TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Bom dia: Mãe! Por que chove? O que é o tempo? Por que a gente morre?

Adriana Calcanhoto, Oito anos, Gabriel

Welcome to Britain!

Do Leonardo Ferrari
“Bem-vindo à Grã-Bretanha – Ministro de Israel enfrenta ameaça de prisão por crimes de guerra durante visita ao Reino Unido”
Fonte: Ian Black e Ian Cobain in The Guardian, 30/9/2009. A fotografia, simbólica, que ilustra a reportagem, é da Reuters.

Sensacional! A Grã-Bretanha mais uma vez dá o exemplo. Durante a visita do ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, ao Reino Unido, um grupo de advogados que representam 16 palestinos, pediu ao tribunal de Londres a emissão de um mandato de prisão imediato contra Barak, devido à sua participação na Guerra de Gaza, em dezembro do ano passado, baseando a petição no Criminal Justice Act de 1988, que confere aos tribunais da Inglaterra e Gales jurisdição universal contra crimes de guerra.
Furioso, o governo de Israel respondeu que seu ministro detém “imunidade diplomática”. Segundo a reportagem do The Guardian, o grupo de defesa dos direitos humanos de Israel, B’Tselem, calculou que 1.387 palestinos morreram durante os ataques de Israel, sendo que 773 deles não tomaram parte das hostilidades, ou seja, vítimas civis. Os advogados britânicos disseram acreditar que houve um precedente no mandato emitido em maio do ano passado para a prisão de Omar al-Bashir, presidente do Sudão, acusado de cometer crimes de guerra em Darfur. Quem diria que um dia Israel estaria no mesmo banco dos réus que uma reles ditadura sanguinária africana ou de um mega-genocida como Augusto Pinochet, também preso quando de visita médica à Inglaterra? É verdade que provavelmente o Sr. Barak vai voltar correndo para Israel.
É verdade que obviamente o atual governo de Israel vai acusar os advogados ingleses de anti-semitismo. Agora, é verdade que esse homem não pisa mais na Grã-Bretanha. E, se for só por isso, valeu! Se for só por essa notícia do The Guardian, valeu! Que manchete magnífica! Um dia, existiu um grupo de advogados colocando um poderoso ministro para correr de volta para seu país. Um dia, existiu um jornal com a coragem de estampar isso no alto de suas páginas. E um dia, certamente, Israel conseguirá também levar para a cadeia seus criminosos de guerra. Um dia. Enquanto isso, nós nos entretemos com o amador do Roberto Micheletti em Honduras. Que bobagem. Quanto poderíamos aprender com os profissionais do atual desgoverno de Israel?

