Até os 25 anos de idade eu era uma fina flor. Muito educada (inha), gentil, engolia sapos, rãs, aranhas... Uma super terapia me transformiu em bruxa. Enfim, não podemos ser fadas sempre. Minha arrogância, embotada, assumiu a estrada. Pois é. Hoje tenho problemas de outro tipo. Por exemplo: uma professora, ao meu lado, escreve uma palavra graficamente incorreta em sua anotação. Fico me coçando. Quero corrigir, mas a anotação é dela. É feio, dizia minha mãe com sua costela portuguesa (para minha mãe tudo era e é feio; dona Rosa é super educada). É feio bisbilhotar a anotação alheia.
Meses atrás fui a um departamento da Universidade. Perguntei à pessoa que lá estava se trabalhava no local. Ela respondeu: "O que você acha?". EU: - "Acho que você é um mal educado!". Não tenho paciência com este tipinho de gente.
Tive um aluno (e ex-orientando) que não aparecia para as orientações. Ele escreveu um livro e publicou. Eu não li e nem vou ler. Não aprecio livros de auto ajuda, nem mesmo para assuntos sexuais. Bem, disse a ele que escrever uma dissertação é mais difícil do que escrever um livrinho. Este tipo de problema acontece comigo.
Fui pagar tributos atrasados na prefeitura na era Gianotto, creio. Um funcionário perguntou-me o que estava fazendo na fila. Preciso dizer qual foi minha resposta? Não, não é! Na mesma era municipal tive um longo enredo com o setor de construção. Ia lá levar os dados da construção da minha casa e era destratada. Um dia, numa chuva imensa, desatou minha torneira. Subi até o prefeito. Não estava. Fui reclamar com outras pessoas, não estavam. Fui direto à Secretária dos engenheiros; Lá estavam atendendo, com cafézinho, o dono de alguma coisa grande na cidade. Fui direta: - Ah, os ricos vocês atendem e eu fico lá fora ralando coma incompetência. Fui atendida.
Mas, isso cansa, não?
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