ONGs? Há algum caso bem-sucedido de parceria que envolva esses segmentos sociais?
Roberto Romano: Existem, sim, casos de estudos e parcerias grupais ou em âmbito restrito. Eles são bem-sucedidos. Mas creio ser tempo de as universidades elaborarem, com os governos e sociedade, planos de estudo e inserção definidos rigorosamente.

A TEORIA QUE NA PRÁTICA VALE

“Gosto de música, das artes em geral e de poesia. Na verdade, no meu trabalho em Filosofia, sempre insiro a estética e a política. Num de meus livros, Conservadorismo Romântico, falo justamente sobre a arte romântica na política conservadora dos séculos XIX e XX, sobre a Doutrina das Cores de Goethe. Para mim, a estética, a política e a ética têm de ser vistas sob o prisma da beleza e da verdade.”


Dessa maneira, Roberto Romano faz a sua apresentação pela internet.


Mais que isso, mostra - a exemplo de sua dedicação a pesquisas, dos cinco livros escritos como autor e outros tantos como colaborador, dos artigos e entrevistas em publicações brasileiras e das conferências e palestras no Brasil e no exterior - que, para ele, a teoria na prática é que vale.
A TEORIA
• Graduado em Filosofia pela USP.
• Pós-graduação na USP e na Escola de Altos Estudos Sociais de Paris, onde se doutorou em 1978.
• Livre docente adjunto e professor titular da Unicamp. Foi diretor Associado da Faculdade de Educação.
• Membro da Cadi, integrou o Consu e a Congregação do IFCH. Leciona História da Filosofia Moderna na graduação e Ética e Filosofia na pós-graduação do IFCH.

NA PRÁTICA
• Pesquisador 1-A do CNPq. Orientou dez dissertações
de mestrado e cinco teses de doutoramento.
• Assessor ad hoc do CNPq, da Capes, da Fapesp,
da Faperj, da Fapemig e do Faep.
• Coordenou durante dois anos a Frente Nacional
em Defesa da Ciência e Tecnologia.
• Foi presidente da Comissão de Perícias da Unicamp, no período em que resolveu, de modo positivo, a questão das “Ossadas de Perus”.
• Distinguido, em 2000, pela Associação Juízes para
a Democracia como defensor dos direitos humanos no Brasil.


PERIPÉCIAS DE UM CONFERENCISTA

Na elaboração desta matéria, entrevistado e entrevistador divagam um pouco sobre os tempos em que estudaram Filosofia, na capital paulista. Era o período de vigência do famigerado AI 5, “coisas desagradáveis acontecendo....”. O primeiro virou brilhante pensador; o segundo, jornalista que dá pro gasto.


Roberto tem um jeito peculiar de relembrar, mais que isso, a origem do nome. “Minha família viveu em Itapeva (SP) e, mais particularmente, no antigo Núcleo Colonial Barão de Antonina. Minha madrinha de batismo, minha avó, era católica fervorosa. Tanto que deu o nome de ‘Romano’ ao meu pai, em homenagem à Igreja Católica Apostólica Romana. Assim, ‘Romano’ não é nome de família, mas apenas de meu pai, como em Luiz Carlos, e dos filhos dele. Na verdade o nome de família é português (da Silva), e outros nomes de minha família são Ribeiro, Marins, Salles. Como vê, nada de italiano.

“Tenho passado coisas engraçadas por causa do nome/sobrenome. Certa feita eu iria fazer uma palestra na Associação Judaica. Enquanto esperava o começo, na porta de entrada, chegou-se a mim um velhinho muito velhinho mesmo. Deu um abraço e me disse em belíssimo italiano: ‘Tenho muito prazer de ouvir um intelectual como o senhor, de origem italiana’. Era o cônsul honorário da Itália em São Paulo. Atordoado, sussurrei para um outro velhinho judeu, ao qual muito respeito, perguntando o que eu deveria fazer. ‘Finja’, me disse ele baixinho. Então repliquei ao primeiro velhinho, em italiano, que a honra era minha, de ter como ouvinte um outro italiano... É o que Torquato Acetto chamaria Dela dissimulazione onesta...”

“O MUNDO CAMINHA PARA O FASCISMO”


Em um dos livros de que participou: Tiradentes, um presídio da ditadura, Roberto escreveu apenas um capítulo. Espaço suficiente para relatar e analisar o período em que o Brasil viveu sob o terror estatal, com projeções que soam como alerta. Reproduzo alguns trechos.

“A cada instante, a violência mostrava soberania. Alguém, ao lado, enlouqueceu de fato. Músicas variadas, conforme a visão dos prisioneiros, eram entoadas. Católicos berravam um absurdo: ‘ Vai trabalhar pelo mundo afora, eu estarei até o fim contigo’. Liberais cantavam a ‘Marselhesa´. Comunistas repetiam as novas versões da ‘Internacional´. Sangue, sons, corpos esmagados. Almas jogadas entre o medo e a esperança. Salve regina ... cantavam de vez em quando os frades. Clima de pentecostes com apocalipse.”

Roberto é implacável ante a complacência de quem estava à frente da Igreja paulistana na época ou era influente sobre ela. “D. Rossi deu uma declaração ao Estado de S. Paulo: ‘ Se eles, os dominicanos, de fato falsificaram documentos, serão expulsos da Igreja´. Santo homem. Fiquei na cela, durante dias, sem ser molestado. Enquanto isso, os frades continuavam a ser interrogados, tanto pelo delegado Fleury quanto na delegacia de cultos. Do fundo de uma cortina, foi-lhes dirigida a palavra por uma voz inconfundível, a de Lenildo Tabosa Pessoa. A náusea atingia seu ponto máximo.”


Roberto não poupa também a ignorância tragicômica dos que desconheciam as regras básicas da clandestinidade. “A primeira e suprema é o cuidado com a língua”, constata. Antes tivessem lido “Plutarco sobre a curiosidade e a garrulice”, lamenta. Para o professor de Ética e Filosofia Política, “foi semelhante exército de Brancaleone que enfrentou o monopólio da força física estatal, potencializado pela ditadura e pela propaganda da imprensa”.


Roberto questiona: “Quantos adversários do regime tinham uma noção aproximada de seu perfil, de sua dinâmica, de seu alcance?”. E defende “a importância da educação cidadã, teórica e prática”, ao discorrer:

“O cabresto ideológico, os preconceitos, a fé absoluta no valor das ideologias, a repressão interna nos partidos, o velho oportunismo, tudo isso armou os militantes com instrumentos letais, mas desarmou a sua inteligência, embotando-a. Quem deseja libertar um povo através desses meios cumpre uma tarefa impossível e indesejável. Foi essa a lição que eu tirei da época. Espero que semelhante autoritarismo... seja banido do universo espiritual brasileiro.


“Com a ‘ globalização’ da miséria e o renascimento dos vários neofascismos - na esteira do desemprego, com a hegemonia das finanças sobre a produção -, precisamos de pessoas lúcidas, corajosas, conhecedoras do mundo em que vivem, sem medo ou esperança, mas com força para entender e agir de modo livre. E isso, cada vez mais, é difícil de se encontrar ...

“...E o mundo

Braziu!

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