Ditadura na Má-ringa


Do Bartolomeu do Blog Proletário Libertário

O incidente do sarau na UEM e a violência da Polícia Militar
Os eventos ocorridos no sarau da última sexta-feira causaram muita polêmica e discussão. Vários boatos e versões mentirosas circulam de boca a boca e na internet, então escrevo este post com o intuito de esclarecer os fatos e a minha posição. Antes de relatar o ocorrido, quero falar um pouco sobre o sarau, pois (por minha culpa no incidente) muitas críticas caíram sobre este. O sarau é uma manifestação cultural dos estudantes. Tem sido tradição na UEM há alguns anos. Geralmente é realizado de noite, tocam algumas bandas e cada um leva sua própria bebida. Várias chapas que estiveram à frente do DCE realizaram saraus durante sua gestão. A atual gestão, porém, o Bonde do Amor, enquanto realizou outros tipos de eventos culturais dentro e fora da UEM, não realizou o tradicional sarau este ano.
No começo do ano, alunos de ciências sociais e filosofia, unidos recentemente pela conquista de um quiosque para seus respectivos centros acadêmicos autogestionários, organizaram o primeiro sarau deste ano. Este sarau inaugurou uma nova tradição de saraus menores e descentralizados, organizados por cursos individuais e por centros acadêmicos, na ausência dos tradicionais saraus organizados pelo DCE.
Após o exemplo dos alunos de ciências sociais e filosofia, vários outros cursos, como educação física e geografia, também passaram a organizar saraus. Eu não fui em todos os saraus, apenas todos os de ciências sociais e filosofia, e posso afirmar que em nenhum sarau ocorreu qualquer tipo de problema sério. Em alguns saraus foram exibidas poesias e mostrado um documentário, e as bandas que tocaram foram excelentes. Quem quis tomar levou sua bebida e, no final do sarau, todas as garrafas foram recolhidas e jogadas no lixo. Em nenhum desses saraus, dos quais eu fui em pelo menos 5, foi deixado lixo ou algo foi quebrado. Apesar disto, a prefeitura do campus da UEM não autorizou nenhum destes saraus. Os estudantes, mesmo sem apoio da UEM ou do DCE, mesmo sem banheiros abertos e com os portões trancados, continuaram a realizar os saraus como protesto em defesa das manifestações culturais dentro do campus da UEM.
No último sarau da filosofia (18-09) infelizmente eu cometí um erro grave e gerei o primeiro problema sério a ocorrer num sarau. O sarau começou tranqüilo como sempre, todos estavam se divertindo. Após o primeiro CEEB da gestão do Bonde, muitos alunos estavam mobilizados havia mais de uma semana em preparação ao segundo CEEB, que seria no dia seguinte. O sarau era para ser um momento de descontração e alívio das tensões geradas pelos CEEBs. Os portões da UEM estavam trancados no dia do sarau, mas mesmo assim vários alunos compareceram (estimo que pouco menos que 100 pessoas). Ao começar a chuver, o sarau foi transferido para a área da cantina do Restaurante Universitário, uma área coberta. Eu já estava tomando havia algumas horas quando comprei uma garrafa de vodca. No sarau as bebidas acabam sendo quase que coletivas, pois sempre compartilhamos, com espírito fraternal, nossas bebidas com amigos e conhecidos. Para não ficar sem bebida, uma vez que compartilhamos com os outros, eu comecei a tomar um pouco mais rápido. Eu acabei tomando demais e muito rápido e fiquei excessivamente alterado. Perdí monetariamente minha racionalidade. Após me envolver numa discussão, já muito alterado (não me lembro deste momento), cometí o erro grave de quebrar uma janela do R.U. com um soco. Não machuquei ninguém mas acabei me cortando ao cometer esta estupidez embriagada. Quero me desculpar, do fundo do meu coração e com toda a sinceridade do mundo, à todas as pessoas que foram afetadas por minha falta de sobriedade e, por conseqüência, de responsabilidade. Me arrependo profundamente do ato que cometí num momento de embriaguez. O álcool é uma droga potente e perigosa que deve ser consumida com cautela e sem exageros. Se estivesse sóbrio não teria cometido tal erro, e se eu pudesse eu mudaria o passado, mas isto está além do meu poder. Apenas me cabe agora aprender com meus erros e reparar o dano que eu provoquei. Vou pagar o custo do conserto do vidro e responderei a um processo judicial e a um processo interno na UEM. Eu fico triste em saber que meus erros individuais afetaram de forma negativa o movimento estudantil da UEM de forma coletiva. Vou fazer tudo o que está ao meu alcance para reparar o dano que provoquei, e quero reiterar mais uma vez meu arrependimento profundo e pedir desculpas a todos que foram afetados por meu atos. Não defendo o que eu fiz, e aceito críticas de peito aberto. Todos erram na vida, mas poucos aprendem com os erros. Eu espero fazer parte desta minoria que aprende as lições que a vida nos ensina.
Após o fato ocorrido, os vigilantes da UEM me imobilizaram e chamaram a Polícia Militar. Acho que os vigilantes poderiam ter agido de forma mais compreensiva, mas não os critico, estavam apenas fazendo o seu trabalho. Ao sair da UEM e virar na Avenida Dr. Mário Clappier Urbinatti para retornar ao meu apartamento, fui abordado pela Polícia Militar. A PM já começou o abordamento com o uso de agressões físicas e verbais, o que foi desnecessário, pois em nenhum momento resistí, e ilegal. A constituição garante nossos direitos humanos. Alguns dos meus amigos, ao ver o andamento dos fatos, se aproximaram da PM para garantir que eu não sofresse qualquer tipo de abuso de poder por parte da polícia. Já havia sofrido o abuso de poder por parte da PM, como escreví aqui antes, e meus amigos, conscientes deste histórico, apenas quiseram observar a ação policial para garantir o cumprimento dos meus direitos. Infelizmente, os direitos dos meus amigos também foram negados. Os estudantes que tentaram filmar a ação da PM foram agredidos, alguns tiveram suas câmeras confiscadas para atrapalhar a transparência do procedimento. Um aluno de filosofia que estava apenas fingindo que estava filmando foi perseguido dentro da UEM por 3 policiais militares e 2 vigilantes da UEM. Ao conseguir fugir para a Vila Esperança, os policiais efetuaram dois disparos dentro do campus da universidade. Este aluno não cometeu nenhum crime mas mesmo assim foi perseguido e amedrontado pela Polícia Militar. Um outro aluno de filosofia, o Pedro, teve uma pistola colocada dentro de sua boca. A Patrícia, também aluna de filosofia na UEM, foi agredida por um soldado do sexo masculino e, mesmo tendo passado mais de uma semana do incidente, ainda tem hematomas da violência policial. Enquanto a sociedade reprova a violência de homem para mulher, este soldado a pegou pelos cabelos e a xingou com os termos mais ofensivos possíveis. O Vinicius, acadêmico de ciências sociais, recebeu várias cacetadas na coxa, e ainda carrega os hematomas. Até um aluno de psicologia, o Ariel, que não foi acusado de cometer algum crime, recebeu um choque elétrico no peito.
Ao todo 7 alunos da UEM foram presos, eu por dano ao patrimônio público, e os outros 6 por desacato à autoridade e resistência à prisão. Dos 7 que foram presos apenas eu cometí um crime
. Se alguém em algum momento desacatou a autoridade foi depois de sofrer a agressão física por parte da PM. Pelo menos 8 alunos foram agredidos pela Polícia Militar. Vários estudantes que foram assistir de forma pacífica a ação policial foram recebidos com spray de pimenta. Eu e o Pedro, os primeiros à serem presos, ficamos mais de uma hora trancados no baú de uma viatura, espremidos e ainda sob o efeito do spray de pimenta, sem nenhuma forma de ventilação. Sentimos a verdadeira sensação de pânico e terror com esta forma de tortura e abuso dos direitos humanos. Enquanto estavamos sendo sufocados atrás da viatura, nossos companheiros continuavam a ser agredidos pela PM. Escreverei posteriormente outro post com mais detalhes sobre os abusos cometidos pela PM.
Ao chegar na delegacia da Polícia Civil, fomos agredidos novamente pela Polícia Militar. Enquanto estava algemado e sentado no chão da delegacia, um soldado da PM chutou meu peito e disse "você ainda não apanhou o suficiente." Não é novidade que muitos soldados do 4o Batalhão da PM do Paraná tratam os estudantes com violência, como se fossemos todos bandidos. Acredito sinceramente que a grande maioria dos soldados da PM são honestos, pois estes são trabalhadores e trabalham muito para manter suas famílias, mas infelizmente uma minoria de policiais corruptos ferem nossa constituição ao nos negar os direitos humanos. Os outros 6 acadêmicos da UEM que foram presos comigo foram liberados depois de algumas horas na delegacia. Eu fiquei detido aproximadamente umas 12 horas, e só fui liberado após pagar uma fiança de 500 reais, mesmo sendo réu primário. Metade do tempo que passei detido fiquei em uma cela sem água nem banheiro. Apesar do fato que pedí para tomar água várias vezes, pois estava desidratado devido ao consumo de álcool, este direito me foi negado. A segunda metade do tempo em que fiquei detido passei com os prisioneiros comuns. Apesar se ficar inicialmente assustado de ficar detido com criminosos comuns, estes me trataram bem, muito melhor que o tratamento que recebí por parte da PM. Os prisioneiros me deram comida, roupa, um par de havaianas e cigarros. Fiquei comovido com a solidariedade dos presos, mesmo acreditando que os crimes devem sim ser punidos.
As repercussão dos eventos ocorridos foi grande. Desproporcional até, creio eu, devido ao fato que o vidro quebrado recebeu muita mais atenção do que a violência cometida pela PM. Reconheço que estava errado, porém isto não justifica o crime cometido pela Polícia Militar. Na semana passada os acadêmicos da UEM que foram presos, mais um que foi agredido, registramos um Boletim de Ocorrência contra a PM. Realizamos o corpo de delito no IML que fará parte de um futuro processo contra a Polícia Militar. Assim como eu serei julgado e responderei pelo meu crime, espero que os soldados envolvidos na ação também sejam julgados e respondam por seus crimes. A justiça deve ser imparcial. Infelizmente vivemos no país da impunidade, mas chegou a hora de nos levantarmos como cidadãos e impôr o cumprimento de nossa constituição. As pessoas devem ser punidas pelos seus crimes, e isto inclui os soldados da PM, que não estão acima da lei. Enquanto que a ditadura militar acabou há mais de 2 décadas, o seu legado de desrespeito aos direitos humanos continua nos assombrando através do aparelho repressor do Estado. Nosso caso é apenas mais um de uma longa lista de casos em que a PM desrespeitou os direitos humanos de cidadãos. Maringá vem sofrendo uma longa campanha de repressão aos estudantes, não só os da UEM, mas também os estudantes das universidades particulares da cidade. Espero que Maringá, uma excelente cidade, um dia passe de cidade modelo de repressão à cidade modelo de direitos humanos. Os estudantes estão se despertando para a realidade que nos assola. A repressão policial afeta à todos, independente de chapa ou partido. Chegou a hora de acabar com o sectarismo, que tem sido tão característico dos estudantes e do movimento estudantil como um todo, e unir-nos em defesa de nossos direitos.
- Bartolomeu Parreira Nascimento. Acadêmico de Ciências Sociais na Universidade Estadual de Maringá.
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COMENTÁRIO: A INVEJA (cuja origem aqui situo como social) MATA. Os meninos tiveram sorte de não serem mortos. Repudio também os atos dos guardas da UEM. Fizeram seu trabalho: entregaram os meninos para a pauleira.

Nós, os professores!


Pois é! Estou trabalhando com tutores do ensino a distância. Isso acontece também no presencial. O que? Ministro a disciplina "Trabalho Monográfico ou TCC, Trabalho de Conclusão de Curso". Todos querem um tema para re-escrever. Estou cá com meus botões.
Pede uma tutora um pitaco sobre o tema segurança na escola. Seu aluno é sargento e pensa em tecer sua monografia sobre SEGURANÇA.
Resposta:
Segurança na escola.
A segurança policial deve ser externa à escola. Na escola temos nossas regras que deveriam dar conta da educação das crianças. Por que a polícia deve entrar na escola e punir ou vigiar as crianças mais pobres. Por que o sistema policial persiste no erro de enfrentar as vítimas? Efetivamente é tema delicado.
SUGESTÃO ao seu aluno: estudar a organização das escolas no Brasil. sabemos que as salas deveriam ter no máximo 30 crianças e colocamos 45. Até início do século as escolas brasileiros tinham turno único; ficavam o dia inteiro na escola. Com o crescimento do número de alunos, os políticos (governadores, presidentes, vereadores etc) fizeram a escola de quatro turnos. Encheram a escola de crianças como se fosse um depósito de seres humanos. Então, a escola, é claro, passou a ter problemas. AINDA outra dimensão: os métodos de aula são os mais arcaicos, rudimentares. As acrianças e adolescentes encontram coisa melhor para fazer do que ficar em um local tão defasado, tão arcaico.
SUGIRO para leitura:
Vigiar e punir do Michel Foucault; Lauro de Oliveira Lima a escola brasileira, Mauricio Tratenberg.

