TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Renan fede

Do Blog do Josias
Tempo fechado: Tasso chama Almeida Lima de 'palhaço', 'vendido' e 'boneca'

É devastador o relatório que pede a cassação do mandato do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Assinado por Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS), o documento amontoa, uma sobre a outra, pelo menos oito evidências de que o presidente do Senado fraturou o decoro parlamentar.

São as seguintes as atitudes mencionadas no relatório (íntegra aqui) como atentados ao decoro decoro:

1) uso de lobista de empreiteira beneficiada com emenda de Renan ao Orçamento como intermediário nas relações monetárias com a ex-amante Mônica Veloso;
2) ausência de comprovação de disponibilidade financeira do senador para bancar a pensão à filha que resultou do relacionamento extra-conjugal;
3) irregularidades nas declarações do Imposto de Renda;
4) omissão de dados a respeito de contas correntes mantidas em nome do senador;
5) admissão de uso de verba indenizatória –destinada exclusivamente ao custeio de despesas relacionadas ao exercício do mandato— para financiar gastos pessoais;
6) sonegação à Receita Federal das informações relativas a empréstimo contraído por Renan na empresa alagoana Costa Dourada;
7) o presidente do Senado “mentiu” sobre os saques bancários. Disse que serviram para o pagamento da pensão à filha. Verificou-se que bancaram despesas que nada têm a ver com os repasses à jornalista Mônica Veloso;
8) Renan omitiu informações consideradas relevantes para as investigações.

Servindo-se da perícia realizada pela Polícia Federal, os relatores mencionaram tudo o que já se sabia –de negócios agropecuários inverossímeis a inconsistências patrimoniais. De quadra, conforme antecipado aqui no blog, rastrearam saques que Renan disse ter realizado para pagar a pensão da filha.

Descobriu-se que parte das retiradas bancárias foi carreada para o custeio de despesas que nada tinham a ver com a pensão. A novidade consta das páginas 61 e 62 do relatório. Diz o texto:

“De fato, a verificação comparativa entre a Declaração de IR e a documentação de suporte apresentada pelo representado [Renan] juntamente com sua defesa, demonstra que diversos cheques listados na planilha encaminhada a este Conselho como “saques em dinheiro”, informando que eram retirados para pagamento à sra. Mônica, na verdade se prestaram a pagamentos de imobilizações ou despesas com suas fazendas, representando, em 2004, valores superiores a R$ 550.000,00”. Há, na seqüência um quadro com a relação dos cheques e suas respectivas destinações.
Como previsto, o senador Almeida Lima (PMDB-SE), lugar-tenente de Renan no Conselho de Ética, leu um voto alternativo sugerindo a absolvição do colega. Para ele, o presidente do Senado foi submetido a acusações que constituem "um conjunto de ilações despropositadas". O objetivo seria "destruir a imagem do senador".
Caberá ao plenário do conselho decidir entre um e outro relatório. Sabendo-se derrotados, os milicianos de Renan pediram vista do processo, o que deve adiar a votação. O encontro traz a marca do tumulto. No ápice do rififi, um Leomar Quintanilha (PMDB-TO) que presidia os trabalhos de maneira claudicante, viu-se forçado a suspender a sessão.

Tasso Jereissati (CE), presidente do PSDB, referiu-se a Almeida Lima como “palhaço” e “vendido”. Diante da reação enfurecida do agravado, Tasso, esmerando-se nos trejeitos, chamou-o de “boneca”. Almeida Lima disse que a oposição queria castrar-lhe a palavra. E Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB: “Ninguém está querendo castrar Vossa Excelência em nenhum sentido, muito menos no direito à palavra.”

No final da sessão, Quintanila tentou, como previsto, impor ao conselho o voto secreto. PSDB e DEM protestaram e exigiram que a decisão fosse transferida ao plenário. E prevaleceu, por 10 votos contra cinco, a tese de que a votação do pedido de cassação de Renan será aberta. O resultado antecipou o placar adverso a Renan na análise do relatório de Casagrande e Serrano.

Sentindo o cheiro de queimado, dois milicianos de Renan -Wellington Sangado e Gilvan Borges- pediram vista do documento. E a votação foi adiada para quarta-feita da próxima semana. Antes, a tropa de Renan tentará reverter no STF a decisão sobre o voto aberto.
Escrito por Josias de Souza às 18h50

3 comentários:

Anônimo disse...

O Tasso chamou o cara de gay também.

Anônimo disse...

O Tasso chamou o cara de gay também.

Anônimo disse...

SENHORES PARLAMENTARES: Não esqueçam de que atrás de cada desculpa quase sempre se esconde uma mentira.
SUGESTÃO: Cuidados com o que fazem para não ficarem constrangidos se tiverem que justificar ou: CUIDADO COM O QUE VOCES FAZEM, POIS A OUTRA PARTE PODERÁ FAZER MELHOR DO QUE VOCES.
Obs. Pelo olhar parado, fixo num ponto distante e a face não ficar rubra, são sintomas que o senador esta no limiar da loucura.

Braziu!

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