Weslley e Rosinéia
por Cristina Grillo
por Cristina Grillo
ENVIADO PELO GROZNY ARRUDA. Grata!
Um chinelo lilás, tamanho 37, com pequenas manchas de sangue, trouxe para Rosinéia Maria de Moraes, 31, a confirmação do pior de todos os temores que uma mãe pode enfrentar: seu filho, Juan de Moraes, 11, estava morto.
Rosinéia não precisou esperar por laudos de peritos que, inicialmente, identificaram como sendo de uma menina o corpo de seu filho. O chinelo, encontrado há uma semana, lhe bastava.
Só ontem, 16 dias depois do sumiço da criança, a chefe da Polícia Civil do Rio, delegada Martha Rocha, anunciou oficialmente o que Rosinéia já sabia.
No dia 20 de junho, o menino saiu com o irmão, Weslley, 14, para entregar em suas casas, em segurança, crianças ainda menores que ele, das quais sua mãe tomava conta para completar o orçamento familiar. Na volta, encontrou policiais em uma viela escura da favela onde morava, na Baixada Fluminense. Weslley, baleado, contou ter visto o irmão ferido antes de desmaiar. Foi a última vez que o viu.
Longe de encerrar a questão, a confirmação da morte de Juan traz uma série de perguntas que precisam ser respondidas pelas autoridades de segurança do Estado.
Por que apenas uma semana após o desaparecimento do menino os carros da Polícia Militar foram periciados?
Por que só dez dias depois o local do tiroteio foi inspecionado?
Por que se passaram 15 dias até que os policiais militares prestassem depoimento?
O que matou Juan? Um tiro? Vários? Uma crueldade ainda maior?
Quem assassinou uma criança de 11 anos em uma viela escura e abandonou seu corpo nas margens de um rio?
Rosinéia e Weslley, agora incluídos no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), têm o direito de saber.
Rosinéia não precisou esperar por laudos de peritos que, inicialmente, identificaram como sendo de uma menina o corpo de seu filho. O chinelo, encontrado há uma semana, lhe bastava.
Só ontem, 16 dias depois do sumiço da criança, a chefe da Polícia Civil do Rio, delegada Martha Rocha, anunciou oficialmente o que Rosinéia já sabia.
No dia 20 de junho, o menino saiu com o irmão, Weslley, 14, para entregar em suas casas, em segurança, crianças ainda menores que ele, das quais sua mãe tomava conta para completar o orçamento familiar. Na volta, encontrou policiais em uma viela escura da favela onde morava, na Baixada Fluminense. Weslley, baleado, contou ter visto o irmão ferido antes de desmaiar. Foi a última vez que o viu.
Longe de encerrar a questão, a confirmação da morte de Juan traz uma série de perguntas que precisam ser respondidas pelas autoridades de segurança do Estado.
Por que apenas uma semana após o desaparecimento do menino os carros da Polícia Militar foram periciados?
Por que só dez dias depois o local do tiroteio foi inspecionado?
Por que se passaram 15 dias até que os policiais militares prestassem depoimento?
O que matou Juan? Um tiro? Vários? Uma crueldade ainda maior?
Quem assassinou uma criança de 11 anos em uma viela escura e abandonou seu corpo nas margens de um rio?
Rosinéia e Weslley, agora incluídos no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM), têm o direito de saber.
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