TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

domingo, 6 de junho de 2010

Bazófias fernandianas ...

Arte: do Acir Vidal, que entende de pavão e pavaneios!

Do Josias de Sousa, Folha de São Paulo
FHC: Lula atravessa um ‘surto de ego deslumbrado’
Carol Guedes/Folha
Em artigo veiculado neste domingo (6), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso discorre sobre a política externa de Lula. Dá especial realce ao caso do Irã.



Anota duros ataques a Lula. Classifica de “bazófias presidenciais” a retórica do sucessor, baseada na tese de que “hoje não nos agachamos mais perante o mundo”.

Sustenta que as relações do Brasil com outros países sempre se orientaram por “valores” e pelo “interesse nacional”.

Acusa Lula de recorrer à “demagogia”. Algo que, a seu juízo, “não passa de surto de ego deslumbrado, que desrespeita os fatos e mesmo a dignidade do país”.

Para FHC, tomado pelo histórico de sua Diplomacia, é “natural” que o Brasil “insista em sentar à mesa dos tomadores de decisões globais”.

Pergunta: “Por que a celeuma causada pela tentativa de acordo entre Irã e a comunidade internacional empreendida pelo governo brasileiro?”

Atribui as reações ao acordo nuclear intermediado com o Irã por Brasil e Turquia a dois fatores.

1. “A falta de clareza entre a ação empreendida e os valores fundamentais que orientam nossa política externa”
2. “A forma um tanto retórica e pretensiosa que ela vem assumindo”.

Ao esmiuçar o primeiro tópico, FHC compara o Irã ao Brasil. Escreve que, no caso brasileiro, o país já dispõe de tecnologia para produzir a bomba atômica.

Nem por isso, argumenta FHC, o mundo desconfia que o Brasil vá utilizar os conhecimentos de que dispõe para fins militares.

Leia-se o miolo do artigo de FHC: “Conseguimos, por exemplo, dominar a técnica de foguetes propulsores de satélites (e quem lança satélite pode lançar mísseis)...”

“...Ninguém desconfia, entretanto, de que a utilizaremos para a guerra, até porque obedecemos às regras do acordo internacional que regula a matéria...”.
“Do mesmo modo, dominamos o ciclo completo de enriquecimento do urânio. Mas não cabem dúvidas de que não estamos fazendo a bomba atômica...”

“...Não só porque nossa Constituição proíbe, mas porque inexistem ameaças externas e porque submetemos o enriquecimento do urânio [...] ao duplo controle de um tratado de fiscalização recíproca com a Argentina e da Agência Internacional de Energia Atômica”.

Diferentemente do que ocorre com o Brasil, prossegue FHC, “falta no caso do Irã: a confiabilidade internacional nos propósitos pacíficos do domínio da tecnologia”.
Vem daí, segundo o ex-presidente, a resistência dos EUA ao acordo de Teerã. Ele reproduz um dos argumentos centrais da Casa Branca:

“[...] A quantidade de urânio já disponível [no Irã], mesmo descontada a quantidade a ser remetida para enriquecimento no exterior, permitiria a fabricação da bomba”.

“O xis da questão”, FHC acrescenta, “seria a obtenção pelo Brasil e Turquia de garantias mais efetivas de que tal não acontecerá”.

Acha que, para ser “eficaz”, evitando a imposição de sanções ao Irã, a ação de Lula teria de “desfazer a sensação da maioria da comunidade internacional de que o governo iraniano está ganhando tempo para seguir em seus propósitos nucleares”.

Anota que, nesse ponto, “a retórica dos atores brasileiros parece ter falhado”. E fustiga Lula com ironias que associam o encontro de Teerã à Copa do Mundo:

“O levantar de mãos de Ahmadinejad e Lula, à moda futebolística, e as declarações presunçosas do presidente brasileiro passando a impressão de que havíamos dado um drible nas “grandes potências”, digno de Copa do Mundo...”

“...Reforçaram a sensação de que estaríamos (no que não creio) nos bandeando para o ‘outro lado’. E em política internacional, mais do que em geral, cosi é (se vi pare)”.

“Cosi é (se vi pare)” é o título de uma peça do dramaturgo italiano Luigi Pirandello. Coisa de 1917. Em português, significa “Assim é, se lhe parece”.
Trata-se de uma comédia, na qual Pirandello contrapõe realidade e aparência. O mesmo objetivo do artigo em que o ex-presidente intelectual fustiga o sucessor autodidata.

A exemplo do que fizera em artigos anteriores, FHC sustenta que, também na política externa, sua administração deixou um legado benfazejo. “Políticas que tiveram desdobramentos positivos no atual governo”.

A certa altura, FHC escreve: “No dia em que se publicarem as cartas que dirigi aos chefes de Estado do G-7, ver-se-á que predicávamos desde então maior regulação financeira no plano global e maior controle do FMI e do Banco Mundial pelos países emergentes”.

- Serviço: O artigo de FHC já está disponível no sítio do Zero Hora, que antecipa na web sua edição domingueira. Veja aqui.

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COMENTÁRIO:


A inveja e o narcisismo são primos. Primos também são os tucanos e o PT.

Ah, o FHC quando fala diminui votos do Serra.

Um comentário:

Coyote Archery BR disse...

offtopic
Olá irmã de armas
ELEIÇÕES 2010 - TSE, candidatos deverão apresentar certidão criminal, que será apresentada, no registro da candidatura. O documento será digitalizado e colocado à disposição do eleitor na página do TSE na Internet.
Ainda de acordo com a resolução do TSE terá que ser apresentado também certidões de objeto e pé, com detalhes sobre o andamento de cada processo.
Cara nova no congresso vai divulgar estas informações do TSE.
Quando isto acontecer conto com a sua colaboração
Eleja, não reeleja
Vamos Limpar o congresso
Espero que o TSE não esconda estas informações
Lord
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