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Outra tutora solicita:
A Psicomotricidade usada como Recurso ao Deficit de Atençao e Hiperatividade.
Resposta:
É um tema difícil. Por que? Onde temos alunos com deficit de atenção? Todos têm? Se todos ou muitos alunos têm deficit de atenção ENTÃO, o problema não é deles. É da escola. Dos métodos de aula.Todos alunos são hiperativos? Se todos são, o problema é investigar a escola e não os alunos.
Penso que estes temas são mais apropriados para a psicopedagogia e com muito estudo e dedicação.
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Outra solicitação:
Como Trabalhar com Portadores da Sindrome de Asperger em Sala de Aula.
Resposta:
NOSSAAAA! Quem quer fazer trabalho sobre isso? Será que , AGORA, todos qurem dizer que seus alunos são autistas? Não concordo com temas deste porte e tema. Penso que isso parece ser a cabeça medicalizada dos professores em encontrar doenças nas crianças.
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Outra:
A importância da leitura de fábulas para as séries iniciais do Ensino Fundamental
Resposta:
Está bem delimitado. Como a aluna faria esta pesquisa? Ela tem duas opções (pode ter mais, mas vejo agora duas). Ou faz um levantamento muiito bom dos estudos sobre isso. Ou faz uma pesquisa teórica e empírica (ou seja executando o projeto com as crianças) ATENÇÃO: que as fábulas não sejam para passar lição de moral nas crianças, hein!
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Outra:
Indisciplina
Resposta:
Indisciplina é o prato preferido de muitos trabalhos de TCC ou artigos pelo professores. Por que? Porque os professores estão mais preocupados na disciplina das crianças do que em outras dimensões que são da aprendizagem.
Sempre fico apreensiva quando os docentes indicam este texto. Parece medicina curativa. Querem "sanar" este problema na sala de aula. Mas, pergunto:
- Por que os alunos são indisciplinados?
- As metodologias de ensino que nós, professores, usamos motivam nossos alunos à aprendizagem?

O que um psicanalista diria:
Um tema escolhido tem a ver com as dificuldades do professor. O professor é disciplinado? Quero dizer: Nós, professores, estudamos para dar aulas aos nossos alunos? Preparamos as nossas aulas? Levamos coisas fora do livro didático? somos carinhosos com nossos alunos? lemos para nos instruir? Ou chegamos à escola sem um mínimo de espírito crítico?
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Estou gostando da conversa!

Free Polanski?


Do Blog da Mary

Eu assisti, involuntariamente*, dois filmes de Roman Polanski. O Bebê de Rosemary, que eu adorei. E Chinatown, que eu nem lembro direito do que se trata. Na faculdade tinha uma lanchonete que passava filmes. Eu ia lá toda noite. Tomar cerveja e comer lanche. Vi, assim, umas cenas de Lua de Fel. Nem reparei. Faço questão de não ver. Porque ele estuprou uma menina em 1977. Não me importa manifesto de Pedro Almodovar. Não me importa adesivo de Free Polanski. Lendo as notícias da prisão, aparece a informação de que ela já o perdoou. Cago e ando. Pouco importa mesmo como ela lidou com tudo isso. Espero, por solidariedade, que tenha ficado tudo bem pra ela. E que ela tenha exorcizado. Mas essas subjetividades realmente não vem ao caso. Além do que. Eu duvido que ela não tenha comemorado a prisão dele. Eu comemoro. Eu acho que já falei aqui sobre isso. Quando do frisson pelo tal do Pianista. Me incomoda demais a circulação de Roman Polanski pelo mundo. E não é por qualquer mundo que ele circula. O mundo mais poderoso no que diz respeito a imaginário etc. Todas as vezes que me recomendam O Pianista (e não foram poucas), faço questão de responder. Que não me interessa porque blábláblá. Mesmo assim ele é "perdoado". Por conta de supostamente ser um gênio. Pra mim, tem coisa que não dá. Estupro é uma coisa que não dá.
Deve ter algum tonto que fala ah, mas eu gosto tanto dele e o mundo sem tal filme seria um lugar pior. E eu digo que não seria. O mundo dá conta de viver sem qualquer filme. A gente não precisa aceitar o inaceitável sob condição nenhuma. Só precisamos acordar o que seria inaceitável. E acho que estupro é um bom começo para esse acordo aí.

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*Eu não me interessava ainda por diretores e não sabia quem ele era e o que tinha feito.
Claro, atendendo a pedidos :)

Congresso de Filosofia


Do Blog de Roberto Romano

Em Pelotas, o Congresso de Filosofia Moral e Política
I Congresso de Filosofia Moral e Política
Internacional – PPG Filosofia – ISP – UFPel
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Programação
09/11/09- Segunda:
16:00-18:00 – Retirada de Material
19:00 – Abertura oficial: Prof. Cesar Borges (Reitor UFPel)
19:30 – Conferência de Abertura: Pierre-Marie Morel (Ecole Normale Supérieure de Lettres et de Sciences Humaines – Lyon) – A Prudência em Aristóteles e no Epicurismo
Moderador: João Hobuss (UFPel)
10/11/09- Terça:
09:00-11:30 – Mini-Curso
11:40-13:20 – Comunicações
14:30-16:00 – Mesa Temática: Filosofia Política e Relações Internacionais
Yara Frateschi (Unicamp), João Carlos Brum Torres (UFRGS), Douglas Ferreira (PUC-Campinas)
Coordenador: Cláudio Leivas (UFPel)
16:15-16:30 – Café
16:30-19:00 – Mesa Temática: Teorias da Justiça e Direitos Humanos
Nythamar de Oliveira (PUCRS), Delamar V. Dutra (UFSC), Luiz Bernardo Araújo (UERJ)
Coordenador: Carlos Ferraz (UFPel)
19:30 – Conferência: Pablo da Silveira (Universidad Católica del Uruguay) – O Governo da Educação como Tema da Filosofia Política Contemporânea
20:30 – Conferência: Roberto Romano (Unicamp) – Trapaças, Vícios e Virtudes: uma leitura da razão de Estado
Moderador: Carlos Ferraz (UFPel)
11/11/09- Quarta:
09:00-11:30 – Mini-Curso
11:40-13:20 – Comunicações
14:30-15:45 – Mesa Temática: Democracia e Globalização
Nelson Boeira (UFRGS), Álvaro de Vita (USP), Yves Zarka (Université Paris Descartes/Sorbonne)
Coordenador: Álvaro Barreto (UFPel)
16:00-16:15 – Café
16:15-19:00 – Mesa Temática: Fundamentos da Ética
Marco Zingano (USP), Noeli Rossato (UFSM), Roberto Pich (PUCRS), Juliette Lemaire – Centre Léon Robin (Paris IV)
Coordenador: Manoel Vasconcellos (UFPel)
19:30 – Conferência: Pierre Guenancia (Université de Bourgogne) – Identidade e Nação
20:30 – Conferência: Jorge Dotti (Universidad de Buenos Aires) – A Axiologia como Neutralização do Político
Moderador: Cláudio Leivas (UFPel)
12/11/09 – Quinta:
09:00-11:30 – Mini-Curso
14:00-16:00 – Comunicações
16:15-16:30 – Café
16:30 – 19:00: Mesa Temática: Temas de Metaética
Nelson Gomes (UnB), Darlei Dall’Agnol (UFSC), Adriano Naves de Brito (UNISINOS)
Coordenador: Denis Silveira (UFPel)
19:30 – Conferência: Miguel Andreoli (Universidad de la República del Uruguay) – Observações sobre Razões Morais e Direitos Sociais
20:30 – Conferência: Gustavo Pereira (Universidad de la Republica del Uruguay) – Eticidade Democrática
Moderador: Robinson dos Santos (UFPel)
COMUNICAÇÕES:
Apresentação de comunicações terça, quarta e quinta. Os trabalhos completos serão publicados em CD.
Dia/Horário: Terça e Quarta (10, 11) 11:40-13:20
Quinta (12): 14:00-16:00
MINI-CURSO:
Terça, Quarta e Quinta – Horário: 9:00- 11:30.
Alfredo Storck (UFRGS)
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Eles entram na sua casa, roubam seu computador, amanhã é você....


