TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

domingo, 25 de setembro de 2011

Exquerda, direita e centro

Cap-tirado do Blog do Rigon
Direção da Câmara defende sessão da CCJ que aprovou 118 projetos em 3 minutos
Integração Brasil
- Texto do O Globo -

A presidência da Câmara saiu nesta sexta-feira em defesa da sessão-fantasma que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) realizou na quinta-feira, aprovando simbolicamente 118 projetos em três minutos e com a presença de apenas um deputado, Luiz Couto (PT-PB), além do parlamentar que presidiu o trabalho, Cesar Colnago (PSDB-ES).

A justificativa dada é que o regimento não proíbe que isso ocorra.
A sessão foi toda filmada pelo repórter do GLOBO Evandro Éboli, e o vídeo, divulgado no site do jornal , mostra que os deputados debochavam da situação. Assista:

O presidente titular da CCJ, João Paulo Cunha (PT-SP), também referendou a prática, em entrevista à Rádio CBN. Ele afirmou que quando há acordo sobre as matérias a serem votadas é praxe a votação sem muitos parlamentares presentes. Segundo ele, era este o caso dos 118 projetos aprovados na última sessão da comissão.
Para deputado, há problema ético

Colnago, deputado em primeiro mandato e a quem sobrou, como terceiro vice-presidente da CCJ, comandar a votação, disse que há um problema "ético" em votações sem a presença física dos deputados e sem debate. Ainda que, segundo o Regimento Interno, a prática não seja ilegal.

"Eu estava cumprindo o meu dever. Estava presente. A Casa funciona por consenso, se tem acordo podemos votar simbolicamente. Quando não tem, vai a voto nominal. Mas isso precisa ser mudado. Tinha quórum, os deputados assinaram. Se eu dissesse que não teria sessão estaria agindo errado. Mas entendo que é um rito que não é ético - admite Colnago.

Naquela sessão da CCJ, 35 deputados registraram presença, número superior ao mínimo exigido. A sessão estava marcada para as 10h de quinta-feira, dia em que o Congresso fica esvaziado, com a maior parte dos parlamentares retornando às suas bases.

O que aconteceu foi que os membros da CCJ assinaram presença e foram embora da Casa, ou lá permaneceram cuidando de outros assuntos, sem retornar à comissão para votar.

A votação só foi possível porque o Regimento diz que não é preciso que todos os deputados que registraram presença estejam fisicamente na hora da votação. A CCJ tem 61 membros titulares, e são necessárias 31 presenças.

Errei como todos os que não estavam presentes. Assinando o livro, tem que estar presente à votação. Acho que o João Paulo vai decidir pela anulação.

 
Deputado que assinou a presença mas faltou à votação, Edson Silva (PSB-CE) disse estar arrependido:

- Não foi correto votar esses projetos com apenas dois deputados decidindo. Deveria ter uma quantidade razoável de deputados. Errei como todos os que não estavam presentes. Assinando o livro, tem que estar presente à votação. Acho que o João Paulo vai decidir pela anulação - disse.

Quando há dúvidas sobre o quórum, um deputado pode requerer que a votação seja feita nominalmente, modalidade em que todos os presentes são chamados um a um. Outra forma de verificação de quórum é possível após a votação de uma matéria. Quando algum parlamentar tem dúvidas sobre o resultado, pode pedir uma verificação do resultado e a votação é repetida, desta vez de forma nominal.

Você não pode aprovar mais de 100 projetos sem debate, sem discussão. Está faltando disciplina à Câmara. Há muitos deputados voltando para os seus estados na quarta à noite.
- Acho, honestamente, uma temeridade. Você não pode aprovar mais de 100 projetos sem debate, sem discussão. Regimental é permitido, mas não é correto aprovar 120 projetos com dois deputados presentes. As sessões de quinta-feira sempre foram esvaziadas, o que é ruim. Está faltando disciplina à Câmara. Há muitos deputados voltando para os seus estados na quarta à noite - apontou o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA).

Regimento interno diz que não pode haver sessões simultâneas

O Regimento diz que a sessão de uma comissão não pode coincidir com a ordem do dia da sessão ordinária ou extraordinária no plenário. No dia 22, o que aconteceu é que a ordem do dia começou às 10h48m e foi até 11h44m. Nove minutos depois, às 11h53m, a CCJ iniciou votação, que durou três minutos, até as 11h56m.



Em nota, a assessoria de imprensa da Câmara informou que tudo o que foi aprovado já havia sido objeto de debate anterior dos deputados. E que, ao contrário do que se possa imaginar, os deputados que registraram presença não estavam gazeteando, e sim presentes no plenário da Câmara, onde 12 propostas foram aprovadas.

 
"A votação teve como base acordo de lideranças e obedeceu às normas do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. A pauta já havia sido divulgada anteriormente. Destaque-se que os 34 deputados que registraram presença na Comissão de Constituição e Justiça participaram da sessão do Plenário", diz a nota da assessoria da presidência da Câmara.

