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Domingão. Sem TV a cabo, sem vontade de andar um pouco, fico em casa lendo, terminando um projeto e vendo a TV de esguelha. Não adiantou fugir. Acabei vendo na TV os peritos do Caso Isabella. Parece que não há mais dúvida: pai e madrasta estão envolvidos. Tenho usado eufemismo para falar deste assassinato. É chato falar da morte de crianças. Não gosto daqueles comentários que alguns fazem: "se fossem crianças pobres, a imprensa não faria este espetáculo". Creio que este espetáculo televisivo ocorreu também (também , viram!) porque a família de classe média, avô advogado, pai advogado e porque tudo conspira contra a criança assassinada... Explico: apesar da perícia da polícia investigativa, o avô da Isabella insistirá na inocência do filho. Eu me pergunto: nós, pais e mães, acobertamos nossos filhos em seus erros mais profundos? Não somos capazes de puni-los nem quando merecem? Ou somente os pais de classe média alta fazem isso? Não tenho resposta. Só penso que este avô da Isabella não estava tão ligado à sua neta como a gente pensa que deveria estar. Nem sempre temos vínculos afetivos em família.
Um comentário:
Oi Marta!!!
Também me pergunto sobre o "amor" dos Pais em relação a seus filhos. É justo encobrir tamanha brutalidade??? Acredito que não.
Matar uma filha de cinco anos, indefesa, revela que um "filho" desse é capaz de matar também seus Pais com a mesma frieza!!!
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