Morreu hoje, as 15h15min, meu amigo Conrado. Vou sentir muita falta de sua lucidez, sua conversa culta, seu nonsense. Eu ainda ouço sua voz indignada falando da situação dos professores universitários. Deixou uma carta para avisar os amigos de sua morte. Preparou sua ida. Foi uma honra ter sido nomeada amiga na carta. Faz pouco tempo conversamos por e-mail. Enviou-me os documentos de seus pais atravessando a Europa, fugindo do nazismo. Culto, amante de bons filmes, Conrado fez do Curso de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá uma expressão nacional. Há 20 anos em Maringá, após ter passado por muitos paises e estados do Brasil, veio para cá fundar o curso de odonto. Hoje o curso está entre os 7 cursos melhores do Brasil. Para o Conrado uma poesia:
Motivo da rosa
Não te aflijas com a pétala que voa:também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verá, só de cinzas franzida,mortas, intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos ao longe, o vento vai falando de mim.
E por perder-me é que vão me lembrando, por desfolhar-me é que não tenho fim.
Cecília Meireles
Não te aflijas com a pétala que voa:também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verá, só de cinzas franzida,mortas, intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos ao longe, o vento vai falando de mim.
E por perder-me é que vão me lembrando, por desfolhar-me é que não tenho fim.
Cecília Meireles
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