Do Blog do Noblat
deu no correio braziliense
Um passeio em Dubai
Com dinheiro do Senado, Magno Malta e assessor aproveitam viagem à Índia para esticar quatro dias nos Emirados Árabes
De Leandro Colon:
O senador Magno Malta (PR-ES) e o assessor José Augusto Santana passaram quatro dias de folga em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, numa viagem oficial autorizada apenas para a Índia. Presidente da CPI da Pedofilia, Magno Malta apresentou um requerimento no ano passado para viajar pelo Senado a Hyderabad, na Índia, onde participaria de um fórum sobre o combate à pornografia infantil entre 3 e 6 de dezembro. O senador e o servidor conseguiram autorização para receber diárias de 1 a 8 daquele mês. No total, R$ 7,2 mil foram depositados na conta de cada um.
O Correio teve acesso aos bilhetes aéreos do senador e do assessor. No dia 6, os dois deixaram a Índia e deveriam fazer uma escala em Dubai, onde não tinham agenda oficial, para seguir no mesmo dia ao Brasil. Mas ficaram na cidade até o dia 10, quando regressaram no voo 261 em classe executiva pela empresa Emirates. À reportagem, Malta informou que só soube por seu assessor, durante a estadia na Índia, que não teria vaga num voo de Dubai para o Brasil no dia 6 por causa do atentado na Índia ocorrido 10 dias antes. “Eu sai de Hyderabad, fui informado pelo Augusto que estava faltando voo e fiquei em Dubai”, disse, garantindo que não tinha ciência desse cenário antes de deixar o Brasil.
O problema é que um ofício, que repousa na Diretoria-Geral, revela que o servidor teria programado a esticada em Dubai com antecedência. A cidade é considerada hoje o principal ponto turístico do Oriente Médio. José Augusto Santana protocolou um ofício, de número 392/08, ao então diretor-geral, Agaciel Maia, em 25 de novembro, pedindo autorização para usar o telefone celular do Senado no fórum indiano entre 2 a 7 de dezembro e de “7 a 10 em Dubai/Emirados Árabes”. O senador afirma que se mostrou surpreso com a atitude do assessor. “Eu não sabia e não vou julgá-lo por isso.” O servidor não quis comentar o assunto. “Não tenho que dar satisfação.”
Uma passagem entre Brasil e Índia, ida e volta em classe executiva pela mesma empresa, custa cerca de R$ 17 mil. O Senado pagou diárias de dois dias deles em Dubai, entre 6 e 8 de dezembro. Os demais, 9 e 10, teriam sido custeados pelos dois. Malta disse que não vê problema em ter passado quatro dias numa cidade turística mesmo não tendo qualquer compromisso oficial pela CPI. “Eu fiquei no hotel, dei uma volta, não sei falar inglês. Peguei um táxi para ver a cidade”, disse. “Não cometi indignidade nem usei dinheiro para passear”, afirmou. Na semana passada, o Correio revelou uma crise política dentro da CPI. O relator, Demostenes Torres (DEM-GO), tem criticado as viagens feitas por Malta e dois assessores. O trio já gastou R$ 200 mil em diárias e passagens. Assinante do jornal leia mais em: Um passeio em Dubai
Um passeio em Dubai
Com dinheiro do Senado, Magno Malta e assessor aproveitam viagem à Índia para esticar quatro dias nos Emirados Árabes
De Leandro Colon:
O senador Magno Malta (PR-ES) e o assessor José Augusto Santana passaram quatro dias de folga em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, numa viagem oficial autorizada apenas para a Índia. Presidente da CPI da Pedofilia, Magno Malta apresentou um requerimento no ano passado para viajar pelo Senado a Hyderabad, na Índia, onde participaria de um fórum sobre o combate à pornografia infantil entre 3 e 6 de dezembro. O senador e o servidor conseguiram autorização para receber diárias de 1 a 8 daquele mês. No total, R$ 7,2 mil foram depositados na conta de cada um.
O Correio teve acesso aos bilhetes aéreos do senador e do assessor. No dia 6, os dois deixaram a Índia e deveriam fazer uma escala em Dubai, onde não tinham agenda oficial, para seguir no mesmo dia ao Brasil. Mas ficaram na cidade até o dia 10, quando regressaram no voo 261 em classe executiva pela empresa Emirates. À reportagem, Malta informou que só soube por seu assessor, durante a estadia na Índia, que não teria vaga num voo de Dubai para o Brasil no dia 6 por causa do atentado na Índia ocorrido 10 dias antes. “Eu sai de Hyderabad, fui informado pelo Augusto que estava faltando voo e fiquei em Dubai”, disse, garantindo que não tinha ciência desse cenário antes de deixar o Brasil.
O problema é que um ofício, que repousa na Diretoria-Geral, revela que o servidor teria programado a esticada em Dubai com antecedência. A cidade é considerada hoje o principal ponto turístico do Oriente Médio. José Augusto Santana protocolou um ofício, de número 392/08, ao então diretor-geral, Agaciel Maia, em 25 de novembro, pedindo autorização para usar o telefone celular do Senado no fórum indiano entre 2 a 7 de dezembro e de “7 a 10 em Dubai/Emirados Árabes”. O senador afirma que se mostrou surpreso com a atitude do assessor. “Eu não sabia e não vou julgá-lo por isso.” O servidor não quis comentar o assunto. “Não tenho que dar satisfação.”
Uma passagem entre Brasil e Índia, ida e volta em classe executiva pela mesma empresa, custa cerca de R$ 17 mil. O Senado pagou diárias de dois dias deles em Dubai, entre 6 e 8 de dezembro. Os demais, 9 e 10, teriam sido custeados pelos dois. Malta disse que não vê problema em ter passado quatro dias numa cidade turística mesmo não tendo qualquer compromisso oficial pela CPI. “Eu fiquei no hotel, dei uma volta, não sei falar inglês. Peguei um táxi para ver a cidade”, disse. “Não cometi indignidade nem usei dinheiro para passear”, afirmou. Na semana passada, o Correio revelou uma crise política dentro da CPI. O relator, Demostenes Torres (DEM-GO), tem criticado as viagens feitas por Malta e dois assessores. O trio já gastou R$ 200 mil em diárias e passagens. Assinante do jornal leia mais em: Um passeio em Dubai
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