TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Crise, que crise?


Do Guto Cassiano

No Congresso, desde 2001, Câmara e Senado mantêm sob sigilo o gasto com as chamadas verbas indenizatórias, uma complementação salarial para cobrir despesas extras que os parlamentares têm no exercício do mandato. Somente agora, em 2009, a Mesa Diretora da Câmara decidiu tornar públicos esses gastos. Anistiará, porém, um passado de 1,5 milhão de notas fiscais, apresentadas pelos deputados nos últimos anos para justificar essas despesas, que continuarão protegidas pelo segredo. No Senado, até agora, nada foi aprovado no sentido de revelar o uso da mesma verba.Deputados e senadores não são os únicos a lidar com recursos públicos sem se preocupar com transparência das despesas. Os gastos das Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais também têm pouca ou nenhuma publicidade. No Executivo, a existência do Portal da Transparência, administrado pela Controladoria-Geral da União (CGU), é um importante mecanismo para reduzir esse tipo de problema. Mas nem isso impede que o uso de verbas permaneça oculto.

Continue a ler em GUTO Cassiano

Elas também querem...


Cap-tirado do Blog do Noblat

deu na folha de s.paulo
Universidades PRIVADAS pedem apoio do BNDES
Levantamento feito pelo sindicato das universidades privadas de São Paulo aponta que 41,5% das instituições terão um volume menor de novos alunos (ingressantes) neste ano em relação ao ano passado. Segundo a entidade, a redução é reflexo da crise econômica.
Será a primeira vez desde 1996 que as escolas privadas do Estado sofrerão tal redução, se for confirmada a diminuição (a ser oficializada com a tabulação do Ministério da Educação).
"Nosso alunado é formado em sua maioria de aluno-trabalhador. Em qualquer problema de desemprego, dele ou de algum integrante da família, ele desiste do curso superior", afirma o presidente do Semesp (sindicato das instituições particulares), Hermes Figueiredo.
De acordo com o IBGE, o número de desempregados na região metropolitana de São Paulo aumentou 32% entre dezembro e janeiro.
A pesquisa do Semesp foi respondida por 266 instituições, 69,5% do total de São Paulo. Apenas 26,8% afirmaram que terão mais ingressos neste ano.
"A redução é preocupante. Menos alunos hoje significa menos alunos por quatro ou cinco anos [duração dos cursos]", disse o pesquisador Oscar Hipólito, do Instituto Lobo e ex-diretor do Instituto de Física da USP de São Carlos.
"A diminuição [dos novos alunos] desestrutura a instituição, pois muitos dos gastos são constantes. E, ao tentar cortar as despesas, pode haver perda de qualidade. Muitas, por exemplo, mandam embora os professores mais preparados, que têm melhores salários." Assinante do jornal leia mais em:
Universidades pedem apoio do BNDES

Aff

Noticia do Marcelo TAS
O ilustre deputado Flávio Bezerra, do PMDB do Ceará, encaminhou à procuradoria da Câmara Federal reclamação contra o CQC. Eis a declaração do nobre representante do povo cearense ao Estadão: "Fui abordado por uma equipe de reportagem do CQC e disse que não queria dar entrevista, mas continuaram me filmando".

Bem, meu caro, parlamentar. Nosso papel é "filmar" e vosso como reza a própria função, "parlamentar", ou seja, representar, falar ao povo. Creio então que não há nada a reclamar. Está cada um dentro do seu quadrado. Mas aguardamos com atenção e respeito que "providências" serão tomadas contra o CQC pela procuradoria da Câmara Federal.

É isso aí, minha gente bonita e bronzeada do patropi, surpreendentemente, antes mesmo do carnaval, o ano começou no Brasil!!!

Foto: Deputado Flávio Bezerra na TV Câmara, onde fala pelos cotovelos sem ser importunado pelo CQC.

Enviado pelo Grozny Arruda, RJ

Grata!
Cesar Benjamin, O nome da crise
É preciso sepultar equivocadas interpretações que ajudam a explicar nossa tolerância ao problema do desemprego
O Brasil assistiu com leniência a um salto no patamar histórico do desemprego durante a década de 1990. Nos últimos anos, houve uma suave queda nos índices, mas tudo indica que no próximo período o problema se tornará novamente agudo. A recente queda na produção industrial foi de quase 20% em apenas um trimestre, um recorde que sinaliza o início de um ciclo de contração. Os números sobre o desemprego acabam refletindo esse movimento com alguma defasagem no tempo. É o que veremos nos próximos meses. Combater essa tendência será o grande desafio. É preciso sepultar quatro interpretações equivocadas, amplamente difundidas, que ajudam a explicar a nossa tolerância ao problema.

O aumento do desemprego foi apresentado, nos últimos 20 anos, como um subproduto do aumento da produtividade da economia brasileira, o que permitia considerá-lo, implícita ou explicitamente, como um aspecto problemático de um processo essencialmente desejável e virtuoso. Daí a ideia de uma certa inevitabilidade. É falso: modernização técnica e emprego não se excluem. O problema é que, no Brasil, a produtividade aumentou muito mais do que a produção, pois o crescimento econômico foi rastejante.Quando a produção cresce com a produtividade, o nível de emprego se mantém. Quando cresce mais, ele aumenta.
Uma segunda interpretação tem destacado a baixa qualidade da força de trabalho brasileira. Abandona-se, assim, a questão social (oferta insuficiente de empregos) e se transfere o problema para os indivíduos afetados (sua "baixa empregabilidade").Porém, excetuando situações específicas, não representativas do conjunto, também é falsa a ideia de que o trabalhador brasileiro não tem a qualificação que a economia demanda. As estatísticas mostram que perdem o emprego, principalmente, pessoas com 35 a 45 anos de idade, chefes de família, com experiência profissional e razoável qualificação.
Na outra ponta, criam-se empregos, principalmente, no setor de serviços sem qualificação: balconistas, vigilantes, motoboys e assim por diante.Ao contrário do que se pensa, nossa força de trabalho se tornou superqualificada em relação ao tipo de emprego que foi criado nos últimos 20 anos no Brasil, cuja economia perdeu capacidade de agregar valor a cadeias produtivas cada vez mais internacionalizadas.A terceira interpretação falsa destaca o excesso de encargos sociais. Divulga-se que eles representam 102% dos salários. A base desse cálculo está errada, pois ele considera encargos o descanso semanal, as férias, o décimo terceiro etc. Encargos, em todo o mundo, são apenas as contribuições destinadas a fundos coletivos que financiam políticas gerais. Tudo o que é apropriado pelo próprio trabalhador é parte do seu salário. Fazendo as contas corretamente, a relação entre encargos e salários, no Brasil, é de apenas 25%. Além disso, o que é relevante para o investimento é o custo total do trabalho, que se mantém idêntico nas duas contas e é notoriamente baixo entre nós. A retirada de direitos trabalhistas não gera nenhum novo posto de trabalho.Por fim, repete-se que o desemprego é uma situação típica das metrópoles, onde se realizam as pesquisas mensais, e não se repetiria no conjunto do país. Porém o último Censo -a única pesquisa com abrangência nacional- apurou uma taxa média de 15,04% em todo o território, quando o desemprego medido pelo IBGE em regiões metropolitanas estava em torno de 7%.Combater essas mistificações é o primeiro passo para enfrentarmos o problema com a seriedade que ele merece.
Cesar Benjamin , 53, editor da Editora Contraponto e doutor honoris causa da Universidade Bicentenária de Aragua (Venezuela), é autor de "Bom Combate" (Contraponto, 2006).

