Para minha irmã Marilza. Vou telefonar para você, ok?!
Essa música não lembra aquela porto ferreira de 1965/66/67? Aquela mistura de solidão infantil com as músicas dos mais velhos revelando que havia mundo fora de Porto Ferreira, SP; não sabíamos onde, mas existia. Nosso mundinho da Rua João Salgueiro (um dos donos da cidade, mais rico, acho), rua sem asfalto, de sapos e grilos. Os mais velhos ouviam essas músicas. Viviam dramas que só conhecemos depois de adolescentes. Essa música me lembra o nosso tio Zé. Cantor, operário, marceneiro, tocava violão. Cantava Adilson, Nelson Gonçalves. Ovelha negra da família. Que drama desse rapaz. numa cidadezinha, num conflito familiar, numa rede de silêncio que o matou para sempre mesmo vivo. Seu câncer no cérebro, para mim, apenas foi um apogeu de sua angústia. Eita, vida besta, Meu deus!
Nenhum comentário:
Postar um comentário