Mavi Marmara sendo atacado por comandos de Israel
Istambul. Manifestação ontem
Manifestação
Manifestação
Iara Lee
PALESTINA
Israel ataca navio e mata ativistas
Um navio turco cheio de ativista, 700, inclusive uma brasileira, sob o pretexto de ajuda humanitária, tentavam chegar com suprimentos em Gaza, quando foram abordados por comandos israelitas. Resultaram mortos nove ativistas pró-palestinos. Como o navio estava sem armas e em missão pacífica, o mundo inteiro, está acusando Israel de terrorismo de estado. O Conselho de Segurança da ONU se reuniu para condenar Israel. A suspeita de ter sido um golpe político de Ahmadinejad e o Hamas, para enfraquecer politicamente Israel e os EUA
Foto:El Pais
Por Toinho de Passira
Fontes: Reuters, Aljazeera, El Pais, O Globo, The New York Times, G1, RTP
Não vamos defender Israel, não gostamos da morte de inocentes, mesmo quando são idiotas, mas vamos expressar nossa opinião numa visão geral do conflito. Vamos aos fatos:
Claro que essa história não poderia acabar bem. Um navio turco cheio de ativista, sobre o pretexto de ajuda humanitária a Gaza, navegando numa área controlada pela marinha israelense, sem prévio acordo com Israel, deseja chegar a faixa de Gaza pelo mar e acaba sofrendo uma invasão dos fuzileiros navais israelenses e nove ativistas pró-palestinos morreram, deflagrando uma crise diplomática internacional.
Países europeus, assim como a ONU, a Turquia e o Brasil, expressaram indignação com o final violento à tentativa dos ativistas internacionais de furar o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza.
Foto: El Pais
O translatantico “Mavi Marmara” saindo da Turquia com os 700 ativistas em direção a faixa de Gaza
A Marinha israelense deteve seis navios transportando 700 pessoas e 10 mil toneladas de suprimentos para o enclave palestino governado por islâmicos.
A Turquia acusou Israel de "terrorismo" em águas internacionais e o Conselho de Segurança da ONU preparava uma reunião de emergência. Em Washington, no entanto, os EUA disseram apenas lamentar a perda de vidas e que analisavam a "tragédia".
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que estava no Canadá e manifestou apoio total à operação da Marinha, voltou mais cedo de uma visita à América do Norte que deveria terminar na terça-feira com uma reunião na Casa Branca com o presidente dos EUA, Barack Obama.
Netanyahu defendeu a ação de seu país: "Eles (forças de Israel) foram cercados, foram atacados, houve inclusive um relato de fogo de artilharia. E nossos soldados se defenderam".
O encontro dele com Obama parecia ter como objetivo melhorar os laços entre EUA e Israel, prejudicados pelas diferenças sobre as negociações recentemente reabertas com os palestinos. Mas Obama também precisa pesar o apoio a Israel, popular entre os eleitores norte-americanos, com a compreensão da Turquia e de outros aliados muçulmanos dos EUA.
Enquanto as embarcações estrangeiras capturadas eram conduzidas ao porto de Ashdod, em Israel, as notícias sobre a operação -- ocorrida a cerca de 120 quilômetros em pleno Mediterrâneo, antes do alvorecer -- eram incompletas. Os fuzileiros navais invadiram o navio a partir de escaleres e de helicópteros.
Foto: El Pais
Ativista, do navio, ferido sendo socorrido em Israel
Autoridades da Defesa de Israel disseram que 10 ativistas morreram no Mavi Marmara, o cruzeiro turco que levava 581 pessoas a bordo, depois de os soldados terem sido atacados, incluindo com armas que os ativistas tomaram dos que invadiram o navio. Sete soldados e 20 manifestantes ficaram feridos, afirmaram os militares.
Israel impôs um bloqueio de comunicação aos que estavam a bordo do comboio e outros relatos não estavam disponíveis. Autoridades consulares estavam em Ashdod procurando ter acesso aos estrangeiros detidos.
