Depois de três dias volto. Fiz essa pausa por puro cansaço. Na sexta-feira, coordenei um mini-curso sobre Análise de Discurso. Foi um sucesso, graças ao José de Arimatéia da Universidade de Londrina. O Zé é um excelente professor! No sábado estava um bagaço (metáfora). Depois que fui diagnosticada com fibromialgia, tomei algumas preucações e fico bem quieta.
Sábado: aniversário da cidade de Maringa (o feriadão é hoje). Pensei que homenagem faria à Má-ringa. É uma cidade bela, mas já cria bolsões de feiura. Explico-me: há lugares que não temos as árvores de ruas, um dos símbolos da cidade. No novo centro, crescem espigões de R$ 1 milhão! A cidade espigão. Porém, quem come os milhos são a elite. O novo centro será um carnaval de bobagens dos empresários imobiliaristas. Confundem beleza com excesso de cimento, fruto de cabeças duras. O novo centro poderia ser um lugar de praças, árvores, museus, de vida cultural, mas virou símbolo da burra ostentação de uma elite inculta.
O povo da Má-ringa é muito bacana. Ordeiro, nunca cria problema para os administradores. Corta-se árvores, aumenta-se IPTU, deixa-se calçadas com buracos, ruas também. Mas, o povo aguenta. Um ano desses os vendedores de redes do Ceará tiveram suas redes confiscadas por um administrador da cidade. Má-ringa é uma cidade "limpa"! Dinastia de empresários.
O pior da cidade é a falta de cultura geral. Tem-se um parque central, mas é pequeno e não se descentraliza o passeio da população. Joga-se tudo no pobre Parque do Ingá. Talvez, porque esse parque fica ao lado dos shoppings. A tendência é fazer Shoppings para passeio, excluindo quem não compra. A rodoviária antiga ao invés de se tornar um ponto turístico para a população, vai virar pó de ouro para a gula empresarial. É uma cidade que faz 61 anos de idade, com todos os defeitos que a elite do BRASIU produz, mas tem um povo bacana.
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