A PISTA 35 DE CONGONHAS do BLOG Pérolas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve, ontem, reunião com três pilotos para ouvir um relato técnico sobre a pista de Congonhas. Lula pediu ao ex-presidente do Sindicato dos Aeronautas, José Caetano Lavorato Alves, de quem é amigo, que convidasse pilotos experientes e sem ligação com o movimento sindical para encontro em seu gabinete. Estiveram no Palácio do Planalto, além de Lavorato, os comandantes Sérgio Quito, da Gol, especialista em segurança de vôo, José Stuppiello e Ricardo Rodrigues Amares, ambos da TAM e pilotos de Airbus. Estava presente, também, o novo ministro da Defesa, Nelson Jobim.
Os pilotos deram ao presidente um elemento novo na apuração sobre as causas do acidente com o vôo 3054 da TAM. Quito falou sobre os sucessivos recapeamentos da pista 35 - pista principal, que, segundo Lavorato, sempre causou desconforto nos pilotos. Segundo ele, quando há o recapeamento de asfalto, é preciso um prazo de maturação até que se possa fazer as ranhuras ("grooving"). Durante esse período de maturação, a água, quando chove, se infiltra no asfalto, que começa a soltar uma oleosidade, tornando a pista extremamente escorregadia. Isso o exame da lâmina d´água não detecta.
Há um equipamento, usado nos aeroportos de vários países, inclusive o Ezeiza, em Buenos Aires, que faz o "break-action" (ação de freagem). É um veículo que mede, na pista, a capacidade de freagem naquele momento e repassa as informações para os pilotos. "Todos sabem disso, os pilotos, a Infraero", comentou Lavorato, ao que o presidente reagiu: "Ninguém nunca me falou disso antes aqui".
Foi essa oleosidade, não detectada na medição da lâmina d´água, que foi reportada pelos pilotos à partir do dia 16, antes do acidente com o vôo da TAM, exatamente quando começaram as chuvas. Até então, a pista havia sido reaberta há duas semanas e não havia relato de problemas.
Lula contou que perguntou ao brigadeiro Jose Carlos Pereira, presidente da Infraero, por que a Infraero havia optado pelo recapeamento com asfalto e não com concreto, que seria bem mais seguro. Ele respondeu que não fez, porque é mais caro e demoraria mais. Ao que Lula conta que indagou: "Não era preferível esperar um pouco mais?" A concretagem evitaria o aparecimento da oleosidade, conforme informação dos pilotos.
Os pilotos, segundo relato de Lavorato, descreveram para o presidente as peculiaridades da pista principal de Congonhas. Diferentemente da maioria das pistas, a pista 35 tem, no início da cabeceira, pequeno aclive seguido de suave declive. No topo dessa elevação está a área de toque, onde o piloto deve iniciar o pouso. Se a aeronave toca numa área posterior, o pouso tende a se alongar mais do que deveria. "Todo piloto sabe que é preciso ter mais atenção quando o pouso é na pista 35. Se tenho uma pista molhada e ela é a 35, há certo desconforto por parte dos pilotos", explica Lavorato.
Ele conta que essa pista sempre foi problemática. Em 1981 o Sindicato dos Aeronautas fez um movimento exigindo que se fizesse o "grooving". Aquelas foram as primeiras ranhuras da pista de Congonhas. Ao longo dos anos, o aeroporto intercalou períodos em que havia "grooving" com outros em que a pista era lisa. De lá para cá, porém, as aeronaves mudaram e os parâmetros de segurança também foram se alterando.”
Valor transcrito no Observatório da Imprensa
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve, ontem, reunião com três pilotos para ouvir um relato técnico sobre a pista de Congonhas. Lula pediu ao ex-presidente do Sindicato dos Aeronautas, José Caetano Lavorato Alves, de quem é amigo, que convidasse pilotos experientes e sem ligação com o movimento sindical para encontro em seu gabinete. Estiveram no Palácio do Planalto, além de Lavorato, os comandantes Sérgio Quito, da Gol, especialista em segurança de vôo, José Stuppiello e Ricardo Rodrigues Amares, ambos da TAM e pilotos de Airbus. Estava presente, também, o novo ministro da Defesa, Nelson Jobim.
