TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

domingo, 6 de junho de 2010

PSDB: oposição à Bolívia!


Elio Gaspari (cap-tirado da Gazeta, via Josias de Souza da FSP, inclusive a charge do dalcio).
06/06/2010 - 00h00 (Outros - A Gazeta)

politica@redegazeta.com.br

O tucanato está tonto e zangado


O tucanato está tonto, sem motivo. A prova da falta de rumo está na insistência de José Serra em fazer oposição vigorosa... ao governo da Bolívia. Campanhas presidenciais têm momentos mágicos, como o dia em que Fernando Henrique Cardoso viu eleitores empunhando cédulas do real durante um comício na Bahia. Serra precisa perseguir esses momentos. Ele entrou na disputa com um discurso aveludado, lembrando Tancredo Neves, e em poucas semanas crispou-se, tentando ficar parecido com Fernando Collor.

A perplexidade tucana não tem amparo na realidade. A percentagem de eleitores dispostos a tirar o PT do governo é igual à daqueles que gostariam de votar em Dilma Rousseff. Trata-se apenas de batalhar pelo votos com uma plataforma real, livre de marquetagens. Se perder, paciência.

Em 2008, nos Estados Unidos, o jogo bruto detonou a candidatura de Hillary Clinton, que parecia invencível. Em vez de falar macio, ela e o marido, Bill, decidiram pegar pesado. Ciscaram para fora. Num episódio típico, empurraram Ted Kennedy para o colo de Obama. É verdade que ele namorava a hipótese, mas a gota d’água deu-se quando Bill Clinton disse-lhe: “Esse sujeito nunca fez nada. (...) Ele nos servia café!”. Kennedy ouviu e fechou a conta.

Tanto Serra como Dilma parecem-se mais com madame Clinton do que com o companheiro Obama. O problema de Serra é que Dilma tem Lula ao seu lado. Com estrondos, não ganhará a eleição.
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COMENTÁRIO: O melhor comentário que já li até agora: Os tucanos fazem OPOSIÇÃO .... AO GOVERNO DA BOLÍVIA! RSRSRSRSRSRSSRSRSRRSSR
Por que será?
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Fontes secas
O presidente do Supremo, Cezar Peluso, estabeleceu um padrão capaz de tirar do noticiário as declarações habituais de “fontes do Supremo”. Se depender dele, as únicas fontes da Casa serão os bebedouros.

Cirurgia


O comissariado da Fazenda gostaria de expelir do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, o CRSFN, a cadeira cativa da Secretaria de Comércio Exterior, ligada ao Ministério do Desenvolvimento.

Esse conselho tem oito membros, quatro do governo e quatro das representações empresariais, e compete-lhe julgar, em última instância, as penalidades impostas ao mercado pelo Banco Central e pela CVM.

Desde 2005, quando um procurador da Fazenda foi posto para fora por conta de suas relações com o mensaleiro Marcos Valério, o CRSFN vive longe dos holofotes. Seria bom que retornasse, para que se entenda o motivo da pretendida cirurgia.

Vulgaridade
Carla Bruni, mulher do presidente francês Nicolas Sarkozy, pisou no colchão durante uma conversa banal com Michelle Obama.

Forçando uma intimidade que a companheira não dá a ninguém, La Bruni contou-lhe que, numa ocasião, o casal deixou um chefe de Estado esperando, enquanto concluía uma sessão de saliência, como diria Ancelmo Gois.

Indo além, perguntou se isso já lhe acontecera com Obama. Michelle respondeu com uma negativa sorridente e nervosa.

A história chegou ao ouvido do jornalista Jonathan Alter, que contou o caso em seu livro “The Promise” (“A Promessa”), sobre o primeiro ano de Obama na Casa Branca.

Madame Natasha
Madame Natasha é uma veterana de todas as guerras em defesa do idioma e, vestindo um uniforme do Bope, concedeu mais uma de suas bolsas de estudo ao embaixador de Israel no Brasil, Giora Becher.

Narrando a interceptação da flotilha multinacional que pretendia chegar a Gaza, ele escreveu o seguinte:

“Durante a madrugada de 31 de maio, soldados da Marinha israelense embarcaram em uma frota de seis navios que tentavam violar o bloqueio marítimo em Gaza.”

Ele quis dizer o seguinte:

“Durante a madrugada de 31 de maio, soldados da Marinha israelense abordaram e capturaram uma frota de seis navios que tentavam violar o bloqueio marítimo em Gaza.”
Quem embarcou nos navios foram os militantes da organização Gaza Livre. Os comandos invadiram-nos.

Eremildo, o idiota
Eremildo é um idiota e jura que já viu o filme de um navio tentando chegar a Israel. Em 1947, a organização Aliya Belt, apoiada por combatentes da Haganah, embarcou no porto de Marselha 4.500 judeus que pretendiam entrar ilegalmente na Palestina. O barco chamou-se Exodus.

A Marinha inglesa interceptou o navio, matou três e feriu 30 imigrantes. A viagem terminou no porto de Hamburgo, de onde os judeus foram levados para dois campos de refugiados. Mais tarde, quase todos chegaram a Israel.

A comovente história do Exodus virou romance e, no cinema, Paul Newman viveu o papel de Yossi Harel, o comandante do barco. Ele morreu em 2008, em Jerusalém.

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