Enfim...

Roque, eu não tinha certeza. O importante nessa revolução, sim ouso escrever revolução, é que há um limite para a paciência, para tolerar os ditadores e suas corrupções, a miséria e a pobreza. É claro que gostaríamos de ver um novo Egito. Mas, por ora, fico com a lição primeira de toda vida humana: REVOLTEMO-NOS. É uma lição que não se ensina na escola. É na vida, na nossa capacidade de indignação que aprendemos a não abaixar a cabeça e deixar as partes posteriores desnudas. Estamos em décadas de cabeça baixa, de venda de nossas consciências por cargos, jetons, por comissões abençoados por chefes que riem de nossa capacidade de dobrar as espinhas dorsais. Em todos os lugares. Quando vejo - ainda vemos - gente se rebelando, suspiro um pouco mais aliviada. Como diz o SOLDA, estamos na época em que as pessoas rasgam bosta e comem dinheiro. Ou como diz a minha colega ZU, na época em que capim come o gado. Pode ser que nada aconteça no Egito mas certamente aconteceu na cosnciência dos jovens. Não serão tão mais parvos quanto, nós, os mais expertos queremos.