Do Leonardo Ferrari, Curitiba
“Que pena! Se o Haiti fosse um banco…”
Fonte: Steve Bell in The Guardian, 15/1/2010.
O pior não foi ser a “pérola” das Antilhas no século XVIII, às custas da escravidão horrorosa de mais de 800.000 negros cativos trazidos da África pelos franceses e do desflorestamento massivo do país em nome do lucro; o pior não foi a “descoberta” de Colombo em 1492, trazendo espanhóis ávidos de ganho para “la isla española”; o pior não foi a Revolução Francesa não ter chegado ali; o pior não foi a independência em primeiro de janeiro de 1804 – não foi um ano novo; o pior não foi pagar as enormes “reparações” durante quase um século exigidas pela iluminada França até 1947; o pior não foi o golpe de 1957 dado pelo fascínora François “Papa Doc” Duvalier, com seus inomináveis “Tonton Macoutes”, perversos canalhas travestidos de zumbis; o pior não foi o filhinho do papai, Jean-Claude Duvalier, “Baby Doc” ter matado, estuprado e torturado mais de 60.000 haitianos; o pior não foi pai e filho terem conta na Suíça com mais de 900 milhões de dólares desviados de contratos com multinacionais boazinhas; o pior de tudo foi não terem construído um banco em vez de um país. Se o Haiti fosse um banco, hoje ele estaria salvo. Pena.
Fonte: os dados sobre o Haiti foram retirados da reportagem de Jon Henley, “Haiti: a long descent to hell”, publicada in The Guardian, 15/1/2010.
“Que pena! Se o Haiti fosse um banco…”
Fonte: Steve Bell in The Guardian, 15/1/2010.
O pior não foi ser a “pérola” das Antilhas no século XVIII, às custas da escravidão horrorosa de mais de 800.000 negros cativos trazidos da África pelos franceses e do desflorestamento massivo do país em nome do lucro; o pior não foi a “descoberta” de Colombo em 1492, trazendo espanhóis ávidos de ganho para “la isla española”; o pior não foi a Revolução Francesa não ter chegado ali; o pior não foi a independência em primeiro de janeiro de 1804 – não foi um ano novo; o pior não foi pagar as enormes “reparações” durante quase um século exigidas pela iluminada França até 1947; o pior não foi o golpe de 1957 dado pelo fascínora François “Papa Doc” Duvalier, com seus inomináveis “Tonton Macoutes”, perversos canalhas travestidos de zumbis; o pior não foi o filhinho do papai, Jean-Claude Duvalier, “Baby Doc” ter matado, estuprado e torturado mais de 60.000 haitianos; o pior não foi pai e filho terem conta na Suíça com mais de 900 milhões de dólares desviados de contratos com multinacionais boazinhas; o pior de tudo foi não terem construído um banco em vez de um país. Se o Haiti fosse um banco, hoje ele estaria salvo. Pena.
Fonte: os dados sobre o Haiti foram retirados da reportagem de Jon Henley, “Haiti: a long descent to hell”, publicada in The Guardian, 15/1/2010.
Um comentário:
JURANDIR LIMA - CURITIBA
Concordo plenamente, plincpalmente com o trecho: O Haiti fosse um banco, hoje ele estaria salvo.
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