Generacion Y do Blog de Roberto Romano
Computadora sin papeles

Tocaron a la puerta con una orden de registro que la madre de Aldo apenas pudo ver. Fueron directo al cuarto para ocupar la computadora donde se almacenan las letras de esas canciones que circulan por todo el país. No hubo manera de hacerle ver al policía que aquel hombre de cabello largo y tatuajes por todo el cuerpo no era un delincuente. A los uniformados, se les da mal el hip hop y un peludo pintoreteado es lo que más se les parece a un malhechor. No tuvieron en cuenta que a éste, sólo una semana antes, Juanes lo había evocado en la Plaza de la Revolución cuando mencionó al grupo Los Aldeanos. La noticia de la detención se regó y hasta el propio cantautor Silvio Rodríguez intercedió para que le devolvieran el ordenador y lo dejaran ir a casa.
Aldo y Bian ya han sido apartados de casi todo, menos de ese don para la música que la censura no ha logrado quitarles. Unos amigos distribuyeron hojas impresas para denunciar la exclusión contra el popular dúo y propusieron que “asumir a estos hombres como órganos vitales de la nación, es cuestión de honor”. Pero la nuestra es una sociedad ingresada en terapia intensiva, con partes trasplantadas y una máquina de diálisis conectada a esa zona donde debería funcionar una ciudadanía. Vivimos en una Isla donde se extirpa y se amputa porque unos pocos diagnostican que un miembro tiene gangrena, cuando en realidad es –simplemente– diferente.
Al llevarse al músico con su computadora –que carece de papeles de propiedad, como la gran mayoría que hay en Cuba– quizás estaban aplicándole una inyección de susto, la conocida medicación para aumentar el miedo. Pero ya no les funciona como antes. Ahora, la aprensión se trasmuta en canciones, en blogs, en discos que circulan de mano en mano, mientras que las confiscaciones y las detenciones sólo logran que lleguen más lejos.

E, aí, senATORES?


... e, aí Sarney? Renão?

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Bom dia: Teu Sonho Não Acabou

Taiguara, Teu Sonho Não Acabou


LINGUA MARAVILHA do BLOG Psicorama

Para os enamorados

O beijo é bilíngue
Meu corpo
Todo
Onomatopéia

O horror, o horror....


Cartas de Buenos Aires, por Gisele Teixeira* do Blog do Noblat

Incontinência verbal
A confissão aconteceu em 2007 durante um jantar, num restaurante de uma ilha paradisíaca de Bali, na Indonésia. Difícil imaginar uma conversa tão horrível em um lugar tão lindo, mas foi assim.
O piloto argentino Julio Alberto Poch
, que então trabalhava para a companhia aérea holandesa Transavia (que pertence à Air France-KLM), entre um drinque e outro, contou a seus companheiros que durante a ditadura militar (1976 a 1983) havia pilotado os chamados vôos da morte. E deu detalhes.
Os prisioneiros eram levados em furgões a um aeroclube, normalmente à noite. Ao chegarem, recebiam uma injeção de Pentotal (um sonífero), eram embarcados em aviões e, após dormirem, jogados ao mar sem roupas, para que não houvesse nenhuma possibilidade de identificação.
Às vezes, tinham as barrigas abertas para que as vísceras se espalhassem no mar e, assim, os corpos afundassem mais rápido. Ou, em outras palavras, não boiassem.
Os holandeses, claro, ficaram horrorizados e o denunciaram à justiça do país. Começou aí uma investigação – em total sigilo - que foi finalizada na terça-feira passada com a prisão de Poch, numa escala da viagem Amsterdam-Valência.
Era seu último vôo antes da aposentadoria. Foi preso pela polícia espanhola quando, coincidentemente, estava acompanhado da mulher e de um dos filhos. Tem apenas 57 anos. Os passageiros do avião não ficaram sabendo de nada.
Aqui, longe de tudo, me delicio com os detalhes da operação, me delicio com as sutilezas do destino. Esfrego as mãos, satisfeita. Essa prisão, é claro, deve ter sido noticiada no Brasil, mas como a semana passada o noticiário foi muito dominado por Honduras, achei melhor relembrar.
Pelo menos relembrar seu contexto. Poch é o segundo piloto detido por atirar pessoas vivas ao mar durante a ditadura. O primeiro foi Adolfo Scilingo, em 1995, o primeiro repressor a confessar participação em vôos deste tipo. Segundo ele, os vôos saíam uma vez por semana, com cerca de 15 a 30 pessoas. Dessa forma, confirma, devem ter sido “eliminadas” uma 4.400 pessoas.
Dizem que há centenas de envolvidos, talvez milhares. Membros das Forças Armadas e também civis – desde os motoristas dos furgões até os enfermeiros que ministravam as injeções e inclusive apenas simples testemunhas, que acompanhavam as operações.
Os mais jovens possuem pouco mais de 50 anos e os mais velhos estão com cerca de 90. Alguns enlouqueceram. Não puderam viver com o segredo de terem jogado ao mar pessoas vivas, drogadas, indefesas, desnudas, desde aviões em pleno vôo em direção ao vazio.
Os depoimentos são assustadores.
Rubén Ricardo Ormello, que em 1976 era cabo e tinha 21 anos, foi mecânico e prestou serviços para a área militar. Relatou a seguinte história. “Uma vez trouxeram uma gorda que pesava como 100 quilos, e a droga não havia feito efeito suficiente. Quando íamos jogá-la ao mar se acordou e se agarrou ao avião. A filha da puta não se soltava. Tivemos que carregá-la a patadas até que foi à merda”, recorda, sem arrependimentos.

Conto essa história porque na semana passada falei da belle époque portenha. Mas a cidade tem também outra faceta. E para entender Buenos Aires é preciso conhecer as duas.
É preciso visitar seus palácios, mas também a ESMA, a Escuela Superior de Mecánica de la Armada, principal centro de extermínio de prisioneiros durante a ditadura, que desde 2004 abriga um espaço dedicado à memória e a promoção da defesa dos direitos humanos. Dois lados de uma história, que talvez não sejam tão independentes como possa parecer à primeira vista.

*Gisele Teixeira é jornalista. Trabalhou em Porto Alegre, Recife e Brasília. Recentemente, mudou-se de mala, cuia e coração para Buenos Aires, de onde mantém o blog Aquí me quedo (giseleteixeira.wordpress.com), com impressões e descobrimentos sobre a capital portenha.

SenATORES: a gente somos inútil?

A gente somos inútil, Ultraje a rigor

Já nós, cá embaixo....

