Em um cinema de Porto Ferreira, com 15 anos de idade assisti Terra em Transe. Nem sabia quem eram os atores. Uma amiga mais velha disse-me que Glauber Rocha era o "cara". No cinema apenas 4 ou 5 pessoas. Afinal, era um filme "brasileiro". Mais tarde, conheci Paulo Autran. Em 1978 ou 79 assisti uma peça com ele em São Paulo. Do palco vinha uma força terrível, palavras que lhe tocavam, movimentavam sua respiração. Sensações e sentimentos que lhe retiravam do cotidiano.
Poucos homens, creio que somente os mais ligados a arte morrem trabalhando, morrem sentindo vitalidade. Ainda mais em um país idiotizado como o nosso. Salve, Autran!
Guardei esta foto da UOL faz alguns meses. Foi feita no início de 2007 para a comemoração da peça O avarento, de Molière, que Autran fazia. Tinha lido um belo artigo sobre pessoas que trabalham até mais velhas com a vitalidade e entusiasmo do primeiro dia, de um psicanalista. Acabei não postando por falta de tempo. Como o tempo passa e vida também....
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