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Universidade. Quarta-feira, fim de tarde. Sai de uma reunião de Conselho de Ensino desolée. Um sentimento de solidão, de não pertencimento. Uma discussão no conselho: o jubilamento de uma aluno. Argumentos a favor: passou dos nove anos. Ponto. Contra o jubilamento: o aluno estava doente (depressão), teve dificuldades pessoais, acadêmicas... Argumentei contra o jubilamento. Pareceu-me que nós, os PROFESSORES, não gostamos de alunos. Uma colega me disse que depressão não é doença. Tô de cara. 120 milhões de pessoas no planeta padecem deste mal. Descobrem tardiamente que estão adoecidas, algumas não aceitam esta condição, o processo de tratamento é lento. E daí? Preferiram a estratégia dos militares: jubilar. Dar uma lição nos vagorosos e doentes. Dar um corretivo nos alunos. Afinal, pedagogia para quê?
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