Do ACIR VIDAL

POLEIRO SUJO
Promotoria aponta desvio de R$ 2,7 mi em gestão Azeredo Ex-governador do PSDB diz desconhecer ação apresentada pelo Ministério Público
Senador tucano teria se beneficiado de verbas para financiar sua campanha à reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998
O senador e ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), foi acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais de ter se beneficiado, durante a gestão dele (1995-98), de um esquema de fraudes em licitação que teria abastecido o chamado valerioduto tucano e causado prejuízo de R$ 2,7 milhões aos cofres do Estado.Tido como o embrião do mensalão do PT, o valerioduto tucano, segundo a Polícia Federal, foi um esquema operado pelo publicitário Marcos Valério para ocultar a origem e o destino de R$ 28,5 milhões em recursos públicos desviados e verbas privadas não declaradas, que financiaram a campanha derrotada de Azeredo em 1998.Em 2005, após a revelação do esquema petista, o valerioduto tucano foi investigado pela PF e pelo Ministério Público Federal. Gerou uma ação penal no Supremo Tribunal Federal contra Azeredo e outra na Justiça Estadual, contra outros 14 réus (leia texto nesta página).Agora, em ação ajuizada em agosto, e aceita pela Justiça mineira, a Promotoria diz ter identificado um novo braço de financiamento irregular daquela campanha, com "pagamentos irregulares" do governo Azeredo, que resultaram em "vultuosas contribuições" à campanha eleitoral. O tucano afirma desconhecer a ação.Para o Ministério Público, o suposto esquema envolveu sete empresas vencedoras de 25 licitações na gestão Azeredo para fornecimento de terceirizados ao Estado. Era operado por Cláudio Mourão -secretário da Administração na gestão Azeredo e tesoureiro da campanha de 1998- e pelo empresário José Vicente Fonseca.Perícias contábeis identificaram favorecimento ilegal e superfaturamento em oito contratos da gestão Azeredo, em benefício de sete empresas de propriedade de Mourão e Fonseca. Segundo a Promotoria, eles usaram "laranjas" e "correligionários do PSDB" como representantes nas sociedades.
Mourão, filiado ao PSDB, era sócio de uma das empresas envolvidas no suposto esquema, a Attempo. Isso até ser nomeado, em janeiro de 1995, secretário da Administração de Azeredo, onde continuou até assumir a coordenação financeira da campanha de 1998.A campanha de Azeredo, cuja arrecadação de recursos coube a Mourão, recebeu R$ 658,2 mil em doações de empresas envolvidas nas supostas irregularidades e de pessoas físicas que integravam o quadro societário das firmas. Desse total, R$ 423 mil vieram da Sertec, uma das empresas de Fonseca. Foi a segunda maior doação individual.Nesta ação, o Ministério Público quer que Azeredo, Mourão e Fonseca devolvam, juntos, R$ 2,72 milhões ao Estado. Para isso, solicitou o bloqueio dos bens e a quebra do sigilo bancário dos três.
(*) BRENO COSTADA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE (ASSINANTES)

O mala....


De volta...


Fim de semana. Início também. Trabalho e trabalho. Cansaço e cansaço. Já fui e voltei. Encontros sempre bons para conhecer pesquisadores e pessoas bacanas. Para saber que neste mundão que é Braziu,´existem pessoas dignas. Blá.

sábado, 26 de setembro de 2009

Poderosas


Pac, pac no dim dim público...

Do Blog do ACIR VIDAL


O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou ontem a retenção de R$ 5,2 milhões de uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - do governo federal - para construir 1.290 casas populares em Brasília, numa parceria com o governo do Distrito Federal. A obra foi inaugurada no dia 15 de junho pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o governador José Roberto Arruda (DEM). Na ocasião, eles entregaram 32 moradias na Vila Estrutural, bairro pobre de Brasília.
Três meses depois, o TCU identificou sobrepreço de R$ 5,2 milhões, irregularidades na licitação e falhas na execução da obra, avaliada em R$ 72 milhões. O caso foi considerado "grave" pelo ministro Aroldo Cedraz, relator do processo. Segundo ele, houve "inexecução de serviços pactuados ou execução em quantidades inferiores às contratadas". Os valores deverão ser retidos nos pagamentos feitos à empresa Ericstel Construções Ltda, vencedora da concorrência para construir as moradias, de 41 metros quadrados.
Além de analisar o contrato de todo o projeto, os técnicos visitaram as 32 casas, inauguradas por Dilma e Arruda, e constataram falta de itens previstos e pagos, como soleiras de mármore ou granito, chapiscos e vidros. Segundo a auditoria, não há indicação sobre critérios adotados para preços unitários das 1.290 casas - e por isso teriam ficado "excessivos".
Os técnicos concluíram que há "fiscalização deficiente" por parte do governo do DF. Em defesa preliminar, a gestão de Arruda alegou que os valores pagos indevidamente seriam descontados no fim do contrato, mas não apresentou garantia disso. "Os elementos apresentados são insuficientes para descaracterizar as irregularidades", diz Cedraz. "Persiste o risco de dano ao erário."
Procurado pelo Estado, o secretário de Obras do DF, Márcio Machado, negou irregularidade. "Estranhei esse levantamento. Não tivemos tempo suficiente para contestar. Não há sobrepreço."
A auditoria diz que a licitação restringiu a competitividade entre empresas, com exigências documentais dirigidas, o que teria favorecido a vencedora Ericstel.
Na parceria com o governo de Arruda, o Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal representam o Palácio do Planalto. O ministério informou que só repassa os valores. A Caixa disse que prestou esclarecimentos ao TCU. Procurado, o diretor César Pacheco, da Erisctel, não deu resposta.
(*) Leandro Colon, para o Estadão.

A PROPÓSITO
ENQUANTO ISSO, LÁ NO MARANHÃO...




Trenzinho caipira

Trenzinho caipira, Heitor Villalobos

Lá foi o trem de Porto Ferreira para Descalvado. 1960. Onde estão meus avós Benedita e seu Joaquim? Onde estás, tio Mindo? No trem da vida, no trem do coração.

Ai, que tesão comer o dinheiro do povão!

Fotos: José Cruz/Abr Vereadores erguem os braços comemorando a aprovação das novas vagas, mais quem está sendo assaltado somos nós
Foto: José Cruz/Abr O Presidente do Senado José Sarney e da Câmara Michel Temer, numa sessão conjunta das duas casas, festivamente comemoram a assinatura da PEC dos Vereadores
Do Blog do TOINHO da PASSIRA

Mais 8 mil vereadores vão salvar o Brasil?