Assalto à língua portuguesa...

http://www.youtube.com/watch?v=fJ3NWI3jq3s&feature=related

ah!

Muro das Lamentações
Em Jerusalém, uma repórter da TV vai ao 'Muro das Lamentações' para entrevistar um velho judeu. Chegando ao local, vê que ele está rezando. Depois de uma hora, o ancião pára de rezar e quando se prepara para deixar o local, ela o aborda:
- Bom dia, senhor! Eu sou da TV local e queria entrevistá-lo. O senhor é a pessoa mais antiga que vem diariamente rezar aqui no muro. Há quanto tempo o senhor vem aqui para rezar?
- Ahh... Há uns 80 anos - responde o provecto senhor.
- Nossa! 80 anos! E o senhor rezou pedindo o quê, nestes anos todos?
- Rezo pela Paz entre judeus, muçulmanos e cristãos, rezo para que o ódio pare e que nossos filhos cresçam juntos em Paz e Amizade.
- E como o senhor se sente após 80 anos de orações diárias?
- Sinto-me como se estivesse falando com a parede...

Crise, que crise?



Imagem: do Guto Cassiano. Link ao lado.

O Morazildo (é isso mesmo?) quer que a verba para gastos infames de R$ 15 mil reais seja transformada em salário. Os jornalistas passam a notícia para nós, os pobres ouvintes. Os argumentos do Morazildo (isso lá é nome?) diz que a "casa" vai economizar. Casa que casa? Nenhum santo jornalista faz as contas da Previdência. O "probrema" não é a casa da mãe Joana, é a Previdência, deputado! Vocês, políticos, comerão a previdência!

Sobre a gafe da Folha de São Paulo

Foto: ai que meda!

Da MARY, A Feminista
Por que eu estava realmente surda com tanto silêncio. Com articulistas palpiteiros que comentam cada deslize verbal de políticos e coisas assim. Silenciando sobre isso. E o Fernando de Barros e Silva resolveu responder. E foi bem, no artigo. E aí, no final, faz referência ao que o Fabio Konder Comparato fala. De ajoelhar e pedir desculpa. Diz o Fernando que na China que rolava isso e blá. Todo mundo mostrando sua erudição. E eu perco mesmo a paciência. Por que o embate não é entre a Folha e o FKC, né? O caso é a invenção de um termo. Que o editorial usou para reescrever a história do país nos termos que o tal jornal acha conveniente. As cartas dos professores foram de repúdio ao tal neologismo. E agora o Fernando, de novo, faz esse nhém. De tentar desqualificar a crítica. Apelando para Mao. Para Fidel, óbvio, já tinham apelado. E perde-se o foco. E, claro, parece de propósito. Quantos neurônios serão necessários para entender isso?
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Ditadura, por favor
CERTAMENTE não é a primeira vez que um colunista da casa diverge de uma posição expressa pelo jornal em editorial.Mas é a primeira vez que este colunista se sente compelido a tornar pública sua discordância, inclusive em nome do que aprendeu durante 20 anos nesta Folha.O mundo mudou um bocado, mas "ditabranda" é demais.
O argumento de que, comparada a outras instaladas na América Latina, a ditadura brasileira apresentou "níveis baixos de violência política e institucional" parece servir, hoje, para atenuar a percepção dos danos daquele regime de exceção, e não para compreendê-lo melhor.O que pretende ser um avanço analítico parece, mais do que um erro, um sintoma de regressão.Algumas matam mais, outras menos, mas toda ditadura é igualmente repugnante. Devemos agora contar cadáveres para medir níveis de afabilidade ou criar algum ranking entre regimes bárbaros?Por essa lógica, chega-se à conclusão absurda de que o holocausto nazista não passou de um "genolight" perto do extermínio de 20 milhões promovido por Stálin.Ora, se é verdade que o aparelho repressivo brasileiro produziu menos vítimas do que o chileno ou o argentino, isso se deu porque a esquerda armada daqui era menos organizada e foi mais facilmente dizimada, não porque nossos militares tenham sido "brandos".Quando a tortura se transforma em política de Estado, como de fato ocorreu após o AI-5, o que se tem é a "ditadura escancarada", para falar como Elio Gaspari. Seria um equívoco de mau gosto associar qualquer tipo de "brandura" até mesmo ao que Gaspari chamou de "ditadura envergonhada", quando o regime, entre 64 e 68, ainda convivia com clarões de liberdade, circunscritos à cultura.Brandos ou duros, o fato é que os regimes autoritários só mobilizam a indignação de grande parte da esquerda quando não vêm acompanhados da retórica igualitarista.Muitos intelectuais se assanham agora com a tirania por etapas que Chávez vai impondo à Venezuela sob a gosma ideológica da revolução bolivariana. Isso para não lembrar o fascínio que o regime moribundo mas terrível de Fidel Castro ainda exerce sobre figurões e figurinhas da esquerda nativa.É bem sintomático, aliás, que, ao protestar contra a "ditabranda" em carta à Folha, o professor Fábio Konder Comparato, guardião do "devido respeito à pessoa humana", tenha condenado os autores do neologismo a ficar "de joelhos em praça pública" para "pedir perdão ao povo brasileiro".Que coisa. Era assim, obrigando suas vítimas a ajoelhar em praça pública, submetendo-as à autêntica "tortura chinesa", que a polícia política maoísta punia desvios ideológicos durante a Revolução Cultural. Quem sabe, como a "ditabranda", seja só um palpite infeliz.
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Eu nem falei sobre o comentário de uma linha e meia do ombundman. Em que ele nada fala sobre ditabranda. Diz só que a Folha não teve cortesia com leitores. Assim. Ele claramente estava com o cu na mão. Então. Fica difícil. Vai saber. O quanto essa "resposta" do Fernando também não foi encomendada e blá.
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Uma outra coisa sobre isso de ditadura. Quando eu estava na faculdade, um dos meus professores tinha acabado de defender a tese de doutorado dele. E era sobre a ditadura. E a tese dele dizia que basicamente que Castelo Branco não tinha sido brando. Na aula ele falava muito dos quartéis. Tipo o poder dos quartéis por todo Brasil, principalmente no interior do Brasil. Eu achei tão legal isso porque meu pai contava muitas histórias do período. Uma delas, que eu me lembro agora, é a respeito de um garoto que veio passar carnaval aqui. E rolou uma briga no salão. E o garoto estava metido nela. E foi preso. E meu pai que foi soltá-lo. E não conseguiu. Porque ele tinha brigado com o sobrinho de um tenente daqui. O delegado e o juiz da minha cidade eram engajados na luta contra a ditadura, mas tiveram que se curvar. E acabaram os três (meu pai, juiz e delegado) indo na casa do tenente e explicar e puxar o saco. E depois de uma enormidade de dias é que o garoto foi solto. Meu pai tinha uma série de histórias sobre. E eu tenho uma também. Eu tinha uma poupança no Bradesco quando era criança. Alucinada, todo o dinheiro que eu recebia, ia correndo depositar. Não sei se crianças podem fazer depósito ou se é coisa do interior isso. Sei que eu ia. E eram filas imensas porque nada era informatizado na época. E eu tava na fila. E quase chegando a minha vez. E aí entra no banco o Tenente M. Eu gostava dele porque ele era pai de um menino da minha escola. E de vez em quando aparecia lá pra hastear a bandeira. Foi uma festa na agência e blá. Daí chegou minha vez. E quando eu estava indo pro caixa, senti uma mão me segurando. Era um funcionário do banco. E o tenente M. passou na minha frente. E foi a primeira vez que eu vi isso. De alguém ser mais importante que eu e portanto ter o poder de tomar a minha vez.
Acho que eu já contei essa história aqui mil vezes. Com mais detalhes até, porque meu pai devia estar vivo e blá. A do banco contarei outras mil. Eu sou indignada com ela. É meu exemplo pessoal, né? De Quem você pensa que é? e Você sabe com quem está falando?