Fui um dos primeiros a assinar o livro e não sabia nem que ia dar quórum. Estava no meu gabinete. Se tivesse sido avisado, teria ido à sessão.



Outro deputado que assinou o livro de presenças da CCJ logo que a sessão foi aberta e não voltou mais, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse que ele já foi presidente da comissão e na época tinha o hábito de ligar para os gabinetes dos deputados para avisá-los que o quórum mínimo para votação havia sido atingido e a sessão ia começar.

- Fui um dos primeiros a assinar o livro e não sabia nem que ia dar quórum. Estava no meu gabinete. Se tivesse sido avisado, teria ido à sessão.
Confira a lista dos deputados que assinaram presença na sessão-relâmpago da CCJ

Na quinta-feira, numa sessão relâmpago de três minutos , foram aprovados 118 projetos na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). A sessão foi presidida pelo terceiro vice-presidente da CCJ, deputado Cesar Colnago (PSDB-ES), e o único parlamentar em plenário era o deputado Luiz Couto (PT-PB).

VOTAÇÃO-RELÂMPAGO : Deputado João Paulo Cunha, presidente da CCJ, diz que é praxe votação sem a presença de parlamentares

Para abrir uma sessão da CCJ são necessárias 31 assinaturas. Na sessão, 35 parlamentares assinaram a lista de presença, mas 33 assinaram e foram embora, como ocorre às quintas-feiras.

Confira a lista:

Estavam na sessão:

Cesar Colnago (PSDB-ES)

Luiz Couto (PT-PB)

Registraram presença e saíram:

Anthony Garotinho (PR-RJ)

Antonio Bulhões (PRB-SP)

Bonifácio de Andrada (PSDB-MG)

Brizola Neto (PDT-RJ)

Delegado Protógenes (PCdoB-SP)

Dimas Fabiano (PP-MG)

Dr. Grilo (PSL-MG)

Edson Silva (PSB-CE)

Eduardo Cunha (PMDB-RJ)

Efraim Filho (DEM-PB)

Fábio Ramalho (PV-MG)

Fabio Trad (PMDB-MS)

Félix Mendonça Júnior (PDT-BA)

Jilmar Tatto (PT-SP)

João Paulo Lima (PT-PE)

Marçal Filho (PMDB-MS)

Marcos Medrado (PDT-BA)

Maurício Quintella Lessa (PR-AL)

Mauro Benevides (PMDB-CE)

Nelson Pellegrino (PT-BA)

Odair Cunha (PT-MG)

Roberto Freire (PPS-SP)

Ronaldo Fonseca (PR-DF)

Valtenir Pereira (PSB-MT)

Suplentes:

Alexandre Leite (DEM-SP)

Assis Carvalho (PT-PI)

Cida Borghetti (PP-PR)

Hugo Leal (PSC-RJ)

João Lyra (PTB-AL)

José Carlos Araújo (PDT-BA)

Leandro Vilela (PMDB-GO)

Pedro Uczai (PT-SC)

Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA)

Não registraram presença:

Alessandro Molon (PT-RJ)

Almeida Lima (PMDB-SE)

André Dias (PSDB-PA)

Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)

Arthur Oliveira Maia (PMDB-BA)

Carlos Bezerra (PMDB-MT)

Danilo Forte (PMDB-CE)

Eliseu Padilha (PMDB-RS)

Esperidião Amin (PP-SC)

Evandro Milhomen (PCdoB-AP)

Felipe Maia ( DEM-RN)

Henrique Oliveira (PR-AM)

João Campos (PSDB-GO)

João Paulo Cunha (PT-SP)

Jorginho Mello (PSDB-SC)

José Mentor (PT-SP)

Jutahy Junior (PSDB-BA)

Mendonça Filho (DEM-PE)

Mendonça Prado (DEM-SE)

Onyx Lorenzoni (DEM-RS)

Osmar Serraglio (PMDB-PR)

Paes Landim (PTB-PI)

Pastor Marco Feliciano (PSC-SP)

Paulo Maluf (PP-SP)

Ricardo Berzoini (PT-SP)

Roberto Teixeira (PP-PE)

Rubens Otoni (PT-GO)

Sandra Rosado (PSB-RN)

Solange Almeida (PMDB-RJ)

Vicente Arruda (PR-CE)

Vicente Candido (PT-SP)

Vieira da Cunha (PDT-RS)

Vilson Covatti (PP-RS)

Wilson Filho (PMDB-PB)

Justificou a ausência:

Luiz Carlos (PSDB-AP)



- Por Catarina Alencastro (catarina.alencastro@bsb.oglobo.com.br) Isabel Braga (isabraga@bsb.oglobo.com.br) -



Nenhum comentário:

Braziu!

Braziu!

Arquivo do blog

Marcadores

Eu

Eu

1859-2009

1859-2009
150 anos de A ORIGEM DAS ESPÉCIES

Assim caminha Darwin

Assim caminha Darwin

Esperando

Esperando

Google Analytics