Da baixaria moral à baixaria física. Dilma faz tudo para perder, não consegue, o adversário é Serra. Mas podiam defender projetos e idéias. Como, se não têm nenhuma?
Helio Fernandes
Felizmente falta apenas uma semana de campanha, a baixaria não pode ser mais retumbante. Infelizmente, depois de atingir a maior profundidade, moral e eleitoral, partiram para a baixaria física. Lamentável. Vergonhoso. Irresponsável. Repercussão internacional.
A violência jamais ocorre por acaso, sempre é planejada, coordenada e executada. Esse pessoal do PT não consegue compreender duas coisas: 1 – Vão ganhar por falta de adversários, Serra jamais será presidente. 2 – “A violência gera violência, só o amor constrói para a eternidade”.
Se a vantagem de Dilma não fosse irrevogável e indiscutível, atos como esse, de baixaria física, poderiam provocar represálias e interferência no resultado do dia 31.
O próprio Serra apresentou cálculos na televisão, que demonstram a impossibilidade (confessada) de alcançar Dona Dilma. Números mostrados por Serra de papel na mão, portanto confirmados e avaliados por ele mesmo.
Textual de Serra: “No primeiro turno, eu tive 33 milhões de votos, a Marina 20 milhões, total de 53 milhões. Portanto, sobraram 47 milhões para a Dilma, o que prova que o povo brasileiro não queria elegê-la”.
Quanta besteira, Manuel Bandeira. Serra deve ter faltado às aulas de aritmética, que alguns tolos, ou que têm apenas a cultura do Google ou da Wikipédia, chamam de matemática. (Matemática é o todo, aritmética é a parte, que trata apenas dos números).
Se o ex-governador diz publicamente que o povo não quis eleger Dilma, que teve APENAS 47 milhões de votos, como contabilizar a reação do povo em relação ao próprio Serra? Se teve APENAS 33 milhões, como fez o discurso de AGRADECIMENTO, no próprio domingo dia 3, quando se autoglorificou?
Conclusão a respeito dos números exibidos pelo ex-governador. Teve 33 milhões, Dilma 47, qualquer um confirmará que a diferença entre eles é de 14 milhões. Como diminuir essa diferença no dia 31, data irreversível e improrrogável?
Se os eleitores mantiverem as votações do primeiro turno, a diferença continuará nos mesmos 14 milhões. Serra então, partindo dessa confirmação, como poderá alimentar a esperança de vitória?
Lógico, avançando nos 20 milhões que por acaso, descuido, desagrado, desapreço, desesperança ou desengano, foram parar no nome da candidata verde. Não existe outra opção, hipótese ou possibilidade.
Ora, Serra só chegou aos 33 milhões de votos, porque Dona Dilma é frágil, sem carisma, sem competência, não sabe de coisa alguma. Assim, com o mesmo tipo de campanha inútil, inócuo e inoperante, como Serra passará de 33 milhões para 50 milhões.
Até ele tem certeza que precisará ser o “herdeiro” desses 17 milhões que votaram em Marina no primeiro turno. E se não escolheram ele no primeiro turno, porque escolheriam no segundo?
Desculpem: se o ex-governador Serra obtiver 17 milhões dos que votaram em Marina, e se o total desses votantes chegou a 20 milhões, ficarão vagando por aí, 3 milhões. Serra terá que obter mais 1 milhão e meio, deixando para Dilma outro 1 milhão e meio. Teremos um final “eletrizante”, como gostam de dizer os comentaristas esportivos.
Mas com essa repetência e rendundância da mediocridade, como Serra convencerá o povo, de que é o melhor? Qualquer um é melhor do que Dona Dilma. Não por ela, mas por ser tida, havida e reconhecida como “candidata-poste” de um homem que tem credenciais nesse tipo de “fincar poste”, de 1989 a 2002.
E Serra, o que tem mostrado ou o que reservou para mostrar nesses últimos dias de campanha? Perdeu em 2002 com o próprio partido querendo retirar sua candidatura, o que mostrará ao cidadão-contribuinte-eleitor? Só MENTIRAS, mas nisso, não ganha de Dona Dilma. Ela MENTE tanto quando ele e há mais tempo.
Além de se “refugiar” (como a própria Dilma) no “Triângulo das Bermudas”, (Educação, Saúde e Segurança), sua contribuição “social” se fixa também em três itens: 1 – Manter e melhorar a Bolsa-Família, que sempre criticou. 2 – Aumentar o salário mínimo para 600 reais. 3 – 13º salário para os “bolsistas” e mais 10 por cento para os aposentados. (oinc)
Ora, Serra foi candidato a presidente em 2002 e não se lembrou de nada disso? Nem pode dizer que a situação do país e dos trabalhadores era melhor, não era mesmo.
Na campanha do ex-governador é visível o descontentamento com a volta de “FHC a reboque”. E o ex-presidente aparece também num constrangimento comprometedor, fica sempre “lá atrás”, quase “não sai na foto”.
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PS – O descontentamento no PSDB é enorme, os “grandes” do partido foram devastados por Lula. Entre esses, o ainda presidente, derrotadíssimo, e os últimos que dirigiram o PSDB.
PS2 – Nenhuma satisfação em proclamar a vitória de Dona Dilma. Que não ganhará com o meu voto, NULO no segundo turno, como aconteceu no primeiro.
PS3 – Sempre concluí, desde 2002, que Serra jamais seria presidente. Mas confesso que não imaginava que esse título fosse para Dona Erenice, perdão, Dona Erenice era apenas o braço direito.
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COMENTÁRIO:
Muito interessante este texto do Hélio Fernandes. Falou tudo do Zé Serra e cia. Os três componentes sociais do Serra são dignos de piada. Repete o PT. Qual é mesmo o programa dos tucanos?
Um comentário:
CONCORDO PROFESSORA!!!
UM GRANDE ABRAÇO
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