Cap-tirei este hai kai do Solda. É como me sinto no final de ano. Inúmeros trabalhos de alunos corrigidos milímetro por milímetro. Detesto escrita sem nexo. Não gosto de uso exagerado do verbo colocar. "Eu coloquei este trecho do autor X". Aff! E os advérbios onde e enquanto? Enquanto professor? AFF! Maria! Socorro. Alunos e professores apresentam um português precário. E isso na Universidade. Minha amiga Graça conta que um aluno seu, professor de geografia na rede estadual ençina crima. Craro Crovis! Ah, que m*.
Taí! A gente chega no final do ano com um sentimento de incompletude. Não é fácil ser professor. Parece que nunca realizamos nosso trabalho. A gente chuvisca.
Um comentário:
Mas qual? A Graça apontando erros de português dos outros? Fácil. Difícil é corrigir os amigos. Pois é, na proposta da sua chapa, candidata à direçao do departamento, havia so alguns errinhos.
Tudo bem, né. Correria, stress, trabalhando 60 horas por semana, o dedo escorrega no teclado e sai lé sem cré. Depois tem a falta de grana pra imprimir de novo, a auto-comiseraçao, dó do desperdício, e toca a porca assim mesmo, na pobreza tecna e idolojeca.
Mas daí, sair falando dos alunos que o departamento formou, é meio hipócrita, ou hiporca, ou hip-phorca, ou mala memo, pra simprificá o pobrema. Se a coisa vai mal até nas publicaçoes cientificas dos profs, como cobrar o rigor na escrita dos alunos?
Postar um comentário