Aff,

Foto: não sei de quem é. Estava sem crédito. Sorry. Mas dá para ver os cabelos do Sir Ney pintados.


do Blog da Mary
E o Marcelo Coelho, ontem:

O BOTOX de uma ex-prefeita, a plástica de uma ministra, todo mundo gosta de comentar. Mas passa em silêncio um fenômeno igualmente digno de nota. Fico espantado com a quantidade de parlamentares, do baixo e do alto clero, que tingem os cabelos.
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Comentário: homens de cabelos tingidos parecem um blefe. Fica muiiito feio. Muiiito brega. Quando cheguei aqui na Má-ringa, conheci um professor, do mesmo departamento em que fiquei, que pintava os cabelos. Depois de uns dias o preto ficava ruivo. Aquele ruivo de tinta. Noça!

E se ...

Recebi da Regina.

Na Má-ringa?! Aff!

IMAGEM: DO bLOG DA HELENA SANTINI. VEJA LÁ.
Cumprindo ordens
Do Blog do RIGON. Veja AQUI
O deputado federal Ricardo Barros (PP) mandou e o presidente da Câmara Municipal de Maringá, Mário Hossokawa (PMDB), obedeceu: nomeou Silvana Regina Piccinin como assistente parlamentar de seu gabinete (CC-5, R$ 1.795,00). Ela é filha da ex-presidente da extinta Fundação de Desenvolvimento Social de Maringá, Cleuza Piccinin, e antiga assessora do deputado.Esta semana Hossokawa receberá nova ordem dos Barros: mandar embora um assessor CC5 indicado por Wellington Andrade (PR). Andrade, o vereador mais votado de Maringá, foi colocado na parede na semana passada: ou se torna um cordeirinho, como os demais da Nova Turma do Amém, ou perderá o único cargo que possui na estrutura do Legislativo.

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COMENTÁRIO: AVESTRUZES! EÇE PESSOAL NÃO ESTUDA, NÃO TRABALHA?

Seja político! Eu disse político e não polido!



A Maria Helena mandou ver. Tem razão. No Brasil a melhor profissão é POLÍTICO. Ou "aceçor" de político. Os netos, os filhos e filhas, esposas, amantes todos... se resfestelam com o dim dim´público. O que faz um avô deputado ninar seu netinho nos braços da viúva pública?

Começou 2009!


Todos comentam que começamos 2009. Não sei. Vejo o povo trabalhando em supermercado, em lojas e parece que, para eles, 2008 nem terminou. Para muitos o ano começa mesmo. Estou elaborando as aulas. Sempre é um bom trabalho e um quebra-cabeças. O carnaval na Má-ringa não vi. Hehehehe. Não tem. A cidade é tão conservadora, tão conservadora que aqui temos o Bloco do formol. Ah, tem o Bloco dos sujos. Mas esse bloco faz carnaval o ano inteiro. Deve existir o Bloco dos fundamentalistas religiosos. A Má-ringa deve ser a cidade com alta densidade de igrejas. Toda cidade conservadora tem seu basfond. E eu nem quero saber como é. Volto para as aulas, para os livros e meus alunos. Uau, que saudade!

Uau!

Sponholz! Dessa vez foi pegou na veia!


PÁTRIOS E GENTÍLICOS
José Augusto Carvalho

Os gramáticos costumam usar os termos pátrio e gentílico como sinônimos. Celso Cunha e Lindley Cintra, em sua Nova gramática do português contemporâneo, estabelecem uma distinção que alguns dicionários registram: os adjetivos que se referem a continentes, países, estados, cidades, municípios ou regiões são os pátrios. Os que se referem a raças e povos são os gentílicos. Os pátrios opõem-se aos ádvenas, isto é, aos não-nativos. Infelizmente, aqueles autores não dão exemplos de gentílicos, mas apenas de pátrios.
Antes de prosseguirmos, convém-nos explicar o que significa a palavra hiperônimo. Hiperônimo é um nome mais genérico que se opõe a outro mais específico, chamado hipônimo. Por exemplo: cereal é um hiperônimo em relação a trigo ou a centeio; assento é hiperônimo em relação a cadeira, banco, poltrona, sofá, etc. Já gato, por exemplo, é hipônimo em relação a felino, mamífero e animal; flor é hipônimo em relação a vegetal ou a planta, mas é hiperônimo em relação a rosa ou a lírio.
Podemos dizer, portanto, que o gentílico atua como hiperônimo de adjetivos pátrios, como mesopotâmico, por exemplo, que compreende diversas nacionalidades: assírios, caldeus, sumérios e babilônicos. Semita é um gentílico que engloba vários nomes pátrios, como hebreus, assírios, aramaicos, fenícios, palestinos e árabes. Ameríndio, ameríncola e amerígena são hiperônimos de brasilíndio, que é hiperônimo de tupi, xavante, goitacá ou tememinó. Ameríndio é um gentílico, um hiperônimo, cujo significado abrange tanto os maias, os incas e os astecas quanto os sioux ou os navajos americanos e os tupinambás brasileiros.
Judeu, originalmente designativo do adepto do judaísmo (religião de Jesus Cristo), por força da tradição endogâmica, acabou por constituir um gentílico, o que nos permite falar em judeu brasileiro, judeu americano ou judeu húngaro. Assim, judeu israelita não constitui redundância, já que o primeiro elemento é gentílico, e o segundo é pátrio.
Malê é um gentílico que designa o escravo muçulmano procedente do Noroeste da África ou o seu descendente brasileiro. O nome malês, sinônimo de maliano ou malinês, é o pátrio que designa o nativo de Mali, república da África Ocidental, antigo Sudão. Assim, o plural malês (de malê, o gentílico) é igual ao singular malês (o pátrio que designa o nativo de Mali).
A propósito, o nome da cidade de Campos, deveria ser Campos dos Goitacás e não dos Goytacazes. O Aurélio registra o singular “goitacá”, embora o Houaiss registre o singular “goitacaz”, com base parcialmente na grafia registrada por Theodoro Sampaio, no livro O tupi na geographia nacional. Theodoro Sampaio, contudo, deve ter-se equivocado ao grafar “goytacaz”, porque dá como étimo a expressão “guay-atacá” (o indivíduo veloz, a gente andeja), e registra também a forma “Guaytacá”, no mesmo verbete. O –z final, certamente, é fruto de equívoco. Cf. Goiá, plural: Goiás.
Eis, por curiosidade, alguns pátrios reduzidos: luso, afro, anglo, sino (chinês), euro, franco, ítalo, nipo (japonês), teuto (alemão), austro, indo (indiano) e hispano (espanhol). Eis alguns pátrios interessantes: avaricense (Bourges), bagdali (Bagdá), bonaerense, buenairense (Buenos Aires), cairota (Cairo), bracarense (Braga), cingalês (Ceilão), congolês (Congo), ebúrneo, marfinense (Costa do Marfim), curdo (Curdistão), olisiponense, lisboeta, lisbonense, lisboano (Lisboa), soteropolitano (Salvador)... Além, é claro, dos capixabas e dos canelas-verdes (os nascidos em Vila Velha-ES).
Atente-se para o fato de que os pátrios em sua forma reduzida podem ser formas presas (isto é, não existem sozinhas e formam adjetivos compostos) ou formas livres (isto é, têm existência independente). Assim, “nipo”, “euro” e “sino”, por exemplo, são adjetivos presos: só se usam em nomes compostos: nipo-brasileiro, euro-asiático, sino-americano. Não se pode dizer “revolução sina”, mas apenas “revolução chinesa”, já que “sino” não tem existência independente. Mas é possível dizer “música afra”, “bandeira lusa”, porque “afro” e “luso” são formas livres que também podem ser usadas como formas presas: acordo luso-brasileiro, canção afro-portuguesa. Os bons dicionários normalmente registram as formas exclusivamente presas, nos verbetes próprios, com um tracinho depois: sino-, euro-, nipo-. As formas livres não têm esse hífen depois: afro, luso.