O Congresso aprova emenda constitucional que amplia em quase 8 000 o número de vagas para novos vereadores. Adivinha quem vai pagar a conta?
Diego Escosteguy Fonte: Veja
No Brasil, toda cidade tem pelo menos uma praça, uma igreja, um bar – e uma câmara de vereadores. Nenhum político é tão presente na vida do brasileiro quanto o vereador: existem hoje quase 52 000 representantes nas câmaras municipais. O vereador é tão tradicional na política brasileira que remonta ao longínquo ano de 1532, quando o primeiro deles foi eleito na vila de São Vicente. Cabe a ele encaminhar demandas da população ao governo local, cobrar resultados dos prefeitos e fazer leis municipais. No papel, uma boa ideia. Ficou na intenção. O projeto degenerou numa pálida e triste sombra do que poderia ser. Com o nascimento da República, em 1889, e a consequente concentração de poderes nas mãos de presidentes e governadores, os vereadores entraram num longo crepúsculo de irrelevância. Os gastos com as câmaras municipais passaram a crescer na mesma proporção dos escândalos que delas surgiam. Aos poucos, o posto de vereador perdeu sua nobre função democrática, transfigurando-se num mero carguinho, um meio de atender aos interesses políticos e, não raro, financeiros de seus ocupantes. A Constituição de 1988 consagrou esse duvidoso modelo, que hoje nos custa 6 bilhões de reais por ano – e, na semana passada, os congressistas conseguiram piorá-lo.
Sem resistências de nenhum partido, os parlamentares aprovaram uma emenda à Constituição que aumenta o número de vereadores em cerca de 8.000. Os deputados e senadores ainda deixaram uma sorrateira brecha na emenda, pela qual os atuais suplentes podem ocupar imediatamente essas vagas. Esse é o motivo para a efusiva comemoração estampada na foto acima. A reação ao casuísmo, no entanto, não tardou. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Carlos Ayres Britto, referindo-se à possibilidade de posse desse pequeno exército, lembrou que a corte já havia estabelecido o dia 30 de junho deste ano como data-limite para qualquer alteração no cálculo do número de vereadores. Em outras palavras, Ayres Britto deixou claro que o tribunal não permitirá a farra: "A emenda atual chegou tarde para entrar em vigor na corrente legislatura". As novas regras, portanto, só valem a partir das eleições de 2012 – se as cortes superiores não as derrubarem até lá, o que é provável. A decisão dos parlamentares configura um retrocesso de cinco anos. Antes das eleições de 2004, o TSE havia cortado mais de 8 000 vagas, por entender que os municípios estavam extrapolando o limite constitucional de número de vereadores. Desde então, os congressistas tentavam aprovar a emenda que multiplicaria novamente os assentos municipais. Não há razões republicanas que justifiquem as novas vagas. Eis o que escreveu na sua proposta o deputado Arnaldo Faria de Sá, do PTB de São Paulo, relator da emenda: "As câmaras de vereadores é (sic) a escola dos políticos estaduais e nacionais. O vereador procura... trazer melhorias àqueles que o rodeiam, bem como ainda (sic), a melhoria num todo". (Registre-se que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou esse texto.) Não é preciso ter ido à escola para perceber que não foram os argumentos bem construídos do deputado Arnaldo Faria de Sá que conquistaram os parlamentares. Tanto empenho para aprovar a emenda explica-se pela importância eleitoral dos vereadores, especialmente nas pequenas cidades do país. Nesses lugares, o apoio político dos vereadores é essencial para assegurar votos aos candidatos à Presidência, ao governo estadual, ao Senado, à Câmara, a prefeito...
Sob uma perspectiva puramente política, portanto, os deputados e senadores ganharam 8.000 cabos eleitorais – pagos com o nosso dinheiro. Diz o cientista político Octaciano Nogueira, da Universidade de Brasília: "Para que tantos vereadores? Não há dúvida de que se trata de um número exagerado. Eles deveriam ser meros síndicos das comunidades".
A figura desses síndicos existe na maioria das democracias ocidentais, como Estados Unidos, França e Inglaterra. É uma tradição que remonta aos edis da Roma antiga. Nesses países, contudo, considera-se o cargo um serviço público, voltado para o bem da comunidade – e que, como tal, prescinde de remuneração. Nesse quesito, o Brasil inovou, e hoje paga salários aos vereadores de todas as cidades. A figura do vereador, apesar de aperfeiçoada aqui, é uma herança portuguesa, que persiste nos países colonizados pela antiga potência ultramarina. Até a independência do Brasil, em 1822, os vereadores detinham a primazia da ação política no país. Para ser vereador, contudo, era preciso ter nacionalidade portuguesa – uma maneira que os colonizadores encontraram para controlar as atividades políticas do Brasil. Cabia a esses homens cuidar dos interesses da coroa no país. Hoje, tantos anos depois, a emenda aprovada pela Câmara demonstra que o patrão realmente mudou. Deveria ser o povo – mas são eles mesmos, os políticos.
*“Mais 8 000 vereadores nas câmaras” é o título original do texto na Revista Veja
**Acrescentamos fotos e legendas
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Agaciel, o retorno...

...o homem deixou de fininho sua mansão de 4 milhões e às 17h30 chegou ao senATO para trabalhar (sic).

A hipálage


UMA PALAVRA NO LUGAR DE OUTRA
José Augusto Carvalho*
Há uma construção sintática que, às vezes, parece o samba do crioulo doido. É a
hipálage.
Os dicionários definem a hipálage como um expediente retórico segundo o qual uma palavra ocupa numa frase o lugar que convém logicamente a outra que com ela mantém um vínculo semântico e gramatical. Por exemplo: ao falar, em Os Lus. X, 2, em “abundantes mesas de altos manjares”, Camões quer dizer, retoricamente, “abundantes manjares de altas mesas”. Quando fala em “apetite necrófago da mosca”, Augusto dos Anjos, no poema “Cismas do destino”, parte II, quer dizer que a mosca é que é necrófaga, e não o apetite. No Hino Nacional, há um verso que diz “ao som do mar e à luz do céu profundo”. Na verdade, não é o céu que é profundo, mas o mar. Afinal, a profundidade é a verticalidade para baixo (o mar) e não para cima (o céu). O autor desse verso, Osório Duque Estrada, realizou uma hipálage: o adjetivo que deveria determinar um substantivo acabou determinando outro.
A hipálage é um processo psíquico, como a sinestesia. A sinestesia é a correspondência entre sentidos ou sensações diferentes, como “música doce”, por exemplo, em que a sensação acústica – música – se associa a uma sensação gustativa – doce. É por sinestesia que falamos em “voz grossa” ou que atribuímos idéia de coisa “gorda” a uma palavra como “maluma”, ou damos cores (verbocromia) a determinados sons, como o negrume ao u (fúnebre, túmulo, catacumba, urubu), e a clareza ao a (claro, raro, preclaro...)

A hipálage, no entanto, é mais complexa que a correspondência sinestésica de sensações, e não raro diz respeito à sintaxe e não apenas à semântica. É por hipálage que dizemos que o sapato não entra no pé (na verdade, é o pé que não entra no sapato). Também por hipálage, a moça que engordou diz que determinado vestido não cabe mais nela (na verdade, é ela que não cabe mais no vestido).
Não é apenas o deslocamento de um nome ou de um verbo que produz a hipálage; a permuta de casos e de funções sintáticas também pode caracterizá-la. Assim, uma expressão aparentemente errada, como “dar a luz a uma criança” (por “dar à luz uma criança”) pode ser adequadamente justificada como uma hipálage popular. Tanto faz, portanto, dizer que o bebê foi dado à luz, quanto dizer que a luz foi dada ao bebê... A preferência que as gramáticas dão a uma das expressões (“dar à luz um bebê”) não justifica a condenação da outra (“dar a luz a um bebê”).
Não se confunda o uso de verbos causativos com a hipálage. Quando se diz que “cigarro emagrece”, o verbo “emagrecer” está no sentido causativo, registrado nos dicionários, isto é, “emagrece” significa não apenas “fica mais magro”, mas também “faz emagrecer”. Da mesma forma, em “massas engordam”, “engordam” significa “fazem engordar”.
Há exemplos “carnavalescos” de hipálage na sintaxe popular, observáveis até mesmo na fala de pessoas cultas. Quando diz que “meu carro furou o pneu”, o falante não quer dizer que seu carro tenha realmente furado o próprio pneu... Quando dizemos que “Pedro quebrou o braço ao cair”, não estamos querendo dizer que Pedro foi o autor da própria fratura... Quando se diz que “o tanque vazou o óleo todo”, não se quer dizer que foi o tanque o autor da façanha... Outros exemplos: Cafu fez três cirurgias (foi o médico quem as fez). O jogador operou o septo nasal (foi o médico dele que operou).
Embora já se tenha falado nessas construções sintáticas em trabalhos lingüísticos sobre topicalização (como o livro de Eunice Pontes, Sujeito: da sintaxe ao discurso. São Paulo: Ática/INL, 1986) não me consta que exista algum estudo específico de psicolingüística exclusivamente sobre a hipálage.
É pena.