Não estava claro quem eram as vítimas. Um oficial naval israelense afirmou que a maior parte dos mortos é formada por turcos. No comboio também estariam norte-americanos, israelenses, palestinos, muitos europeus e a brasileira Iara Lee.
Foto: EL Pais
Em vários países do mundo houve protestos contra Israel
A violência gerou protestos de rua e a ira do governo na Turquia, que por muito tempo foi o único aliado muçulmano de Israel na região.
O primeiro-ministro Tayyip Erdogan -- cujos pontos de vista islâmicos e estendidas de mão ao Irã e a outros inimigos de Israel são responsabilizados por muitos em Israel pela deterioração nas relações -- disse, antes de abreviar uma viagem ao Chile: "Essa ação, totalmente contrária aos princípios da lei internacional, é um desumano terrorismo de Estado."
O governo brasileiro expressou "choque e consternação" com o ataque e chamará o embaixador israelense no Brasil para manifestar "indignação" com o incidente.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse: "O que Israel cometeu a bordo da Flotilha da Liberdade foi um massacre". Parece improvável que ele prossiga com as conversações de paz mediadas pelos EUA por enquanto.
O vice-ministro das Relações Exteriores israelense, Danny Ayalon, culpou os ativistas pela violência e os chamou de aliados dos inimigos islâmicos de Israel Hamas e Al Qaeda. Caso tivessem passado, afirmou ele, teriam aberto uma rota de tráfico de armas para Gaza.
Ele rejeitou as acusações de que Israel tenha ferido a lei internacional ao entrar em navios estrangeiros que estavam longe de suas águas territoriais.
Um vídeo do comboio mostrou um comando descendo em uma corda e lutando com um homem que segurava um bastão, que depois parecia tentar esfaquear o fuzileiro naval. Imagens militares feitas à noite pareciam mostrar dezenas de pessoas aglomerando-se em torno de grupos menores de fuzileiros navais, mas não parecia mostrar a morte dos ativistas.
Um soldado disse a jornalistas que foi atacado com barras de metal e facas quando desceu de um helicóptero para o navio por volta das 4h (22h de domingo, no horário de Brasília). Alguns ativistas, falando em árabe, tentaram tomar fuzileiros navais como reféns, segundo ele.
Acreditamos que o Hamas, o Irã com o apoio da Turquia, usaram esses ativistas como bucha de canhão, com vários objetivos:
fragilizar a política de controle de Israel na faixa de Gaza e contra o Hamas; tirar momentaneamente Ahmadinejad do foco da pressão internacional; dificultar a atuação dos USA no conselho de segurança da ONU, na tentativa de conseguir restrições contra o Irã; por fim, criar uma situação internacional desfavorável contra Israel, para evitar que os judeus ataquem alvos dentro do Irã, para destruir as usinas nucleares, onde se prepara a bomba atômica iraniana.
Sabe-se que o Irã financia os terroristas do Hamas para atacar Israel e os judeus, escaldados com ataques suicidas, carros bombas e ataques de foguetes iranianos vindos da faixa de Gaza, castiga coletivamente todos os residentes na região.
Iara Lee, a cineasta brasileira que causou tanto tanto furor no Itamarati, está bem, informou as autoridades de Israel, tem ascendência coreana, é fundadora da “Caipirinha Foundation”, que apoia projetos a favor da paz e da justiça pelo mundo.
Como cineasta fez alguns documentários e curtas, morou no Líbano e no Irã, onde ao que parece não participou de nenhum protesto, contra os enforcamentos de ativista da oposição. No último contato, Iara disse a uma sua amiga a professora da USP Arlene Clemesha, que os tripulantes do navio dos pacifistas, já estavam tentando planejar "alguma estratégia" para o caso de serem atacados.
"Ela falou que há idosos e crianças nas embarcações. E que uma ideia seria tentar empurrar os soldados israelenses para o mar".
Como se vê isso tinha tudo para não acabar bem, e não acabou.
