Em tempos de recesso branco, a TV Justiça pode ser uma boa alternativa para os que gostam de acompanhar os arranca-rabos oferecidos pelas emissoras do Congresso.
Nos dias que correm, entre um ‘data venia’ e outro, já é possível testemunhar discussões acesas também no plenário do STF.
São debates que, por vezes, escorregam das páginas dos autos para a seara pessoal. Deve-se a eletrificação da atmosfera à presença de Joaquim Barbosa.
É dono de um código de etiqueta peculiar, baseado na fricção verbal. Convive com dez colegas. Desentendeu-se com três: Gilmar Mendes, Eros Grau e Marco Aurélio Mello.
Em 25 de agosto, numa entrevista ao repórter Frederico Vasconcelos, Joaquim explicara: “Enganaram-se os que pensavam que o STF iria ter um negro submisso."
Ao esmiuçar suas diferenças com Marco Aurélio, dissera: "Sem aquela briga, o caso Anaconda não teria condenação e cumprimento de penas pelos réus."
Na sessão desta quinta (4), foi a julgamento um processo relatado por Joaquim. Marcou Aurélio abriu divergência.
O desafeto Joaquim pediu a palavra. Seguiu-se um trançar de línguas:
Marco Aurélio: "Eu sei que Vossa Excelência é um guardião maior, talvez suplantando até nossas posições, da Constituição. Pelo menos Vossa Excelência assim se diz. Mas vamos aguardar um pouquinho eu terminar o meu raciocínio."
Joaquim pede, de novo, a palavra.
Marco Aurélio: "O senhor vai me permitir uma observação. Eu esperava que Vossa Excelência consertasse algo que saiu em uma entrevista. Que, se não fosse a nossa desavença, o pessoal da Anaconda não teria sido condenado. Penso que a nossa desavença ficou em uma questão estritamente instrumental."
Joaquim: "Ministro, não misturemos as coisas, estamos discutindo outra questão".
Nos dias que correm, entre um ‘data venia’ e outro, já é possível testemunhar discussões acesas também no plenário do STF.
São debates que, por vezes, escorregam das páginas dos autos para a seara pessoal. Deve-se a eletrificação da atmosfera à presença de Joaquim Barbosa.
É dono de um código de etiqueta peculiar, baseado na fricção verbal. Convive com dez colegas. Desentendeu-se com três: Gilmar Mendes, Eros Grau e Marco Aurélio Mello.
Em 25 de agosto, numa entrevista ao repórter Frederico Vasconcelos, Joaquim explicara: “Enganaram-se os que pensavam que o STF iria ter um negro submisso."
Ao esmiuçar suas diferenças com Marco Aurélio, dissera: "Sem aquela briga, o caso Anaconda não teria condenação e cumprimento de penas pelos réus."
Na sessão desta quinta (4), foi a julgamento um processo relatado por Joaquim. Marcou Aurélio abriu divergência.
O desafeto Joaquim pediu a palavra. Seguiu-se um trançar de línguas:
Marco Aurélio: "Eu sei que Vossa Excelência é um guardião maior, talvez suplantando até nossas posições, da Constituição. Pelo menos Vossa Excelência assim se diz. Mas vamos aguardar um pouquinho eu terminar o meu raciocínio."
Joaquim pede, de novo, a palavra.
Marco Aurélio: "O senhor vai me permitir uma observação. Eu esperava que Vossa Excelência consertasse algo que saiu em uma entrevista. Que, se não fosse a nossa desavença, o pessoal da Anaconda não teria sido condenado. Penso que a nossa desavença ficou em uma questão estritamente instrumental."
Joaquim: "Ministro, não misturemos as coisas, estamos discutindo outra questão".
Marco Aurélio: "Não quero que Vossa Excelência tome o que veiculei em termos de ser censor ou não ser censor, ser defensor maior ou menor da Constituição como uma agressão. Não é não, todos somos defensores da Constituição".
Joaquim: "Voltemos ao exame da Adin 3501, é disso que se cuida aqui".
Marco Aurélio: "Excelência, se cuida aqui de STF."
Joaquim: "Vossa Excelência não precisa me ensinar. Eu sei muito bem o que é o STF."
Marco Aurélio: "Eu vou repetir o que eu já disse. Enquanto eu tiver assento nesta casa, com a toga sobre os ombros, ninguém virá a me emudecer.”
Joaquim: Ninguém me emudecerá também, ministro Marco Aurélio. Ninguém.
Marco Aurélio: Vossa Excelência mesmo apontou algo que, sob a minha ótica, surgiu praticamente como complexo, que Vossa Excelência não deve ter."
Joaquim: "Na entrevista eu discuti fatos. Aqui eu estou discutindo direito.”
A bancada de ministros trocava olhares. Carlos Alberto Direito gesticulava, como a encarecer que alguém jogasse água na fervura.
Por fim, o decano Celso de Mello interveio, separando os dois fios desencapados.
Joaquim Barbosa só deixa o Supremo em 2024, quando fará aniversário de 70 anos. Ou seja, a menos que a idade o amanse, a temporada de controvérsias será longeva.
Joaquim: "Voltemos ao exame da Adin 3501, é disso que se cuida aqui".
Marco Aurélio: "Excelência, se cuida aqui de STF."
Joaquim: "Vossa Excelência não precisa me ensinar. Eu sei muito bem o que é o STF."
Marco Aurélio: "Eu vou repetir o que eu já disse. Enquanto eu tiver assento nesta casa, com a toga sobre os ombros, ninguém virá a me emudecer.”
Joaquim: Ninguém me emudecerá também, ministro Marco Aurélio. Ninguém.
Marco Aurélio: Vossa Excelência mesmo apontou algo que, sob a minha ótica, surgiu praticamente como complexo, que Vossa Excelência não deve ter."
Joaquim: "Na entrevista eu discuti fatos. Aqui eu estou discutindo direito.”
A bancada de ministros trocava olhares. Carlos Alberto Direito gesticulava, como a encarecer que alguém jogasse água na fervura.
Por fim, o decano Celso de Mello interveio, separando os dois fios desencapados.
Joaquim Barbosa só deixa o Supremo em 2024, quando fará aniversário de 70 anos. Ou seja, a menos que a idade o amanse, a temporada de controvérsias será longeva.
Um comentário:
Eh o roto discutindo com o esfarrapado, ninguem vale nada!!!!!!
Cervo™ $$$$$$$$$$$ Servo™
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