Os pilotos deram ao presidente um elemento novo na apuração sobre as causas do acidente com o vôo 3054 da TAM. Quito falou sobre os sucessivos recapeamentos da pista 35 - pista principal, que, segundo Lavorato, sempre causou desconforto nos pilotos. Segundo ele, quando há o recapeamento de asfalto, é preciso um prazo de maturação até que se possa fazer as ranhuras ("grooving"). Durante esse período de maturação, a água, quando chove, se infiltra no asfalto, que começa a soltar uma oleosidade, tornando a pista extremamente escorregadia. Isso o exame da lâmina d´água não detecta.
Há um equipamento, usado nos aeroportos de vários países, inclusive o Ezeiza, em Buenos Aires, que faz o "break-action" (ação de freagem). É um veículo que mede, na pista, a capacidade de freagem naquele momento e repassa as informações para os pilotos. "Todos sabem disso, os pilotos, a Infraero", comentou Lavorato, ao que o presidente reagiu: "Ninguém nunca me falou disso antes aqui".
Foi essa oleosidade, não detectada na medição da lâmina d´água, que foi reportada pelos pilotos à partir do dia 16, antes do acidente com o vôo da TAM, exatamente quando começaram as chuvas. Até então, a pista havia sido reaberta há duas semanas e não havia relato de problemas.
Lula contou que perguntou ao brigadeiro Jose Carlos Pereira, presidente da Infraero, por que a Infraero havia optado pelo recapeamento com asfalto e não com concreto, que seria bem mais seguro. Ele respondeu que não fez, porque é mais caro e demoraria mais. Ao que Lula conta que indagou: "Não era preferível esperar um pouco mais?" A concretagem evitaria o aparecimento da oleosidade, conforme informação dos pilotos.
Os pilotos, segundo relato de Lavorato, descreveram para o presidente as peculiaridades da pista principal de Congonhas. Diferentemente da maioria das pistas, a pista 35 tem, no início da cabeceira, pequeno aclive seguido de suave declive. No topo dessa elevação está a área de toque, onde o piloto deve iniciar o pouso. Se a aeronave toca numa área posterior, o pouso tende a se alongar mais do que deveria. "Todo piloto sabe que é preciso ter mais atenção quando o pouso é na pista 35. Se tenho uma pista molhada e ela é a 35, há certo desconforto por parte dos pilotos", explica Lavorato.
Ele conta que essa pista sempre foi problemática. Em 1981 o Sindicato dos Aeronautas fez um movimento exigindo que se fizesse o "grooving". Aquelas foram as primeiras ranhuras da pista de Congonhas. Ao longo dos anos, o aeroporto intercalou períodos em que havia "grooving" com outros em que a pista era lisa. De lá para cá, porém, as aeronaves mudaram e os parâmetros de segurança também foram se alterando.”
Valor transcrito no Observatório da Imprensa
Comentário: O PAC deslumbrou o presidente. Tirando dinheiro dos trabalhadores (FGTS) pensou que, dando aos empresários do bem, iria mostrar a todos um país diferente, progressista. Lula não ouve trabalhadores, ele odeia gente estudada, como dizia meu pai. Gosta de falar para trabalhadores mais sofridos que aceitam seu discurso. AGORA, é obrigado a ouvir gente que sabe. sabem o quÊ? sabem das falcatruas das empresas dos barões. A Infraero sabia e a Anac também das falcatruas das empresas. Aliás, tá passando o tempo e ele não demite a diretoria toda da Anac e a famosa charuteira, dona Denise Debocha o povo e a nossa inteligência.
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