Preconceito infelicita duas professoras de MS Por Josias de Souza
Nada mais obsceno do que o cérebro. Nada mais patético no ser humano do que a nudez da cabeça. Despido, o encéfalo expõe todas as curvas e reentrâncias do preconceito humano. O que é o preconceito senão a nudez sem Freud?
Em Campo Grande, capital sul-mato-grossense, duas professoras acabam de ser submetidas aos rigores da impudência dos neurônios nus. Trabalhavam numa escola pública rural. Súbito, decidiram saltar do armário. Assumiram um relacionamento homossexual.
Uma foi demitida. Outra, indemissível, foi afastada e posta à disposição da Secretaria de Educação. Aposentou-se. A escola, por municipal, está submetida ao prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho.
Ouvido, Trad Filho disse ter tomado conhecimento do relacionamento das duas professoras por meio de queixas formais. Foram formuladas pela direção da escola, por um professor e por um representante da Associação de Pais e Mestres.
O prefeito diz ter aberto uma sindicância. Durou quatro meses. Descobriu-se, segundo disse, que o relacionamento ocorria na escola. “Esse foi o problema”, alega Trad Filho. “Nós não discriminamos nenhum tipo de preferência sexual, mas dentro do ambiente escolar um relacionamento, tanto hetero quanto homossexual, não seria adequado. Não agimos com preconceito.”
O caso foi parar na Justiça. Primo do prefeito, o advogado José Trad foi contratado pelas professoras, que reivindicam indenização de R$ 250 mil por danos morais. Ele afirma que não houve nenhuma sindicância. Como se vê, não há nudez mais transcendente do que o preconceito.
Nada mais obsceno do que o cérebro. Nada mais patético no ser humano do que a nudez da cabeça. Despido, o encéfalo expõe todas as curvas e reentrâncias do preconceito humano. O que é o preconceito senão a nudez sem Freud?
Em Campo Grande, capital sul-mato-grossense, duas professoras acabam de ser submetidas aos rigores da impudência dos neurônios nus. Trabalhavam numa escola pública rural. Súbito, decidiram saltar do armário. Assumiram um relacionamento homossexual.
Uma foi demitida. Outra, indemissível, foi afastada e posta à disposição da Secretaria de Educação. Aposentou-se. A escola, por municipal, está submetida ao prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho.
Ouvido, Trad Filho disse ter tomado conhecimento do relacionamento das duas professoras por meio de queixas formais. Foram formuladas pela direção da escola, por um professor e por um representante da Associação de Pais e Mestres.
O prefeito diz ter aberto uma sindicância. Durou quatro meses. Descobriu-se, segundo disse, que o relacionamento ocorria na escola. “Esse foi o problema”, alega Trad Filho. “Nós não discriminamos nenhum tipo de preferência sexual, mas dentro do ambiente escolar um relacionamento, tanto hetero quanto homossexual, não seria adequado. Não agimos com preconceito.”
O caso foi parar na Justiça. Primo do prefeito, o advogado José Trad foi contratado pelas professoras, que reivindicam indenização de R$ 250 mil por danos morais. Ele afirma que não houve nenhuma sindicância. Como se vê, não há nudez mais transcendente do que o preconceito.
Um comentário:
Veja, Marta, a gente cansa de denunciar horrores dentro da escola, crianças humilhadas, agredidas verbal e fisicamente, crime de racismo, perseguições, cobranças indevidas, expulsões, etc, etc, e as autoridades não dão a mínima, e essa situação é tida como de máxima importância...Dá para entender?
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