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*Usamos como base o texto da Reuters, suprimido em parte e acrescido de comentários colhidos nas outras fontes
PALESTINA
Israel ataca navio e mata ativistas
Um navio turco cheio de ativista, 700, inclusive uma brasileira, sob o pretexto de ajuda humanitária, tentavam chegar com suprimentos em Gaza, quando foram abordados por comandos israelitas. Resultaram mortos nove ativistas pró-palestinos. Como o navio estava sem armas e em missão pacífica, o mundo inteiro, está acusando Israel de terrorismo de estado. O Conselho de Segurança da ONU se reuniu para condenar Israel. A suspeita de ter sido um golpe político de Ahmadinejad e o Hamas, para enfraquecer politicamente Israel e os EUA
Foto:El Pais
Por Toinho de Passira
Fontes: Reuters, Aljazeera, El Pais, O Globo, The New York Times, G1, RTP
Não vamos defender Israel, não gostamos da morte de inocentes, mesmo quando são idiotas, mas vamos expressar nossa opinião numa visão geral do conflito. Vamos aos fatos:
Claro que essa história não poderia acabar bem. Um navio turco cheio de ativista, sobre o pretexto de ajuda humanitária a Gaza, navegando numa área controlada pela marinha israelense, sem prévio acordo com Israel, deseja chegar a faixa de Gaza pelo mar e acaba sofrendo uma invasão dos fuzileiros navais israelenses e nove ativistas pró-palestinos morreram, deflagrando uma crise diplomática internacional.
Países europeus, assim como a ONU, a Turquia e o Brasil, expressaram indignação com o final violento à tentativa dos ativistas internacionais de furar o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza.
Foto: El Pais
O translatantico “Mavi Marmara” saindo da Turquia com os 700 ativistas em direção a faixa de Gaza
A Marinha israelense deteve seis navios transportando 700 pessoas e 10 mil toneladas de suprimentos para o enclave palestino governado por islâmicos.
A Turquia acusou Israel de "terrorismo" em águas internacionais e o Conselho de Segurança da ONU preparava uma reunião de emergência. Em Washington, no entanto, os EUA disseram apenas lamentar a perda de vidas e que analisavam a "tragédia".
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que estava no Canadá e manifestou apoio total à operação da Marinha, voltou mais cedo de uma visita à América do Norte que deveria terminar na terça-feira com uma reunião na Casa Branca com o presidente dos EUA, Barack Obama.
Netanyahu defendeu a ação de seu país: "Eles (forças de Israel) foram cercados, foram atacados, houve inclusive um relato de fogo de artilharia. E nossos soldados se defenderam".
O encontro dele com Obama parecia ter como objetivo melhorar os laços entre EUA e Israel, prejudicados pelas diferenças sobre as negociações recentemente reabertas com os palestinos. Mas Obama também precisa pesar o apoio a Israel, popular entre os eleitores norte-americanos, com a compreensão da Turquia e de outros aliados muçulmanos dos EUA.
Enquanto as embarcações estrangeiras capturadas eram conduzidas ao porto de Ashdod, em Israel, as notícias sobre a operação -- ocorrida a cerca de 120 quilômetros em pleno Mediterrâneo, antes do alvorecer -- eram incompletas. Os fuzileiros navais invadiram o navio a partir de escaleres e de helicópteros.
Foto: El Pais
Ativista, do navio, ferido sendo socorrido em Israel
Autoridades da Defesa de Israel disseram que 10 ativistas morreram no Mavi Marmara, o cruzeiro turco que levava 581 pessoas a bordo, depois de os soldados terem sido atacados, incluindo com armas que os ativistas tomaram dos que invadiram o navio. Sete soldados e 20 manifestantes ficaram feridos, afirmaram os militares.
Israel impôs um bloqueio de comunicação aos que estavam a bordo do comboio e outros relatos não estavam disponíveis. Autoridades consulares estavam em Ashdod procurando ter acesso aos estrangeiros detidos.
Não estava claro quem eram as vítimas. Um oficial naval israelense afirmou que a maior parte dos mortos é formada por turcos. No comboio também estariam norte-americanos, israelenses, palestinos, muitos europeus e a brasileira Iara Lee.