*(José Augusto Carvalho é mestre em linguística pela Unicamp e doutor em letras pela USP.)
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ADOREI, PROFESSOR!

ALÔ, POVO DA DISCIPLINA RETÓRICA!!!!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Na Má-ringa uma vila abençoa e é abençoada!

Foto cap-tirada do Blog do RIGON (faixa no final da Rua Iguaçu da Vila Esperança, da Má-ringa, onde cresceu uma igreja fora dos padrões de qualquer segurança, mas que deve ter sido abençoada pelos deus administração. Se um dia o fogo vier, na carruagem do diabo, quem será o culpado?).

Deus, oh, Deus, agradeço-lhe por existir gente tão boa. DEUS, agradeço-lhe por nos ouvir. Estávamos pululando nos buracos das ruas dessa Vila tão sem esperança. Os velhos caem nas calçadas e ruas. Ficam presos nos buracos. Ou melhor, ficavam. As crianças caiam de suas bicicletas. Tropeçavam nas rachaduras. O carro da polícia não conseguia fazer a ronda. Eu mesma fazia rodeios para andar com meus sapatos novos. Minha bicicleta teve seu pneu arrebentado. Esses buracos acabavam com a nossa existência na Vila Esperança.
DEUS, você é tão bom! Nos deu (s) políticos tão sinceros, tão prontos a nos atender. Hoje estou menos apreensiva com o mundo. Com os políticos. Com a corrupção. Hoje estou menos infeliz. Mais brasileira. Mais maringaense. Afinal, DEUS, grata por iluminar a cabeça dos políticos. Grata por permirir que meu dinheiro, pago nos impostos todos, tenha socorrido as nossas ruas. Já é um bom começo. DEUS nos abençoe! Choro de emoção!

Pois é, pra quê?

MPB4, Pois é que pra quê

vídeo: Do Bar do Bulga (Marcelo Bulgarelli) Que bacana encontrá-lo, Bulgarelli!


Pois é Pra Que
MPB4

Composição: Sidney Müller
O automóvel corre ...A lembrança morre....O suor escorre....E molha a calçada....A verdade na rua...A verdade no povo....A mulher toda nua.....Mas nada de novo....A revolta latente...Que ninguém vê....E nem sabe se sente...Pois é, prá que?
O imposto, a conta...O bazar barato...O relógio aponta...O momento exato...Da morte incerta...A gravata enforca...O sapato aperta...O país exporta..E na minha porta...Ninguém quer ver..Uma sombra morta....Pois é, prá que?
Que rapaz é esse?...Que estranho canto...Seu rosto é santo..Seu canto é tudo...Saiu do nada...Da dor fingida..Desceu a estradaS..ubiu na vida...A menina aflita...Ele não quer ver....A guitarra excita .....Pois é, prá que?
A fome, a doença...O esporte, a gincana...............A praia compensa.........O trabalho o chopp, o cinema...O amor que atenua..Um tiro no peito..O sangue na rua..A fome, a doença..Não sei mais porque...Que noite, que lua..Meu bem, prá que?
O patrão sustenta..O café, o almoço............O jornal comenta Um rapaz tão moço....O calor aumenta..A família cresce.....O cientista inventa..Uma flor que arazão mais segura....Prá ninguém saber...De outra flor...Que tortura...
No fim do mundo...Tem um tesouro....Quem for primeiro...........Carrega o ouro...A vida passa no meu cigarro......Quem tem mais pressa....Que arranje um carro...Prá andar ligeiro...Sem ter porque....Sem ter prá onde Pois é, prá que? Pois é, prá que?Pois é!

Sarau na Universidade...da Má-ringa


Do Blog do RIGON na Má-ringa


Seis estudantes - cinco homens e uma mulher, com idade variando entre 20 e 26 anos - registraram queixa na 9ª SDP de Maringá contra a equipe da Polícia Militar que atendeu chamado dos vigilantes da UEM na madrugada do último sábado, quando acontecia no campus mais um famigerado "sarau". Eles são acusados de lesões corporais e violência verbal e moral contra os seis, dentro e fora da UEM. Munidos de gás de pimenta e cassetetes, os PMs, comandados pelo aspirante Azevedo, chegaram a fazer prisões. Os queixosos solicitaram requisição para exames no IML.

************************

COMENTÁRIO: Dois lados intolerantes. Um estudante bebe e resolve quebrar janelas do restaurante universitário. Por que? Não sabemos. Não tem sentido político, nem cultural.

AÍ VEM A POLÍCIA - que adora bater em estudantes - e arregaça, quase mata. A cada cacetada um policial pensa:


- seu fdp* de classe média. Eu trabalhando a noite e você bebendo.

- toma mais seu riquinho metido a b*.

- é agora veja quem manda aqui.


Não é apenas a marca da "suposta" segurança. É a marca de classe social, que pode ser interpretada também como as dimensões subjetivas. Eu bato em quem eu INVEJO.
Não apoio quem quebra janelas porque está com vontade, nem quem bate porque está com vontade. São vontades perversas.

Dores de amores

Luiz Melodia

Sigo enganado...


bananas...


Hoje... é primavera!


Da Maria Helena Santini

.....




A CLAVA FORTE VEM AÍ por Leonardo Ferrari

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, dorme em um divã na Embaixada brasileira em Tegucigalpa, enquanto a polícia cerca a casa e corta a água, luz e telefone – fotografia Reuters in El País, 23/9/2009.
*****
Houve George Washington cruzando o rio Delaware. Houve Che Guevara endurecendo sem perder a ternura. Houve Simão Bolívar, o Libertador, de pé em Cartagena das Índias. Houve o Marechal Deodoro saindo da cama de manhã para saudar a República batendo à sua porta. Houve Pancho Villa, a cavalo, em Columbus. Houve Salvador Allende no Chile. Mudei eu ou mudou a história? Agora há Manuel Zelaya dormindo. Em um divã, ainda por cima! Deitado, estirado, roncando, dormindo! Vossa Excelência, um divã não foi feito para dormir. Foi feito para despertar!! De qualquer modo, graças ao presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, a partir de hoje todos os reservistas serão convocados para a guerra contra a ditadura de Honduras. Pelo ar, mar e terra, o Brasil reagirá. O Minas Gerais já recebeu a ordem do presidente e se encontra neste momento...onde mesmo? Vamos pular essa parte, nas próximas 720 horas a Marinha deixará claro a posição da belonave. A única certeza é que o norte dessa missão é a Bahia, Ivete Sangalo, Olodum, a praia da ilha do desejo – ai, ai, ai -, digo, as Islas de La Bahía.
De minha parte, desembarco hoje em Cruz Alta com as obras completas de Érico para me apresentar na Artilharia Divisionária Brigadeiro Gurjão, da 3ª. Divisão do Exército – da divisão do sujeito à terceira é um passo! O plano de invasão começará em Manto, através do 1º. Batalhão de Infantaria de Selva – não se sabe o que há nesse mato - depois a Força de Ação Rápida Estratégica, nem tão rápida nem tão estratégica, por favor, seguirá para Santa Bárbara e só a partir daí Honduras conhecerá o braço forte para depois receber a mão amiga brasileira.
Tegucigalpa amanhecerá com o Batalhão dos Caçadores Paraquedistas unidos à Brigada de Operações Especiais – sem duplo sentido, a hora é grave. Tudo terminará em Esperanza – inclusive é a melhor pizza de São Paulo, que saudade! E nossa aeronáutica, essas asas que protegem? Aguarda-se nos próximos 360 dias a chegada dos caças Rafaele da França. Até lá Dilma estará eleita e o PAC será lançado de Choluteca à Nacaome e de Yuscarán até Comayagua e a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Receita Federal já estarão espalhados por todo o território hondurenho. O presidente Lula já comprou uma residência permanente em Yoro, para o dia seguinte à vitória. É por isso que eu luto – Lula lá!

