Numa entrevista na Folha ontem, a jornalista Judith Miller disse que à medida que vai detalhando suas propostas, o Obama aliena uma parte do seu eleitorado. Por conta desse negócio. Dessa guinada à direita que ele deu, depois que conseguiu a indicação. Eu tenho acompanhado bastante isso. Editorial no NYT e no Huffington. E é sim. A pura verdade, a guinada. E ela pode ser justificada dizendo que ele precisa conseguir o eleitorado mais conservador e tals. O caso que me incomoda é ser sempre da parte alienada. Não na eleição americana, claro. Que eu nem voto. Mas meus candidatos todos fazem isso comigo. Certos do meu apoio, se esquecem das minhas prioridades. E fica assim. Como se eu não pudesse reclamar. Porque eu tenho obrigação de entender. Já que eu sei, né? Que os conservadores são fogo na roupa e tal. Me enche demais isso. E eu nem conheço muito os EUA. Mas assisti Fargo e vários filmes passados no Texas. Então eu sei. Que tem conservadores de cabo a rabo. De norte a sul. Ou pelo menos eu acredito nos filmes. Não tô no mundo pra duvidar dessa gente sensacional que é cineasta. Mas eu sei outra coisa também. Além dessas, dos filmes. Eu sei que a Obamania foi causada por um pessoal que, mesmo que não seja maioria, é quem faz o barulho. Você conhece o barulho deles, anos atrás eles promoveram a contracultura. E eram só minorias. O que eu acho é que alienar esse eleitorado pode ser muito perigoso. Porque aí eles param de fazer barulho. E não deve sobrar, então, muita coisa. Porque não importa o que o Obama diga. Fargo não vota nele nem.
Barack desafinando (a entrevista)
A Veja de hoje disse que a Marta passou dos 40%. Só peço. Não me aliena, Marta.
A capa da New Yorker. Não entendi MESMO. Oh, é uma sátira às pessoas que pensam isso. Tá. Sei.
Barack desafinando (a entrevista)
A Veja de hoje disse que a Marta passou dos 40%. Só peço. Não me aliena, Marta.
A capa da New Yorker. Não entendi MESMO. Oh, é uma sátira às pessoas que pensam isso. Tá. Sei.
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