Início da noite dessa quarta-feira, 13 de agosto. Muita chuva. Um pouco de frio. Chega a ser irritante. Lembro-me do Drumond: Um dia descobri que eu é que chovia. Pois é. Acho que sou eu. Dia de entrega de notas. Correção de um trabalho de tese que não vira texto. Incrível, mas algumas pessoas não são talhadas para trabalhos mais decisivos. Minha amiga Graça me conta: está trabalhando com o projeto Universidade Sem Fronteiras. Projeto de extensão com professores estaduais do ensino público (para mim, estatal). Um professor de geografia diz: crima (clima). Continua a conversar e lá vem a palavra: crima. Que crima, hein, seu Cróvis! E não se toca: crima. Até que a Graça estoura! Diz: "se eu tivesse filho, ele não estudaria na escola pública" (estatal, repito). Taí uma constatação da querida Grace. Dá mesmo um "baita" sofrimento ouvir crima, cróvis, craro, a nível de.... Conhecem aqueles e-mails que recebemos com pérolas dos alunos nos exames? EU sempre digo que não são os alunos que atravessam a língua portuguesa. São seus professores.
Minha amiga Ana também sofre. Os professores se interessam pelo ensino? Ou pelo poder? Ou por algo chamado dim dim a mais?, pergunta-me. Bem, respondo: li no Blog do Professor Romano que Hegel chamava a Universidade de zoológico dos espíritos. AS VEZES, sofremos demais ao admitir certas coisas. É melhor dizer que somos do zoo.
Fui hoje pagar o IPVA de meu carro (meu? só daqui há três anos). PUTZ. Que facada. Fiquei deprê. Meu salário só dá para 15 dias. Os professores fizeram assembléia hoje. Devem ter discutido a embromação do governador e seus seguidores. Continua chovendo e eu tenho que viajar amanhã. A noite chegou e eu definitivamente chovo.
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