Enviado pelo Joao Cape
Grata!
Assim é fácil…
por Paulo Daniel
por Paulo Daniel
Ontem o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), fez uma aula inaugural, praxe adotada pelos últimos governadores em início de mandato, foi a uma escola particular de alta tradição, localizada em uma das regiões, Jardim Paulista, mais ricas da capital paulista, cuja mensalidade de R$ 1.750, em alguns casos, não chega a ser um salário de um professor da rede pública paulista.
A sala de aula não está se quer perto dos sonhos da melhor escola estadual, com ar condicionado, data show, lousa digital e alunos(as) devidamente comportados(as) e com alto interesse no assunto.
A pergunta é: por que Alckmin sequer compareceu em uma escola estadual para sua aula inaugural? Qual o receio?
Talvez o receio deva ser visualizar o descaso como a educação pública pelo menos nos últimos 20 anos, ou seja, praticamente uma geração, é tratada no estado de São Paulo.
Ou quem sabe a “vergonha” de observar as salas de aula completamente lotadas com mais de 60 alunos, ou até mesmo, encontrar as “famosas” cartilhas implementadas na educação pública, diga-se de passagem, de péssima qualidade, em que o professor passa a ser um mero aplicador. Com isso, a escola perde a sua autonomia.
A educação é a porta para o futuro, cada vez mais estamos vivendo a sociedade do conhecimento. E essa sociedade está começando completamente desigual, basta observar as melhores escolas particulares e as melhores escolas públicas. Desigualdade essa, que irá refletir nas oportunidades futuras.
Além do que, um fato pouco destacado é o alto índice de violência nas escolas, não somente na saída ou entrada dos alunos, mas sim, contra professores. Desde a década de 90, os professores têm enfrentado o crescimento da violência dentro das escolas.
O que se chamava de indisciplina passou repentinamente a ter um caráter de agressão. Quem sabe essa agressão seja derivada do abandono dos prédios e das estruturas escolares, da falta de valorização dos professores.
Portanto, Alckmin ao preferir ir a uma escola privada ao invés de uma escola pública, tenha os seus motivos, que estão explicitados nas realidades sociais de alunos, pais e professores; não enfrentá-los pode nos sinalizar a poda da esperança, do sonho, da igualdade de oportunidades e da construção da cidadania.
Paulo Daniel
Paulo Daniel, economista, mestre em economia política pela PUC-SP, professor de economia e editor do Blog Além de economia.
A sala de aula não está se quer perto dos sonhos da melhor escola estadual, com ar condicionado, data show, lousa digital e alunos(as) devidamente comportados(as) e com alto interesse no assunto.
A pergunta é: por que Alckmin sequer compareceu em uma escola estadual para sua aula inaugural? Qual o receio?
Talvez o receio deva ser visualizar o descaso como a educação pública pelo menos nos últimos 20 anos, ou seja, praticamente uma geração, é tratada no estado de São Paulo.
Ou quem sabe a “vergonha” de observar as salas de aula completamente lotadas com mais de 60 alunos, ou até mesmo, encontrar as “famosas” cartilhas implementadas na educação pública, diga-se de passagem, de péssima qualidade, em que o professor passa a ser um mero aplicador. Com isso, a escola perde a sua autonomia.
A educação é a porta para o futuro, cada vez mais estamos vivendo a sociedade do conhecimento. E essa sociedade está começando completamente desigual, basta observar as melhores escolas particulares e as melhores escolas públicas. Desigualdade essa, que irá refletir nas oportunidades futuras.
Além do que, um fato pouco destacado é o alto índice de violência nas escolas, não somente na saída ou entrada dos alunos, mas sim, contra professores. Desde a década de 90, os professores têm enfrentado o crescimento da violência dentro das escolas.
O que se chamava de indisciplina passou repentinamente a ter um caráter de agressão. Quem sabe essa agressão seja derivada do abandono dos prédios e das estruturas escolares, da falta de valorização dos professores.
Portanto, Alckmin ao preferir ir a uma escola privada ao invés de uma escola pública, tenha os seus motivos, que estão explicitados nas realidades sociais de alunos, pais e professores; não enfrentá-los pode nos sinalizar a poda da esperança, do sonho, da igualdade de oportunidades e da construção da cidadania.
Paulo Daniel
Paulo Daniel, economista, mestre em economia política pela PUC-SP, professor de economia e editor do Blog Além de economia.
**************************************
por Tathiana Barbar
Apu Gomes/Folhapress
Após campanha que teve a crítica à qualidade do ensino público como tema central, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) escolheu uma escola particular para ministrar a primeira aula inaugural de seu mandato, informa a repórter Daniela Lima.
Alckmin conversou ontem por quase uma hora com turmas do terceiro ano do ensino médio do colégio Dante Alighieri, cuja mensalidade é de R$ 1.751.
A aula foi em um auditório com ar condicionado e o governador usou um datashow --sistema digital de projeção. Depois, foi apresentado a uma das 110 lousas digitais do colégio.
A palestra do governador teve desde um relato sobre escolas e faculdades técnicas do Estado --nas quais cerca de 70% dos alunos vieram de escolas públicas-- até uma imitação do ex-governador Paulo Maluf.
Ele também usou o diploma de medicina para entreter a plateia. Detalhou a função das ilhotas de Lungerhans -células do pâncreas que produzem insulina. E emendou uma piada: "E o aluno, [na prova] não teve dúvidas. "Onde ficam as ilhotas de Langerhans?". "No oceano Pacífico'", disse.
Após campanha que teve a crítica à qualidade do ensino público como tema central, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) escolheu uma escola particular para ministrar a primeira aula inaugural de seu mandato, informa a repórter Daniela Lima.
Alckmin conversou ontem por quase uma hora com turmas do terceiro ano do ensino médio do colégio Dante Alighieri, cuja mensalidade é de R$ 1.751.
A aula foi em um auditório com ar condicionado e o governador usou um datashow --sistema digital de projeção. Depois, foi apresentado a uma das 110 lousas digitais do colégio.
A palestra do governador teve desde um relato sobre escolas e faculdades técnicas do Estado --nas quais cerca de 70% dos alunos vieram de escolas públicas-- até uma imitação do ex-governador Paulo Maluf.
Ele também usou o diploma de medicina para entreter a plateia. Detalhou a função das ilhotas de Lungerhans -células do pâncreas que produzem insulina. E emendou uma piada: "E o aluno, [na prova] não teve dúvidas. "Onde ficam as ilhotas de Langerhans?". "No oceano Pacífico'", disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário