Continuo na leitura do livro POSIÇÕES TARDIAS, do psi-médico Di Loretto. LEIO:
"Quase todos - no mínimo 2/3 das crianças esquizo-maníacas que atendi ou supervisionei nos últimos dez anos, 12 anos - haviam recebido previamente o diagnóstico de Distúrbio da Atenção e Hiperatividade. Por vezes, há muitos anos.
Estes diagnósticos são maldades que se fazem com crianças. Pura preguiça de usar os neurônios que pensam. E pior, maldades óbvias, sem grandeza. As dossociações geram condutas agitadas, inquietas, hiperativas.....[...] ... é fácil impingir às crianças, as toneladas de Ritalina que elas hoje ingerem. Que tem efeito sintomático por 3, 4 meses. [...]
A epidemiologia dos esquizo-maníacos é bem clara, bem delimitada e curiosa: não escolhe sexo, raça, religião ou grau de escolaridade. Mas, tem nítida preferência pelas duas pontas da escala econômica. Encontrei mais esquizo-maníaco nos filhos de famílias imensamente ricas e nos oriundos de famílias imensamente pobres, do que em toda a gama da dita classe-média. ...não é fácil ser pai rico [...] .... e também não é fácil ser pai muito pobre.
O pai ou mãe rica ... o que faz diante de um filho que lhe pede o 8º celular do ano? Diz que não pode e estará mentindo. E o pai pobre... "[ter a onipotência da cabeça permanentemente castarda pela dura realidade, não faz bem à cabeça". "Me comovi atendebdo um sem número de pequenos pacientes que não esperavam pelo Papai Noel, nem pelo Coelho de Páscoa. Esperavam pelo 13º salário do pai!"
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Paro aqui hoje. O texto faz me pensar nos vereadores e prefeitos das cidades - todos oriundos de famílias pobres - sendo comandados por mocinhos ou velhinhos de famílias abastadas. Teremos esquizo-paranóicos no "puder"?
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