Perguntar não ofende
por Tutty Vasques, Seção: Cilada


Quem vai pagar as contas de Manuel Zelaya na embaixada do Brasil em Tegucigalpa?!
Só de tintura para bigode o presidente deposto gasta uma fortuna.

Quadros, molduras...

dO acir vidal
Alguém comentou na Internet:
- O problema do PT hoje é que seus quadros são todos de natureza morta...

Governador André Puccinelli: quem desdenha quer!

Imagem: Arca de Noé, de Edward Hicks, 1846

Do Blog de Ricardo Noblat -
Governador: Minc é um 'viado fumador de maconha'
De Renata Camargo no site Congresso em Foco:
O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), disse que não pretendia ofender o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ao chamá-lo de “viado fumador de maconha”.
Na manhã de ontem (21), ao ser questionado por empresários do setor da indústria e comércio sobre a proibição do plantio de cana-de-açúcar na região da Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai, Puccinelli usou palavrões para criticar o ministro.
Além de chamar o ministro de ‘viado’, Puccinelli também afirmou que, se Minc participasse da Meia Maratona Internacional do Pantanal, marcada para dia 11 de outubro, ele “o alcançaria e o estupraria em praça pública”.
Segundo sua assessoria, as declarações foram feitas em “tom de brincadeira” sem “caráter de ofensa pessoal ao ministro”.
As críticas do governador recaíram, sobretudo, em relação ao Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar, divulgado na semana passada pelo governo federal. O zoneamento estabelece regras para o uso do solo no plantio da cana.
Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, o ministro do Meio Ambiente classificou Puccinelli como um “truculento que quer destruir o Pantanal”. "Essa declaração revela o seu caráter", complementa.

Eu também quero ir para Cingapura e Havaí!


Do Blog do Ricardo Noblat -
Senado paga capoeira em Cingapura e inglês no Havaí
De Maria Lima:
A lista de cursos pagos, parcial ou integralmente, e de licenças remuneradas concedidas pelo Senado a seus servidores para atividades em escolas e congressos no Brasil e no exterior revela distorções e casos considerados absurdos.
Servidores fizeram cursos como medicina do sono em São Paulo, judô no Japão, capoeira em Cingapura, contraterrorismo em Washington, cultura italiana em Florença, inglês no Havaí, problemas europeus em Portugal, ou tecnologia da informação no Vale do Silício, nos Estados Unidos.
O documento com os dados foi enviado ao líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).
Surpreso com o tamanho da lista, mesmo com dados restritos, Virgílio, autor do requerimento de informações, fez nova solicitação à Casa.
Quer detalhes sobre quanto se gastou de dinheiro público, por exemplo, com um funcionário que fez curso de inglês no Havaí por quase três meses, em 2005.
Desde 1991, servidores do Senado correram o mundo participando de 129 cursos ou congressos, sendo 94 com ônus limitado para a Casa (com salário e/ou curso pagos), 23 com licença-capacitação (direito a cada cinco anos trabalhados, com salário pago), quatro sem ônus (licença sem vencimentos), e oito com ônus total (diárias, curso, passagens, salário pagos).
Na lista, constam também cursos e experiências qualificadas. Leia mais em: Entre cursos pagos pelo Senado no exterior, há capoeira em Cingapura e inglês no Havaí

Eu também quero $7 mil reais!

Foto: fabio Pozzebom


Em grampo da PF, Fernando Sarney acalma filho em relação a cerco ao nepotismo
Empresário fala que decide nomeações no gabinete de Epitácio Cafeteira (PTB-MA); filho é demitido, mas a mãe é contratada um mês depois


De André Michael, Andreza Matais e Hudson Corrêa:


Filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o empresário Fernando Sarney diz em conversa interceptada pela Polícia Federal que é o dono de uma vaga no gabinete do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA). "Boto quem eu quiser", afirmou ao filho João Fernando em 27 de agosto de 2008.
Na época, o cargo era ocupado por João Fernando. Devido ao cerco ao nepotismo no Congresso, ele foi demitido sigilosamente em 2 de outubro.
A dispensa só foi publicada em abril deste ano em boletim no Senado, no episódio que deflagrou o escândalo dos atos secretos e levou José Sarney ao Conselho de Ética do Senado.
Na época, ao ser questionado sobre a nomeação do neto, Sarney negou interferência nas contratações. "Aqui no Senado, todos sabemos, não se nomeia para o gabinete quem não for requisitado pelo senador."
Na conversa, gravada pela polícia com autorização da Justiça, Fernando falava com o filho sobre a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de proibir a contratação de parentes nos três Poderes.
Com salário de R$ 7.200, João Fernando estava preocupado com a medida do STF, mas é tranquilizado pelo pai.
"Se tiver que, de alguma forma, ter uma atitude, tiver que sair mesmo, ele [Cafeteira] já me disse que o lugar é meu, que eu boto quem eu quiser", afirmou Fernando Sarney. Foi o que ocorreu. Menos de um mês após a demissão do filho, assumiu o cargo a mãe dele, Rosângela Terezinha Gonçalves.
Assinante do jornal leia mais em "Boto quem eu quiser" no Senado, diz filho de Sarney

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Fast school: diploma em seis meses!

FAST SCHOOL - Cia. Barbixas de Humor

Tempo, tempo, tempo....

MPB4 - "Lamento" (Pixinguinha/Vinícius)

Recuerdos de Ribeirão Preto, SP, década de 70.

POR José Augusto Carvalho é Mestre em Linguística pela Unicamp e Doutor em Letras pela USP. no Blog do ACIR VIDAL
*****
Roldão Simas Filho envia-me cópia em português atual de um documento curioso do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, que reproduzo:
“Sentença proferida em 1487 no processo contra o prior de Trancoso – autos arquivados na Torre do Tombo, Armário 5, maço 7”: “Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres, trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas; da própria mãe teve dois filhos. Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres. El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos dezassete dias do mês de março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo, e guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo.”
Roldão pergunta o que penso disso. Só posso registrar minha admiração não só pelo padre, por seu vigor, mas também pelo Rei, por sua visão...


Fhc

Do Acir Vidal

Trechos do livro Crítica da Razão Impura ou o Primado da Ignorância, de Millôr Fernandes:
- Sobre Dependência e Desenvolvimento na América Latina, de Fernando Henrique Cardoso:
"(...) De uma coisa ninguém podia me acusar – de ter perdido meu tempo lendo FhC (superlativo de PhD). Achava meu tempo melhor aproveitado lendo o Almanaque da Saúde da Mulher. Mas quando o homem se tornou vosso Presidente, achei que devia ler o Mein Kampf (Minha Luta, em tradução literal) dele, quando lutava bravamente, no Chile, em sua Mercedes (‘A mais linda Mercedes azul que vi na minha vida’, segundo o companheiro Weffort, na tevê, quando ainda não sabia que ia ser Ministro), e nós ficávamos aqui, numa boa, papeando descontraidamente com a amável rapaziada do Dops-Doi-Codi. (...)" *
(*) Pela transcrição, Acir Vidal, editor do blog.

Que tal fechar o senato brazileru?


Do Barão de Miracema:
- Cada povo tem os políticos que merece. Os nossos são os nossos. *
(*) Alter ego do Acir Vidal, editor do blog

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