(José Augusto Carvalho é Mestre em Linguística pela Unicamp, Doutor em Letras pela USP e professor no Mestrado em Linguística da Universidade Federal do ES.)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

AH! ahahahaha


Crise...


Sugestão de fantasia para o carnaval...


... que estava ridículo ... lá estava mesmo!

Carnaval antecipado


E pensar o prefeito de Maringá lá! Eita! Dois milhões em grana! Carnaval caro!

Congréçio


Broco de carnaviá


Ai, como é gostoso roubar!


O deputado Ed-mar a pior Moreira, vulgo Castelão gagá, não aparece em Brasília desde o dia 4 de fevereiro. Vergonha? Renunciou? Foi cassado?

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Por falar em deputado... pensei na Paraiba. O governador Casso foi cassado. Maranhão assumiu o "puder". O assumido Maranhão também está sendo processado por desvios de dim dim. Helloooo!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Do Castelo do Ed-mar a pior...


Do Blog do Acir, Contraovento

Assim caminha a humanidade brazileira

Imagem: Salvador Dali
Fontes: Globo News, CBN nacional

Assis, cidade do interior de São Paulo: policial militar é filmado surrupiando R$650,00 produto de um roubo.

Bauru, interior de São Paulo: ladrões destroem lojas (e levam roupas).

Catanduva, SP, um borracheiro e seu sobrinho de 19 anos foram presos (e soltos) por ABUSO SEXUAL em crianças do bairro deles. Os dois abusaram de quase uma centena de meninos e meninas. As MÃES fizeram uma via sacra para poder efetuar a denúncia. Primeiro foram à polícia. resposta: a justiça é lenta. Segundo: conversaram com a delegada da Delegacia das Mulheres. Resposta: a justiça é lenta. Terceiro: foram ao promotor. resposta: nada podia fazer. E daí?
Um diretor de escola tomou as rédeas. refez o caminho das mães com uma associação de cidadania. AINDA não têm solução para os dois homens tarados por crianças. BRAZIUUU!
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Brasília: deputados e senadores querem elevar seus salários agregando as verbas de representação (roubo às claras como em Bauru e Assis); o castelo do Ed-mar a pior Moreira continua em pé... SÃO O EXEMPLO DE NOSSA HUMANIDADE. A cachorrada é geral. Os do andar de cima ensinam os do andar de baixo. E o Brazil vira o país dos ladrões.

Quem são os animais?


Do Blog da Gloria Reis, mineira, uai!
Quem são os animais?
Ruy Castro
"Daí que o trote selvagem aplicado há uma semana pelos veteranos de uma escola de veterinária em Leme, SP, num calouro -chutes, chicotadas, intoxicação alcoólica e ser lambuzado com fezes e com animais em decomposição- levou-me a pensar melhor nas relações entre humanos e animais. Fez-me perguntar: "Quem são os animais?"
Meu gato Fu Manchu, 6 anos, baixou hospital na semana passada. O que parecia uma infecção urinária revelou-se uma obstrução na uretra, provocada por cálculos na bexiga -cinco cristais intrometidos, que se alojaram ali para provocar agonia e dor. De repente, foi preciso operar. Durante alguns dias, fiquei privado de uma companhia que sempre me confortou, por amorosa e alerta. Tanto em casa como na clínica felina onde o internamos, em Botafogo, pude sentir a entrega dos profissionais que o cuidaram. Já passei por muitos gatos e veterinários, e sempre achei que a relação entre eles era especial. Como, por deficiência humana, não somos capazes de dialogar com os gatos e perguntar sobre seus sintomas, o veterinário precisa de mais que ciência e sensibilidade para chegar ao problema e à solução. Precisa, por exemplo, de humildade, para estar ali a tratar de um ser que, pelos padrões estabelecidos pelo homem, não pertence à escala superior deste mesmo homem. No entanto, o que se coloca em suas mãos, na mesa de cirurgia, é uma vida tão preciosa como qualquer outra -e que é cara aos que cuidam ou se deixam cuidar por ela. Sempre que entreguei um gato a um veterinário, torci para que este fosse o melhor ser humano que eu poderia ter escolhido naquele momento.Daí que o trote selvagem aplicado há uma semana pelos veteranos de uma escola de veterinária em Leme, SP, num calouro -chutes, chicotadas, intoxicação alcoólica e ser lambuzado com fezes e com animais em decomposição- levou-me a pensar melhor nas relações entre humanos e animais.
Fez-me perguntar: "Quem são os animais?". Gostaria de saber os nomes daqueles futuros veterinários -para, nem por acaso, um dia, deixar um de meus gatos ao alcance de sua ferocidade.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

E o que falar quer dizer?!

