Tristão disse...
"O meu, o seu, o nosso dinheiro" é o brado de guerra da classe média, sustentáculo de todos os fascismos. que marcaram de sangue a história do século XX: o português, o espanhol, o italiano, os da Europa Central, o japonês.E este grito de guerra é inteiramente equivocado, pois "o meu, o seu, o nosso dinheiro" não é meu, nem seu, nem nosso. Era quando estava em nosso bolso, à disposição do nosso arbítrio. Quando se transformou em pagamento de impostos, deixou de ser "meu, seu, nosso" para ser da sociedade. E a sociedade brasileira, através de seu Congresso Nacional, aprovou, por unanimidade, ainda nos tempos de FHC, a Lei 10.559, a Lei da Anistia, que instituiu e regulamentou a indenização por danos econômicos ao patrimônio (a cassação profissional, por exemplo, que atingiu, automática e ostensivamente, professores e aviadores através do AC-77...)de milhares e milhares de brasileiros, jogando milhares de famílias, milhares de crianças na miséria, sem atribuição de culpa, sem julgamento, sem direito de defesa.Além da reparação desses danos que foram causados à vida e ao patrimônio de centenas de milhares de brasileiros (os cassados e seus familiares), a Lei 10.559 tem ainda um belo efeito pedagógico: conscientizar a classe média de que sai caro mexer no ganha-pão de chefes de família, sem amparo jurídico, na base do arbítrio.E olhem que ainda saiu barato para a classe média brasileira: no Chile, na Argentina, os seus líderes, os líderes das ditaduras a que ela deu suporte, foram execrados publicamente e jogados na cadeia (com atribuição de culpa, julgamento regular e amplo direito de defesa).Mas para a classe média é inútil todo esse discurso. Para ela, Brasil, Humanidade se resumem apenas a este egocêntrico refrão: "o meu, o seu, o nosso dinheiro"...De qualquer forma, fica a lição. Ditadura nunca mais!(Gostaria de frisar, no entanto, que concordo com a premissa de que, se alguém não foi impedido de exercer a sua profissão, e se candidatou à reparação indenizatória por danos econômicos, agiu, na verdade, como um aproveitador. Mas nada de generalizar, como, no total do texto, se acaba fazendo.
"O meu, o seu, o nosso dinheiro" é o brado de guerra da classe média, sustentáculo de todos os fascismos. que marcaram de sangue a história do século XX: o português, o espanhol, o italiano, os da Europa Central, o japonês.E este grito de guerra é inteiramente equivocado, pois "o meu, o seu, o nosso dinheiro" não é meu, nem seu, nem nosso. Era quando estava em nosso bolso, à disposição do nosso arbítrio. Quando se transformou em pagamento de impostos, deixou de ser "meu, seu, nosso" para ser da sociedade. E a sociedade brasileira, através de seu Congresso Nacional, aprovou, por unanimidade, ainda nos tempos de FHC, a Lei 10.559, a Lei da Anistia, que instituiu e regulamentou a indenização por danos econômicos ao patrimônio (a cassação profissional, por exemplo, que atingiu, automática e ostensivamente, professores e aviadores através do AC-77...)de milhares e milhares de brasileiros, jogando milhares de famílias, milhares de crianças na miséria, sem atribuição de culpa, sem julgamento, sem direito de defesa.Além da reparação desses danos que foram causados à vida e ao patrimônio de centenas de milhares de brasileiros (os cassados e seus familiares), a Lei 10.559 tem ainda um belo efeito pedagógico: conscientizar a classe média de que sai caro mexer no ganha-pão de chefes de família, sem amparo jurídico, na base do arbítrio.E olhem que ainda saiu barato para a classe média brasileira: no Chile, na Argentina, os seus líderes, os líderes das ditaduras a que ela deu suporte, foram execrados publicamente e jogados na cadeia (com atribuição de culpa, julgamento regular e amplo direito de defesa).Mas para a classe média é inútil todo esse discurso. Para ela, Brasil, Humanidade se resumem apenas a este egocêntrico refrão: "o meu, o seu, o nosso dinheiro"...De qualquer forma, fica a lição. Ditadura nunca mais!(Gostaria de frisar, no entanto, que concordo com a premissa de que, se alguém não foi impedido de exercer a sua profissão, e se candidatou à reparação indenizatória por danos econômicos, agiu, na verdade, como um aproveitador. Mas nada de generalizar, como, no total do texto, se acaba fazendo.
Ditadura nunca mais! (sem revisão gramatical)
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Comentário: Concordo com o Tristão. Discordo do pagamento feito ao Ziraldo. Ele não foi impedido de trabalhar.
Um comentário:
Mais um ato vergonhoso.
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