PF usa máquina de contar dinheiro para calcular apreensão em casa de desembargador do ES
Enviado pelo Zé de Arimathéia
Folha Online
A Polícia Federal apreendeu dinheiro na casa do desembargador do TJ (Tribunal de Justiça) do Espírito Santo Elpídio José Duque, preso hoje. A quantia apreendida não foi divulgada pela PF, pois o inquérito está sob sigilo no STJ (Superior Tribunal de Justiça). No entanto, fontes que acompanharam a operação disseram que a quantia era tão grande que foi preciso pedir uma máquina de contar dinheiro do Banco do Brasil para mensurar o valor da apreensão.
A apreensão ocorreu durante a Operação Naufrágio, que prendeu oito pessoas e tenta cumprir 24 mandados de busca e apreensão no Espírito Santo. Os presos serão transferidos para Brasília. Também foram presos o presidente do TJ-ES, desembargador Frederico Pimentel, seu filho, o juiz Frederico Pimentel Filho, o desembargador Josenider Varejão Tavares, a diretora de Distribuição de Processos do TJ-ES, Bárbara Sarcinelli, dois advogados e um procurador. Esse último foi preso em flagrante durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão por porte de arma de uso restrito. Os nomes dos detidos estão sendo mantidos em sigilo, mas alguns foram divulgados pelo TJ. Os presos são suspeitos de participarem de um suposto esquema de venda e manipulação de sentenças em troca de favores e vantagens pessoais.
De acordo com a PGR (Procuradoria Geral da República), as prisões são resultado das investigações feitas no inquérito aberto pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) que apura o suposto envolvimento de desembargadores, juízes, advogados e servidores públicos em crimes contra a administração pública e a administração da Justiça no Espírito Santo. Durante as investigações, surgiram ainda evidências de nepotismo no Tribunal de Justiça capixaba. A PGR informou ainda que diálogos autorizados pelo STJ sugeriram uma possível manipulação do concurso público para o cargo de juiz do TJ-ES com o objetivo de facilitar a admissão de familiares de desembargadores daquele Tribunal. A assessoria do TJ do Espírito Santo informou à Folha Online que vai se pronunciar mais tarde sobre as prisões.
Titanic
As investigações tiveram início com a Operação Titanic, deflagrada no dia 7 de abril, que desarticulou um esquema instalado no cais do porto em Vila Velha, especializado na importação subfaturada de veículos de luxo. Na Operação Titanic, foram presas 22 pessoas, sendo 13 no Espírito Santo, três em São Paulo e seis em Rondônia, acusadas de integrar uma quadrilha que sonegou R$ 7 milhões em importações de carros, motos e mercadorias de luxo. O esquema envolvia Ivo Junior Cassol, filho do governador de Rondônia, Ivo Cassol (sem partido), acusado de tráfico de influência. Os dois líderes do esquema - Adriano Mariano Scopel e Pedro Scopel, pai e filho-- foram detidos no Espírito Santo.
TJ
O vice-presidente do TJ-ES assumiu interinamente a presidência do Tribunal no lugar de Pimentel. Em nota, o TJ informou que "até o início desta noite [...] não recebeu nenhum comunicado oficial da decisão do STJ, portanto o Tribunal não possui informações oficiais do processo e nem das prisões efetuadas pela Polícia Federal". "Os fatos ainda são muito genéricos. Quando a fase do sigilo for ultrapassada e se houver algum fato específico, as providências serão tomadas", disse o desembargador
Enviado pelo Zé de Arimathéia
Folha Online
A Polícia Federal apreendeu dinheiro na casa do desembargador do TJ (Tribunal de Justiça) do Espírito Santo Elpídio José Duque, preso hoje. A quantia apreendida não foi divulgada pela PF, pois o inquérito está sob sigilo no STJ (Superior Tribunal de Justiça). No entanto, fontes que acompanharam a operação disseram que a quantia era tão grande que foi preciso pedir uma máquina de contar dinheiro do Banco do Brasil para mensurar o valor da apreensão.
A apreensão ocorreu durante a Operação Naufrágio, que prendeu oito pessoas e tenta cumprir 24 mandados de busca e apreensão no Espírito Santo. Os presos serão transferidos para Brasília. Também foram presos o presidente do TJ-ES, desembargador Frederico Pimentel, seu filho, o juiz Frederico Pimentel Filho, o desembargador Josenider Varejão Tavares, a diretora de Distribuição de Processos do TJ-ES, Bárbara Sarcinelli, dois advogados e um procurador. Esse último foi preso em flagrante durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão por porte de arma de uso restrito. Os nomes dos detidos estão sendo mantidos em sigilo, mas alguns foram divulgados pelo TJ. Os presos são suspeitos de participarem de um suposto esquema de venda e manipulação de sentenças em troca de favores e vantagens pessoais.
De acordo com a PGR (Procuradoria Geral da República), as prisões são resultado das investigações feitas no inquérito aberto pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) que apura o suposto envolvimento de desembargadores, juízes, advogados e servidores públicos em crimes contra a administração pública e a administração da Justiça no Espírito Santo. Durante as investigações, surgiram ainda evidências de nepotismo no Tribunal de Justiça capixaba. A PGR informou ainda que diálogos autorizados pelo STJ sugeriram uma possível manipulação do concurso público para o cargo de juiz do TJ-ES com o objetivo de facilitar a admissão de familiares de desembargadores daquele Tribunal. A assessoria do TJ do Espírito Santo informou à Folha Online que vai se pronunciar mais tarde sobre as prisões.
Titanic
As investigações tiveram início com a Operação Titanic, deflagrada no dia 7 de abril, que desarticulou um esquema instalado no cais do porto em Vila Velha, especializado na importação subfaturada de veículos de luxo. Na Operação Titanic, foram presas 22 pessoas, sendo 13 no Espírito Santo, três em São Paulo e seis em Rondônia, acusadas de integrar uma quadrilha que sonegou R$ 7 milhões em importações de carros, motos e mercadorias de luxo. O esquema envolvia Ivo Junior Cassol, filho do governador de Rondônia, Ivo Cassol (sem partido), acusado de tráfico de influência. Os dois líderes do esquema - Adriano Mariano Scopel e Pedro Scopel, pai e filho-- foram detidos no Espírito Santo.
TJ
O vice-presidente do TJ-ES assumiu interinamente a presidência do Tribunal no lugar de Pimentel. Em nota, o TJ informou que "até o início desta noite [...] não recebeu nenhum comunicado oficial da decisão do STJ, portanto o Tribunal não possui informações oficiais do processo e nem das prisões efetuadas pela Polícia Federal". "Os fatos ainda são muito genéricos. Quando a fase do sigilo for ultrapassada e se houver algum fato específico, as providências serão tomadas", disse o desembargador
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