Do Blog da Mary
Eu assisti, involuntariamente*, dois filmes de Roman Polanski. O Bebê de Rosemary, que eu adorei. E Chinatown, que eu nem lembro direito do que se trata. Na faculdade tinha uma lanchonete que passava filmes. Eu ia lá toda noite. Tomar cerveja e comer lanche. Vi, assim, umas cenas de Lua de Fel. Nem reparei. Faço questão de não ver. Porque ele estuprou uma menina em 1977. Não me importa manifesto de Pedro Almodovar. Não me importa adesivo de Free Polanski. Lendo as notícias da prisão, aparece a informação de que ela já o perdoou. Cago e ando. Pouco importa mesmo como ela lidou com tudo isso. Espero, por solidariedade, que tenha ficado tudo bem pra ela. E que ela tenha exorcizado. Mas essas subjetividades realmente não vem ao caso. Além do que. Eu duvido que ela não tenha comemorado a prisão dele. Eu comemoro. Eu acho que já falei aqui sobre isso. Quando do frisson pelo tal do Pianista. Me incomoda demais a circulação de Roman Polanski pelo mundo. E não é por qualquer mundo que ele circula. O mundo mais poderoso no que diz respeito a imaginário etc. Todas as vezes que me recomendam O Pianista (e não foram poucas), faço questão de responder. Que não me interessa porque blábláblá. Mesmo assim ele é "perdoado". Por conta de supostamente ser um gênio. Pra mim, tem coisa que não dá. Estupro é uma coisa que não dá.
Deve ter algum tonto que fala ah, mas eu gosto tanto dele e o mundo sem tal filme seria um lugar pior. E eu digo que não seria. O mundo dá conta de viver sem qualquer filme. A gente não precisa aceitar o inaceitável sob condição nenhuma. Só precisamos acordar o que seria inaceitável. E acho que estupro é um bom começo para esse acordo aí.
Deve ter algum tonto que fala ah, mas eu gosto tanto dele e o mundo sem tal filme seria um lugar pior. E eu digo que não seria. O mundo dá conta de viver sem qualquer filme. A gente não precisa aceitar o inaceitável sob condição nenhuma. Só precisamos acordar o que seria inaceitável. E acho que estupro é um bom começo para esse acordo aí.
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*Eu não me interessava ainda por diretores e não sabia quem ele era e o que tinha feito.
Claro, atendendo a pedidos :)
*Eu não me interessava ainda por diretores e não sabia quem ele era e o que tinha feito.
Claro, atendendo a pedidos :)
Um comentário:
E ridicularizar a vida de um homem à custa de um erro que cometeu em tempos? Está correcto, menina?
Cumprimentos.
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