Foto: EL Pais
Em vários países do mundo houve protestos contra Israel
A violência gerou protestos de rua e a ira do governo na Turquia, que por muito tempo foi o único aliado muçulmano de Israel na região.
O primeiro-ministro Tayyip Erdogan -- cujos pontos de vista islâmicos e estendidas de mão ao Irã e a outros inimigos de Israel são responsabilizados por muitos em Israel pela deterioração nas relações -- disse, antes de abreviar uma viagem ao Chile: "Essa ação, totalmente contrária aos princípios da lei internacional, é um desumano terrorismo de Estado."
O governo brasileiro expressou "choque e consternação" com o ataque e chamará o embaixador israelense no Brasil para manifestar "indignação" com o incidente.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse: "O que Israel cometeu a bordo da Flotilha da Liberdade foi um massacre". Parece improvável que ele prossiga com as conversações de paz mediadas pelos EUA por enquanto.
O vice-ministro das Relações Exteriores israelense, Danny Ayalon, culpou os ativistas pela violência e os chamou de aliados dos inimigos islâmicos de Israel Hamas e Al Qaeda. Caso tivessem passado, afirmou ele, teriam aberto uma rota de tráfico de armas para Gaza.
Ele rejeitou as acusações de que Israel tenha ferido a lei internacional ao entrar em navios estrangeiros que estavam longe de suas águas territoriais.
Um vídeo do comboio mostrou um comando descendo em uma corda e lutando com um homem que segurava um bastão, que depois parecia tentar esfaquear o fuzileiro naval. Imagens militares feitas à noite pareciam mostrar dezenas de pessoas aglomerando-se em torno de grupos menores de fuzileiros navais, mas não parecia mostrar a morte dos ativistas.
Um soldado disse a jornalistas que foi atacado com barras de metal e facas quando desceu de um helicóptero para o navio por volta das 4h (22h de domingo, no horário de Brasília). Alguns ativistas, falando em árabe, tentaram tomar fuzileiros navais como reféns, segundo ele.
Acreditamos que o Hamas, o Irã com o apoio da Turquia, usaram esses ativistas como bucha de canhão, com vários objetivos:
fragilizar a política de controle de Israel na faixa de Gaza e contra o Hamas; tirar momentaneamente Ahmadinejad do foco da pressão internacional; dificultar a atuação dos USA no conselho de segurança da ONU, na tentativa de conseguir restrições contra o Irã; por fim, criar uma situação internacional desfavorável contra Israel, para evitar que os judeus ataquem alvos dentro do Irã, para destruir as usinas nucleares, onde se prepara a bomba atômica iraniana.
Sabe-se que o Irã financia os terroristas do Hamas para atacar Israel e os judeus, escaldados com ataques suicidas, carros bombas e ataques de foguetes iranianos vindos da faixa de Gaza, castiga coletivamente todos os residentes na região.
Iara Lee, a cineasta brasileira que causou tanto tanto furor no Itamarati, está bem, informou as autoridades de Israel, tem ascendência coreana, é fundadora da “Caipirinha Foundation”, que apoia projetos a favor da paz e da justiça pelo mundo.
Como cineasta fez alguns documentários e curtas, morou no Líbano e no Irã, onde ao que parece não participou de nenhum protesto, contra os enforcamentos de ativista da oposição. No último contato, Iara disse a uma sua amiga a professora da USP Arlene Clemesha, que os tripulantes do navio dos pacifistas, já estavam tentando planejar "alguma estratégia" para o caso de serem atacados.
"Ela falou que há idosos e crianças nas embarcações. E que uma ideia seria tentar empurrar os soldados israelenses para o mar".
Como se vê isso tinha tudo para não acabar bem, e não acabou.
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*Usamos como base o texto da Reuters, suprimido em parte e acrescido de comentários colhidos nas outras fontes
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COMENTÁRIO:
SÃO MUITAS AS NOTÍCIAS. MAS UM ARGUMENTO NÃO PODE SE PERDER DE VISTA. Atacar ativistas ligados à ajuda com alimentos e não armas ... é o fim!
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