Do Blog The Passira News

Manifesto do Blog Passira News

Foto: Reuters
Manifesto do Passira News

Nós do “the passira news” pedimos desculpas aos skinheads europeus e suiços em particular, por ter imaginado que eles eram um bando de nazistas/neonazistas, conservadores xenofabos, defensores de uma supremacia racial branca e anti-semitas, capazes de agredir uma estrangeiras e mutilá-la. Não consta na história recente, que qualquer um dos grupos de vocês tenham cometido crime similar. Só nós, uma civilização atrasada, do outro lado do Atlântico seriamos capazas de imaginar tal sandice e de caluniar gente tão ordeira, humanista e civilizada. Mil perdões e “Heil Hitler!"

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ahahahahaahahahahahahhaahahahahahah

Jarbas já!


Acabei de ouvir o Jarbas Vasconcelos, o senador pelo PMDB pela CBN nacional. Reafirmou o que disse na entrevista na VEJA. Sua preocupação: a corrupção incorporou-se na paisagem brasileira. É verdade, incorporou-se e ficou naturalizada. Nascemos corruptos.

De qualçquer maneira, foi bom o senador Jarbas dizer que seu próprio partido é corrupto. Renan, o Calheiros que o diga.

Sem um gato para puxar o rabo, indico Jarbas para presidente. Nada de Serra, Dilma ou o playboy mineiro Aécio. Jarbas já!

Banco de dados


Culinária...


Oinc, oinc....


Do Blog do Orlando Tambosi

Burraldos podem dar aula em São Paulo
Na Folha, uma notícia estarrecedora:
Cerca de 1.500 professores que tiraram zero em uma prova de seleção do próprio governo estadual de São Paulo poderão lecionar neste ano na rede.O exame foi promovido pela Secretaria da Educação do governo José Serra (PSDB) com a intenção de selecionar 100 mil docentes temporários. 214 mil pessoas se candidataram.
Os 1.500 professores "nota zero" vão poder dar aulas porque uma decisão liminar (provisória) da 13ª Vara da Fazenda Pública suspendeu os resultados do exame, de 25 testes, realizado em dezembro passado.
A liminar atendeu ao pedido da Apeoesp (sindicato dos professores), que alegou que os docentes temporários que já trabalham na rede há muitos anos não podem ser descartados com base numa "provinha". Considera que o correto seria realizar um concurso público. (Para
assinantes).

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Comentário:
Defendo os professores, faço parte dessa categoria. MAS odeio a burrice. PUTZ! Ninguém pensa nas crianças, nos trilhões de faculdades privadas (e, porque não dizer, públicas também) que fazem das licenciaturas cursos de burrice aguda. O papel do sindicato não é este. É lutar por bons profissionais. Fiz uma pesquisa (aqui em Maringa) em 1998 com professores. Chamava-se Professores formando professores. O resultado gerou tanta revolta que publiquei apenas a primeira parte.

Flanelinhas e flanelões ...


Geralmente eu não suporto conversas que criminalizam os excluidos. Criminalizar meninos em situação de risco, flanelinhas, prostitutas ... faz parte de um discurso que me dá náuseas. Não que eu concorde com atitudes violentas de gangues, traficantes e até dos flanelinhas (eu nunca tive nenhum problema com flanelinhas e dou dinheiro mesmo). O problema é que eu faço parte dos excluidos. Sinto-me excluida. Sinto-me à margem como eles. É claro que não sou (ainda?), mas sinto-me sendo. Isso me faz ver as coisas por outro ângulo. Penso:
1- Por que temos tanto medo dos flanelinhas? Isso mesmo, medo que se transforma em raiva. Será que nele nos vemos (por uma porta bem pequena)? Temos medo de tornamo-nos flanelas também?
2 - Os flanelinhas roubam-nos alguns tostões. Os flanelões (políticos de várias estirpes) roubam-nos laptops, salários indevidos aos seus parentes, amantes e vizinhos. Fazem castelos de bilhões. Roubam gado. Terras. E, daí? Ninguém os condena ostensivamente?
3 - Somos covardes ou somos brazileirus? Ou tudo é a mesma coisa? Creio que jamais seremos modernos. Nascemos e morreremos em uma nação fundada pela hipocrisia e corrupção portuguesa. Nunca fizemos uma revolução moderna, de costumes. Ainda somos os mesmos colonizadores ignorantes que não suportavam os mais pobres. Precisamos deles para justificar nossas vidas. Justificar nossos discursos. Xô!!!!!!!!!!!!
4 - Queremos coisas bregas como uma van cinza desenhada com uma zebra, o cúmulo da breguice. Queremos aposentadorias bilionárias de deputados estaduais como no Paraná. Queremos uma cidade dirigida por empresários incultos e mesquinhos. Queremos os ricos porque é deles o reino de Deus. Só pode ser isso.

Cidades

Imagem: Yerka
Texto de Valter Dubiela (arquiteto, mora no Canadá) escrito para o Factorama (blog em que também escrevo). Interessante para se pensar a Má-ringa (e também Porto Ferreira e também ....)

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Richard Florida propôs um indice de tolerância para avaliar a competitividade de cidades. Segundo ele, não basta que a cidade abrigue indústrias de tecnologia de ponta, como biotecnologia ou robótica, para competir com outros polos tecnológicos. Infraestrutura de transporte, comunicação, educação, cultura e lazer, não basta ter aeroporto, universidade, etc. são muito importantes para outros tipos de indústria, mais insuficientes para entrar no jogo da competição pelo desenvolvimento tecnológico. Além deste arsenal de apoio à produção industrial, a mão de obra criativa procura qualidade de vida. Tolerância, governância e abertura de espírito são alguns dos fatores que levam empresas que trabalham com o espírito criativo de seus funcionários a se instalarem ou não numa cidade.

Como calcular este índice? Florida elaborou dois índices, o primeiro, que ele chama de índice boêmio, mostra a força da produção cultural, seja com atividades de grande p­úblico quanto atividades underground e de vanguarda.

Um outro índice é o índice de diversidade social, que mede a tolerância pelo número de comunidades organizadas em função da origem étnica ou da opção sexual. Uma forte porcentagem de homossexuais e de representantes de diversidade étnica integrados socialmente indica que a cidade é tolerante e dinâmica. Ele cita como exemplo São Francisco que permitiu o desenvolvimento do Vale do Silício, e de Montréal, que concentra um polo de indústria aeroespacial.

Cidades impregnadas pour uma tradição de corrupção e desigualdade, culturalmente engessadas por um ranço exófobo e moralista, ou seja, com pouca abertura à diversidade social e sexual não atraem empresas de alta tecnologia simplesmente porque a mão-de-obra necessária à criação tecnológica prefere não viver em cidades com este perfil.O ponto paradoxal destes índices é que a competitividade entre cidades exige um tipo de cooperatividade entre grupos socio culturais diferentes dentro de uma mesma cidade. É esta capacidade de compreender as diferenças e de permitir manifestaçoes diversas de modo respeitoso e pacífico que expressa a qualidade da vida urbana e da sua dinâmica, e que a faz atrativa aos criadores. Para que uma cidade capitalista seja competitiva em mão-de-obra criadora de tecnologia de ponta, ela precisa demonstrar um mínimo de tolerância visando a cooperação na diversidade.
Florida é professor na Universidade Carnegie Mellon na Filadelfia e expoe seus argumentos no
The rise of the creative class (2002a, 2002b).

