Assalto em mosteiro pode ter envolvimento de policiais e ex-funcionários
Enviado pelo amigo virtual Grozny Arruda
Enviado pelo amigo virtual Grozny Arruda
Duas pessoas foram torturadas e amarradas por mais de três horas. A Polícia Civil suspeita de envolvimento de policiais e ex-funcionários
Letícia Gonçalves -
Local revirado por bandidos durante assalto
Seis homens fortemente armados invadiram e assaltaram o Mosteiro Zen Morro da Vargem, em Ibiraçu, na noite desta terça-feira (22). Duas pessoas que estavam no local foram torturadas e amarradas durante a ação. Segundo informações da Polícia Militar, vários objetos foram roubados. A Polícia Civil suspeita de envolvimento de policiais e ex-funcionários no caso.
Segundo a Polícia Militar, os assaltantes chegaram ao local por volta das 23h30 e renderam um funcionário e um residente do mosteiro, que foram agredidos e mantidos amarrados em uma escada de uma das salas do templo.
Durante a ação, que durou mais de três horas, o bando conseguiu roubar dois computadores, um notebook, uma motosserra, uma cadeira de massagem, R$ 70 em dinheiro, um celular, uma pick-up Chevrolet Montana e duas motocicletas, que foram abandonadas no portão do mosteiro.
Quartos também foram revirados e almofadas foram rasgadas, como se os bandidos estivessem procurando alguma coisa específica. De acordo com relatos das vítimas à policia, eles perguntavam a todo momento sobre um suposto cofre, que, segundo o investigador da Polícia Civil de Ibiraçu, Peterson Simões Pimentel, não existe no local.
Os bandidos torturaram os reféns e dispararam tiros para intimidá-los. Os dois funcionários só conseguiram se soltar uma hora depois do assalto e chamaram a polícia. As vítimas foram levadas ao Departamento Médico Legal (DML) em Vitória, na manhã desta quarta-feira (23), onde fizeram exames de corpo de delito, para comprovar as agressões.
Mosteiro já havia sido assaltado em dezembro
Em dezembro do ano passado, o mosteiro já havia sofrido um assalto semelhante. O abade do mosteiro, monge Daiju Bitti, muito abalado com o fato, disse não entender o porquê da violência.
"É a segunda vez que ocorre esse evento. Na primeira vez a gente manteve em sigilo. Era um grupo altamente armado, de 7 a 9 pessoas. Lá embaixo ficou outro grupo de apoio. Houve muita violência e pressão psicológica, alguns tiveram as costelas quebradas", disse.
O monge pediu providências do poder público com relação à segurança do local. "Isso aqui é uma reserva estadual e importante não só para o Espírito Santo, mas para o Brasil e para o mundo. Então não podemos ficar nessa vulnerabilidade. Alguma coisa tem de ser feita", afirmou.
Segundo a Polícia Civil, a quadrilha teria cerca de dez envolvidos. Seis deles entraram no mosteiro e os outros ficaram do lado de fora, dando cobertura. Todos que invadiram o imóvel estavam encapuzados e cada um deles tinha duas armas nas mãos.
Participação de policiais e ex-funcionários
Durante o assalto, um detalhe que chamou a atenção da polícia foi que os bandidos usaram termos militares, como citar patentes. A polícia não descarta a possibilidade de policiais, ou ex-policiais, estarem envolvidos no assalto. Além disso, devido ao conhecimento dos bandidos sobre a movimentação no mosteiro, também não está descartada a participação de ex-funcionários do local.
Até o momento ninguém foi preso. Uma equipe da Polícia Civil está nas ruas de Ibiraçu para tentar localizar pelo menos a pick-up levada durante o assalto.
Letícia Gonçalves -
Local revirado por bandidos durante assalto
Seis homens fortemente armados invadiram e assaltaram o Mosteiro Zen Morro da Vargem, em Ibiraçu, na noite desta terça-feira (22). Duas pessoas que estavam no local foram torturadas e amarradas durante a ação. Segundo informações da Polícia Militar, vários objetos foram roubados. A Polícia Civil suspeita de envolvimento de policiais e ex-funcionários no caso.
Segundo a Polícia Militar, os assaltantes chegaram ao local por volta das 23h30 e renderam um funcionário e um residente do mosteiro, que foram agredidos e mantidos amarrados em uma escada de uma das salas do templo.
Durante a ação, que durou mais de três horas, o bando conseguiu roubar dois computadores, um notebook, uma motosserra, uma cadeira de massagem, R$ 70 em dinheiro, um celular, uma pick-up Chevrolet Montana e duas motocicletas, que foram abandonadas no portão do mosteiro.
Quartos também foram revirados e almofadas foram rasgadas, como se os bandidos estivessem procurando alguma coisa específica. De acordo com relatos das vítimas à policia, eles perguntavam a todo momento sobre um suposto cofre, que, segundo o investigador da Polícia Civil de Ibiraçu, Peterson Simões Pimentel, não existe no local.
Os bandidos torturaram os reféns e dispararam tiros para intimidá-los. Os dois funcionários só conseguiram se soltar uma hora depois do assalto e chamaram a polícia. As vítimas foram levadas ao Departamento Médico Legal (DML) em Vitória, na manhã desta quarta-feira (23), onde fizeram exames de corpo de delito, para comprovar as agressões.
Mosteiro já havia sido assaltado em dezembro
Em dezembro do ano passado, o mosteiro já havia sofrido um assalto semelhante. O abade do mosteiro, monge Daiju Bitti, muito abalado com o fato, disse não entender o porquê da violência.
"É a segunda vez que ocorre esse evento. Na primeira vez a gente manteve em sigilo. Era um grupo altamente armado, de 7 a 9 pessoas. Lá embaixo ficou outro grupo de apoio. Houve muita violência e pressão psicológica, alguns tiveram as costelas quebradas", disse.
O monge pediu providências do poder público com relação à segurança do local. "Isso aqui é uma reserva estadual e importante não só para o Espírito Santo, mas para o Brasil e para o mundo. Então não podemos ficar nessa vulnerabilidade. Alguma coisa tem de ser feita", afirmou.
Segundo a Polícia Civil, a quadrilha teria cerca de dez envolvidos. Seis deles entraram no mosteiro e os outros ficaram do lado de fora, dando cobertura. Todos que invadiram o imóvel estavam encapuzados e cada um deles tinha duas armas nas mãos.
Participação de policiais e ex-funcionários
Durante o assalto, um detalhe que chamou a atenção da polícia foi que os bandidos usaram termos militares, como citar patentes. A polícia não descarta a possibilidade de policiais, ou ex-policiais, estarem envolvidos no assalto. Além disso, devido ao conhecimento dos bandidos sobre a movimentação no mosteiro, também não está descartada a participação de ex-funcionários do local.
Até o momento ninguém foi preso. Uma equipe da Polícia Civil está nas ruas de Ibiraçu para tentar localizar pelo menos a pick-up levada durante o assalto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário