Ontem, quarta-feira, tivemos em Maringá uma assembléia para decidir se os professores das Universidade Públicas desse Paranazão fariam greve. Creio que na assembléia havia cerca de 400 pessoas entre professores e técnicos. Houve duas propostas: uma de greve já, a minha que obteve 6 ou um pouco mais de votos e a do professor Paulo Udo, que espera as negociações com o governador (negociações que ainda não foram abertas) até o dia 16 de outubro. O Paulo indicou o dia 16 de outubro pela Dia do Professor. Bem, a maioria das pessoas, quero dizer, menos 6 pessoas, todos votaram pela espera e mobilização até o Dia do Professor. É uma proposta singela: o Dia do Professor.
Como fiz a proposta logo no início da assembléia e o Paulo Udo também tudo estaria tranquilo se votássemos e pronto. Eu sabia que a proposta do Paulo era a da maioria dos professores. MAS, houve várias defesas da proposta do Udo. Foi interessante ouví-las. Uma delas, de uma professora, não foi propriamente uma defesa. OUVI: "a proposta de greve é burra. Pode ser corajosa, mas é burra". Respondo: posso ser burra, mas dou aulas. Não falto. Já.... (ah, deixa para lá). Continuarei discutindo algumas questões da universidade em outras ocasiões nesse BLOG.
P.S. Não sei se a proposta de greve já, era uma estratégia correta. Sabemos o governador que temos. Mas, eu penso como Guimarães Rosa: A vida quer da gente coragem.
Quando a assembléia terminou, todos se fueran deixando para as comissões resolverem as coisas nestes 75 dias. Estou em uma comissão.
Uma coisa que me incomoda é a nossa mania de buscar apoio à universidade e aos professores junto aos empresários da cidade. Na greve de 2002/2003, eles quase compraram a Universidade do Jaime Lerner quando o "arquiteto" de Curitiba quis fazer privataria com a universidades estaduais. Tenho ainda as fotos de muitos empresários da cidade dando as mãos ao Lerner quando este apresentou o Projeto 32 (privataria) aos deputados para votação em regime de urgência.
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