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COMENTÁRIO: Boa pesquisa. Isso explica porque Maringa se torna a Má-ringa. Cidade linda, com pessoas excelentes, mas políticos bem medianos. Que compram laptops sem licitação, que impedem funcionários de verem sites (porno ou não), que empregam parentes... ou donos de4 bares que expulsam homossexuais.... e blá blá. Ah, que fazem cruzadas contra os flanelinhas esquecendo-se dos flanelões.

Os flanelões



Do Blog de Ricardo Noblat 17.2.2009
4h11m

DEU EM O GLOBO
Oito senadores do PMDB são investigados no STF
Crimes incluem corrupção, compra de votos e sonegação fiscal
Oito dos vinte senadores do PMDB respondem atualmente a inquéritos ou ações penais no Supremo Tribunal Federal. Levantamento feito pelo GLOBO mostra que 40% da maior bancada do Senado são investigados por crimes como corrupção, formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, compra de votos e sonegação fiscal. A lista inclui de veteranos como o líder do governo Romero Jucá (RR) a novatos como Lobão Filho (MA), que acaba de completar um ano de mandato.
A bancada do PMDB no Senado foi um dos principais alvos do senador peemedebista Jarbas Vasconcelos (PE) - que não aparece na lista de investigados. No topo da lista de complicações no STF está Valdir Raupp (RO), que acaba de entregar a liderança do PMDB a Renan Calheiros (AL). Ele é réu em duas ações penais e responde a dois inquéritos. Numa ação por peculato (desvio de dinheiro público), que se arrasta desde 2003, é acusado de desviar mais de R$ 1 milhão de uma estatal quando governava o estado. Raupp já foi condenado em primeira instância a seis anos de prisão em regime semiaberto, mas o processo está parado há quase um ano.
Raupp também responde a inquéritos por crimes contra a administração pública e contra o sistema financeiro. Ex-ministro da Previdência, Jucá é alvo de dois inquéritos - por compra de votos e crime de responsabilidade - que tramitam em segredo de Justiça. Ele é acusado de desviar verbas de obras federais em Roraima.
O senador Leomar Quintanilha (TO) é acusado de direcionar verbas em troca de propinas de empreiteiras. O Ministério Público estima os desvios em R$ 25 milhões. O suplente do ministro Hélio Costa, Wellington Salgado (MG), tem dois inquéritos, ambos por crimes de sonegação. Lobão Filho (MA), suplente do pai, ministro Edison Lobão, tem uma ação penal e um inquérito. Leia mais em O Globo
Com seis ministros no governo Lula e mais as presidências da Câmara e do Senado, o PMDB administra um orçamento de R$ 151 bilhões, segundo a lei orçamentária de 2009 aprovada pelo Congresso. Só o ministério da Saúde, com o ministro José Gomes Temporão à frente, tem o maior orçamento da Esplanada, R$ 59,52 bilhões. O partido controla ainda o Ministério da Defesa, com Nelson Jobim, que teve sua verba aumentada no governo Lula ano após ano e em 2009 chegou a R$ 51,38 bilhões. O Ministério de Minas e Energia, com o senador Edison Lobão (MA), controla R$ 7,1 bilhões, sem contar os recursos das cobiçadas estatais do sistema elétrico, também sob influência do partido.
O ministro Geddel Vieira Lima (BA), que patrocinou a adesão do PMDB da Câmara ao governo Lula, administra um orçamento de R$ 12,96 bilhões (incluindo os fundos constitucionais) no Ministério da Integração Nacional, que tem entre suas principais atribuições a revitalização e transposição do Rio São Francisco. Leia mais em O Globo

Modelito fashion


Dim dim ou plim plim...

Imagem: e o povo, o!
Do Blog do Rigon, Maringá

O prefeito Bega, de Astorga, vai testar a sua Turma do Amém na sessão de hoje. Conta o Astorga Verdade Urgente, já esta ensaiado: um projeto de lei vai permitir o nepotismo na administração municipal. Conta o blog que é tudo encenação para que o prefeito possa acertar a situação da esposa, do filho e da nora.Comenta-se na cidade que se os vereadores aprovarem o projeto é porque rolou muito... como chama aquele negócio?...

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COMENTÁRIO: Aqui na Má-ringa uma trupe de parentes também não tem cargos? Os parentes e suas serpentes não se profissionalizam e têm que comer o dim dim em algum lugar. Interessante é que ao lado desta notícia ouço a CBN local. Pacote do dia: criminalizar os flanelinhas. Qual a diferença entre os flanelinhas e os parentes dos vereadores, prefeitos, deputados? Simples: os flanelinhas trabalham! ahahahahahaaha

Todos enrolando....



Lula com Dilma. Aécio com Serra. Meu Deus, quem dirige o país se todos estão de olho em 2010?

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

João amava José que amava Joaquim...


A notícia e os comentários são do Blog do fabio Campana, Curitiba
Ricardo Barros garante que PP vai apoiar Osmar Dias em 2010
Segunda-feira, 16 de Fevereiro de 2009 – 16:11 hs

Hoje, em visita à Assembléia Legislativa, o presidente do PP, deputado federal Ricardo Barros (foto), deixou claro que o partido vai apoiar o senador Osmar Dias em sua candidatura ao governo em 2010.
O primeiro passo para quebrar a aliança do PDT com o PSDB, que elegeu o prefeito Beto Richa, já foi dado com o anúncio da candidatura própria dos tucanos. O nosso apoio, portanto, é para o senador Osmar Dias”, afirmou Barros.

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Segunda-feira, 16 de Fevereiro de 2009 – 16:11 hs. Deixe um comentário.
6 comentários
SYLVIO SEBASTIANI
Segunda-feira,
16 de Fevereiro de 2009 – 16:53 hs
O deputado federal Ricardo Barros está querendo o Senador Osmar Dias candidato à Governador, para pegar a sua vaga, para isso o PP que não tem força nenhuma no Paraná, já apoia o Osmar.Mas, sempre um Mas, nisso, depende do Presidente Lula, do PT, pois o Deputado Ricardo Barros é Vice-Lider do Lula na Câmara Federal. Portanto o Lula tem que estar de acordo com isso.
Sincero
Segunda-feira
, 16 de Fevereiro de 2009 – 17:01 hs
O PP não tem força? E fato de ter o mesmo número de prefeituras que o PSDB no Estado não conta??Eis que se instala no Paraná o aparthaid político, com a total discriminação daqueles que ousam não apoiar o Beto Richa. Em breve até os banheiros serão separados, entre eleitores do neo Lerner e os demais cidadãos.
ronaldo
Segunda-feira
, 16 de Fevereiro de 2009 – 17:18 hs
Perguntar não ofende, o Sr. Barros já combinou com todos os filiados e eleitores do PP ?
Centro
Segunda-feira
, 16 de Fevereiro de 2009 – 17:20 hs
“Sinceramente” gostaria de fontes para os dados apresentados, independente de que lado queira se defender. Realmente o PP tem mais “bala na agulha” do que se pensa, muito mais que o PT provincial.Impressionante como gostam de colocar o nome do Lerner na mesa…O segundo mandato dele foi péssimo. Citar isso em uma possível relação com o Beto seria inteligente e não o antisemitismo velado da comparação acima…
Carlão
Segunda-feira
, 16 de Fevereiro de 2009 – 18:45 hs
O Ricardo Barros , deve garantir mais não muito, pois se o Osmar estiver em baixa, ele já o larga no caminho e tira foto sorrindo ao lado do outro candidato, o que vai vencer é claro.
Junior
Segunda-feira, 16 de Fevereiro de 2009 – 19:59 hs
Ricardo Barros tá doidinho pra que Osmar libere uma vaga no senado e o apóie. No que depender de mim, ele não se elege nem pra síndico de prédio.

