TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Amigos....


Leia dois livros e me ligue amanhã de meu amigo José de Arimatéia, Londrina http://www.ump.edu.br/metro/


Para formar uma boa idéia sobre qualquer assunto, é recomendável uma prévia leitura bem ampla
Muitos passam os olhos nas manchetes dos jornais e dizem que estão bem informados. Não é à toa que, nas enquetes de rua, vemos pontos de vista frágeis, tautológicos, autocontraditórios e freqüentemente erguidos em cima de argumentos veiculados na mídia.
Como a mídia é um veleiro sob os caprichos de Bóreas, é recomendável que, para construir uma sólida opinião ou conceito, leia-se muito mais. Tomemos o tema "Medicina e Saúde", por exemplo, sempre na moda.
As idéias de outros leitores do mundo, cada qual em seu contexto, fornecem um panorama mais completo e melhor alicerçado ao leitor.
Sugestões: comece com "Aforismos", de Hipócrates – o Pai da matéria. Depois, "Hildegarde de Bingen – a consciência inspirada do século XII", de Régine Pernoud. Hildegarde foi a autora dos dois únicos tratados de Medicina do século XII.
Depois, é imprescindível ler Molière. Há vários textos, mas "O Doente Imaginário" é um bom representante da crítica que o autor fazia da Medicina do seu tempo. Não foi o único. Mas a história do hipocondríaco Argan pode fazer eco em muitas consciências do terceiro milênio.
Inclua Mary Shelley e o Dr. Victor. Num tempo em que a energia elétrica ainda tinha pouco de seu potencial conhecido, ela parecia capaz até de trazer vida à matéria morta – mas ao invés disso criou um monstro. Em bom português, leia "O Alienista", do mestre Machado. O leitor pára de rir quando percebe que a coisa era muito séria. E vai torcer para não topar com nenhum Simão Bacamarte por aí.
Nem só de críticas, claro, vivem os médicos. No século XX, temos dois importantes escritores médicos ("ou médicos escritores?", sussurra Brás Cubas no meu ouvido, cínico!). Pedro Nava deixa entrever seu conhecimento anatômico na descrição de seus personagens, desenhando-os antes. Além dele, o conterrâneo e contemporâneo Guimarães Rosa, que aliás - em seu discurso de formatura - defendeu a classe dos ataques de Molière.
Leia. Esta receita eu posso prescrever, sem praticar exercício irregular da profissão

2 comentários:

Anônimo disse...

É SEU NAMORADO?

Anônimo disse...

Você fala muito deste Arimatéia ai tem.

Braziu!

Braziu!

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