Fernandinho no carnaval


Carnaval gente!




Eita, sÔ!


Do Blog do fabio campana
“Jarbas Vasconcellos é um vagabundo”, diz Romanelli
Segunda-feira, 16 de Fevereiro de 2009 – 17:40 hs

O líder de Requião na Assembléia, Luiz Cláudio Romanelli (foto), disse há pouco, na área de imprensa da Assembléia Legislativa, para todos os jornalistas e presentes que quisessem ouvir, que o senador “Jarbas Vasconcellos é um vagabundo”. Irritado, esta foi a maneira de Romanelli demonstrar seu ódio pelas recentes declarações de Vasconcellos, que disse à revista Veja que o PMDB é um partido corrupto.
A entrevista teve grande repercussão, mas dirigentes do PMDB em todo o país preferiram ou ignorar as declarações de Vasconcellos, ou considerá-las um desabafo.
Foto:
Denis Ferreira Netto

Fernandão!


A direita também come criancinhas....

Do Josias de Souza
Informe-se sobre o tema aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
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Não faltava mais nada no Braziuu.

Estão surdos, mudos e cegos....



Do Josias de Souza
16/02/2009" ) ;
Chamado de corrupto, PMDB finge que não é com ele
FolhaUma das características mais curiosas da corrupção se observa nos partidos políticos. O corrupto está sempre nas outras legendas.

No último final de semana, numa entrevista ao estilo arrasa-quarteirão, Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) subverteu a praxe.

Olhou de relance para o quintal dos vizinhos: “A corrupção está impregnada em todos os partidos”.

Mas lançou um olhar especialmente severo para o gramado ao se redor: “Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção”.

Citou Renan Calheiros: “Ele não tem nenhuma condição moral ou política para ser senador, quanto mais para liderar qualquer partido”.

Mencionou José Sarney: “A moralização e a renovação são incompatíveis com a figura do senador [...]. Sarney vai transformar o Senado em um grande Maranhão”.

Pois bem, chamado para a briga por um dos seus, o PMDB decidiu fingir que não é com ele. Em nota, a Executiva da legenda disse que “não dará maior atenção” ao tema.

Em entrevista, Michel Temer (SP), presidente do partido, disse que são demasiado “genéricas” as acusações do colega Jarbas.

Como dirigente da legenda, Temer não cogita pedir a expulsão de Jarbas. Havendo uma representação formal de outro filiado, dará curso a ela.

De resto, não se ouviu durante o dia uma mísera palavra de Renan. Nada de Sarney. Silêncio de velório.

Aqui e ali, ecoaram manifestações de desconforto e de solidariedade. Ponto. Só não ficou nisso porque Jarbas decidiu manter os lábios grudados no trombone.

“Eu não retiro nada do que eu disse, quem quiser me processar, procure o conselho de ética do partido", repisou o senador, um sobrevivente do velho MDB.

Os repórteres cobraram nomes. E Jarbas: "Como posso citar nomes? É um número muito volumoso, eu não vim ficar como auditor do PMDB no Congresso...”

“...Eu não disse que todo o PMDB era corrupto, mas grande parte. São nos escalões superiores que a corrupção vive".

A reação do PMDB aos ataques de Jarbas é tão amena que extinguiu-se em relação ao partido até o benefício da dúvida.

O absurdo e a perversão adquiriram no PMDB uma doce, persuasiva e admirável naturalidade.
Escrito por Josias de Souza

Ai!


Xiiii!


CURIOSIDADES LINGÜÍSTICAS


SEIS CURIOSIDADES LINGÜÍSTICAS
José Augusto Carvalho
1 . Por que se diz “fazer ouvidos de mercador”? Na pesquisa das origens de frases feitas (Origens de anexins, proloquios, locuções populares, siglas etc. 2.ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1909), Castro Lopes deu asas à imaginação, e muitas de suas hipóteses devem ser descartadas, por carecerem de explicação convincente. Tal é o caso da expressão “lé com lé, cré com cré” que ele diz ter vindo de “leigo com leigo, clérigo com clérigo”, mas não explica como o ditongo fechado da sílaba “lei” poderia ter dado ”lé”, com a vogal aberta.

Há casos de monotongação e de mudança de timbre em verbos, na pronúncia popular dos nomes homógrafos, como “róbo” (verbo roubar), a distinguir-se de “rôbo” (roubo, substantivo). Não é esse o caso de “leigo com leigo”. Castro Lopes também não explica o rotacismo (mudança de l para r) na sílaba inicial de “clérigo” (cré). Melhor hipótese é a de João Ribeiro, ao propor “lei com lei, credo com credo” (RIBEIRO, João. Frazes feitas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1908): pode ter faltado a explicação da mudança de “lei” para “lé”, mas, pelo menos, não foi preciso explicar a evolução de “credo” para “cré”. Vasco Botelho do Amaral, em Meditações críticas sobre a língua portuguesa (Lisboa: Edições Gama, 1945, p.120-l), cita, sem explicar, a locução “da mesma lé”. Seria sinônimo de “laia”?
Qualquer hipótese, nesse terreno, poderia ser tão ruim quanto as de Castro Lopes e João Ribeiro. Por que não “léu com léu, crepe com crepe” (por “nudez com nudez, roupa com roupa”)? Pelo menos nesta hipótese (que aqui apresento como contestação) não é preciso explicar a mudança de timbre. É arriscado, senão leviano, fazer conjeturas sem respaldo científico.
Está neste caso a expressão “fazer ouvidos de mercador”, que Castro Lopes explicou como corruptela de “fazer ouvidos de mau credor”, sem explicar como se deu a confusão entre “mau credor” e “mercador”, ou como se processaram as alterações fônicas. João Ribeiro acha que, na expressão, mercador é mercador mesmo, que, por gritar a plenos pulmões suas mercadorias em via pública, fez crer aos que o ouviam sua condição de mouco.
Melhor explicação, dá-no-la Orlando Neves (Dicionário das origens das frases feitas. Porto: Lello & Irmão, 1992, s.v. “Fazer ouvidos de mercador”), que atribui à palavra “mercador” uma corruptela de “marcador”, nome que se dava ao carrasco que marcava os ladrões com ferro em brasa, indiferente aos seus gritos de dor. O Diccionario do Moraes não consigna o termo marcador, mas, no verbete marcar, dá a seguinte explicação: “Pôr marca, sinal; v.g. marcar o gado com ferro quente; marcar o ladrão na testa;” o que confirma a existência da pena cruel e, conseqüentemente, a daquele que a aplicava.
Assim, o “mercador” da frase feita é corruptela de “marcador”, o carrasco surdo às súplicas alheias.
2. Por que o homem brasileiro simples chama a esposa de “patroa”? A ideia é sutil. Um patrão não é apenas um dono. O patrão é a pessoa para quem se trabalha, aquele que é beneficiado com o produto do trabalho assalariado de alguém que está a seu serviço. Ora, a esposa, que, na sociedade patriarcal, não trabalha fora de casa, é a beneficiária do trabalho do marido assalariado. Em outras palavras, a mulher que é apenas uma dona de casa é a patroa, porque o marido trabalha para ela!
3. Por que velhos são “coroas” ? – Quando houve a proclamação da República, tudo o que era imperial passou a ser sinônimo de coisa antiga. Em seu Novo dicionário da gíria brasileira (3.ed. Rio de Janeiro: Tupã, 1957, s.v. – a 1ª edição é de 1945), Manuel Viotti define coroa como gíria militar, com o sentido de “Antiguidade, a monarquia decaída”. Por força do recrutamento obrigatório dos jovens de 18 anos, que, findo o treinamento, voltam às atividades civis e difundem a linguagem da caserna, muitas palavras da gíria militar acabam adquirindo foro de universalidade. Foi o que ocorreu com “rancho”, que designa o restaurante e, por extensão, a comida ou a refeição, como em “hora do rancho”, ou o que ocorreu com batebute, corruptela do inglês battle boot, “bota de batalha”, que designa o coturno ou o chapim. Assim, tudo o que era antigo ou velho era da coroa ou, simplesmente, por metonímia, era “coroa”. Um homem velho, portanto, é antiguidade, é coroa.
4. Por que se diz “conto do vigário”? – A palavra “vigário” vem do latim vicariu-, que significa “substituto”. Isso quer dizer que o sacerdote é chamado vigário por ser um substituto do bispo, numa paróquia. O Papa é chamado de “vigário de Cristo”, isto é, o substituto de Cristo. É nesse sentido original de substituto que se chama “vicário” (com c, por ter entrado na língua por via erudita) o verbo que, numa oração, substitui outro, da oração precedente, como em “Se ele pergunta é porque não sabe”, onde o É está no lugar de PERGUNTA. A expressão “conto do vigário”, para designar um engodo, relaciona-se com o sentido primitivo do termo latino, e não com o sacerdote. Em outras palavras, “conto do vigário” é a história em que uma pessoa leva o substituto (sem valor) de algo que pretendia adquirir com vantagem. Em termos proverbiais: leva gato por lebre. Também se chama “conto do paco”. Paco veio do latim paccus ou do francês pacque (palavra originária do étimo neerlandês packe), por intermédio do lunfardo, como gíria de ladrões. Pacote é diminutivo de paco.
5. Por que “amigo da onça”? – Alguns autores fantasiam a origem da expressão popular “amigo da onça”. Magalhães Júnior, em seu Dicionário brasileiro de provérbios, locuções e ditos curiosos (4. ed. Rio de Janeiro: Documentário, 1977, s.v. amigo da onça), conta a seguinte história: um caçador mentiroso dizia que fora acuado por uma onça de encontro a uma rocha. Sem armas e sem ter como fugir, escapa dando um grito tão violento que a onça, assustada, fugiu em pânico. Ante o descrédito do ouvinte, o contador de história pergunta: “Você é meu amigo ou amigo da onça?” Antenor Nascentes, no Tesouro da fraseologia brasileira (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986, s.v. amigo), conta outra história: um caçador, à beira de um abismo, encontrou uma onça. Tentou matá-la, mas a espingarda falhou. O caçador então pergunta ao ouvinte se ele imagina o que aconteceu em seguida. Este, obviamente, responde que a onça teria devorado o caçador. E o caçador, indignado, pergunta: “Você é meu amigo ou amigo da onça?” São histórias fantasiosas sem respaldo documental.
Ora, “onça”, na expressão em estudo, não designa o felino, porque está no sentido clássico de “miséria”. “Estar na onça”, para João Ribeiro (Frazes feitas, Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1908, p. 125-6) é estar na penúria. A libra tem doze onças. Estar na undécima onça é estar quase na miséria. João Ribeiro refere-se à expressão também em italiano: “su l’undic’once”, isto é, na undécima onça, quase na miséria. Macedo Soares (Dicionário brasileiro da língua portuguesa. Rio de Janeiro: MEC/INL, 1954, vol. I; 1955, vol. II, s.v. onça) explicita que “estar na onça” é “loc. dos estudantes, não ter vintém”. Quem só tinha uma onça procurava guardá-la ou evitava gastá-la, para não ficar a zero. Tornou-se, portanto, compulsoriamente, um “amigo da onça”. Com o tempo, “amigo da onça” passou a sinônimo de “amigo da miséria” alheia, como o personagem que o humorista Péricles de Andrade Maranhão imortalizou nas páginas da revista O Cruzeiro.
6. Por que o mau motorista é barbeiro? – Viterbo afirma que barbeiro era o oficial “que se ocupava de alimpar açacalar, dar esmeril e guarnecer as espadas, adagas, etc.” (VITERBO, Joaquim de Santa Rosa. Elucidário das palavras, termos e frases que em Portugal se usaram e que hoje regularmente se ignoram. Edição crítica de Mário Fiúza. Porto: Civilização, 1965, s.v. Barbeiro das espadas.). O dicionário de Moraes Silva diz que barbeiro é o “Homem que faz as barbas, e as rapa, corta ou apara.” E conclui: “Há barbeiros de lanceta, ou sangradores, outros dantes concertavão as espadas limpando-as, e afiando-as, alias alfagemes” (s.v. Barbeiro). No seu Glossário crítico de dificuldades do idioma português (Porto: Simões Lopes, 1947), Vasco Botelho do Amaral (s.v. Barbeiro) cita Gonçalves Viana, que informa que, “sobretudo, o barbeiro tinha amplas funções de médico de aldeia, aplicando mezinhas e sanguessugas, fazendo sangrias, cortando calos e tirando dentes” e que “os barbeiros da aldeia tinham, além de outras, também funções de sangradores e de cirurgiões”. Vasco B. do Amaral lembra um anexim popular de sua época: “quem lhe dói o dente busca o barbeiro”. Ora, quando um barbeiro era infeliz em alguma missão diferente daquela que lhe garantira o nome da profissão – ater-se à barba e ao cabelo – o povo lembrava que o insucesso da empreitada era “coisa de barbeiro” e não de médico ou de dentista especializado. Por extensão, era chamado barbeiro quem fazia de modo infeliz alguma coisa para a qual não era profissionalmente preparado. Um motorista, consequentemente, é barbeiro quando realiza algum tipo de manobra que denota a sua inabilidade ao volante ou a sua falta de vocação como condutor de veículo

(José Augusto Carvalho é Mestre em Lingüística pela Unicamp e Doutor em Letras pela USP)

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