Do Blog do Josias UOL
O Conselho de Ética do Senado vai convocar para depor o usineiro alagoano João Lyra. Pivô do novo escândalo que envolve Renan Calheiros (PMDB-AL), Lyra confessou ter se associado ao presidente do Senado na compra de um jornal e uma emissora de rádio em Alagoas. Reconheceu a natureza secreta da sociedade, firmada por meio de “laranjas”.
A nova investigação será formalmente aberta nesta quinta-feira (16). Sob a presidência do segundo-vice-presidente do Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR), a Mesa diretora da Casa despachará para o Conselho de Ética a representação formulada pelo DEM e pelo PSDB. A decisão está tomada. Deve ser unânime. Em privado, todos os senadores com assento na Mesa revelam a disposição de aprovar a abertura do terceiro processo por quebra de decoro parlamentar contra Renan Calheiros.
Suspeito, Renan não poderá presidir a reunião da Mesa. O encontro deveria ser comandado pelo primeiro-vice-presidente Tião Viana (PT-AC). Mas ele se ausentou de Brasília nesta segunda-feira (13). Antes de viajar, Viana informou ao blog que a Mesa pautará sua decisão acerca da abertura do novo processo na Resolução número 20 do Congresso Nacional.
“É impossível a Mesa contrariar a tendência que vem adotando até agora, de votar pelo encaminhamento de todas as representações”, disse ele. “O artigo 14 da Resolução 20 não dá margem a outra alternativa. Ao pé da letra, o artigo diz que a Mesa deverá encaminhar as representações ao Conselho de Ética”. Álvaro Dias adota o mesmo entendimento.
Além de Álvaro Dias, votarão os seguintes membros da Mesa do Senado: Efraim Moraes (DEM-PB), Gerson Camata (PMDB-ES), César Borges (DEM-BA), Magno Malta (PR-ES), Papaleo Paes (PSDB-AP), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), João Claudino (PTB-PI) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) –os links apostos sobre os nomes dos senadores conduzem aos e-mails de cada um deles. Consumada a decisão, a terceira representação contra Renan será remetida ao Conselho de Ética na tarde da mesma quinta-feira. Ali, prevalece o entendimento de que a audição de João Lyra é imperiosa. “Não temos como deixar de ouvi-lo”, diz Renato Casagrande (PSB-ES), um dos três relatores do caso que apura a suspeita de que Renan usou dinheiro da Mendes Júnior para pagar a pensão da filha que teve com a jornalista Mônica Veloso. “É óbvio que o usineiro terá de ser ouvido por nós”, ecoa Demóstenes Torres (DEM-GO), outro membro do Conselho de Ética.
Em principio, caberá ao relator –ou aos relatores— da nova representação a tarefa de submeter ao conselho o requerimento de convocação de João Lyra. Mas Demóstenes esclarece que qualquer membro do conselho pode tomar a iniciativa. “Se o relator não fizer, eu mesmo o farei”, diz ele. Formou-se no conselho maioria favorável à convocação de Lyra. O procedimento não se confunde com a iniciativa do corregedor do Senado, Romeu Tuma, que já revelou a intenção de ouvir Lyra. Será ouvido duas vezes.
Em privado, lideranças governistas e oposicionistas afirmam que consideram o caso da sociedade secreta de Renan com João Lyra mais grave e mais simples de ser apurado do que o episódio da pensão à jornalista. Mais grave porque envolve uma tentativa explícita de sonegar à Receita Federal tributos e informações acerca dos R$ 2,6 milhões envolvidos no negócio –R$ 1,3 milhão desembolsados por Renan. Mais fácil de apurar porque, mercê da inimizade que nutre pelo presidente do Senado, o ex-aliado Lyra exibe uma disposição inaudita de desnudar a transação.
A nova investigação será formalmente aberta nesta quinta-feira (16). Sob a presidência do segundo-vice-presidente do Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR), a Mesa diretora da Casa despachará para o Conselho de Ética a representação formulada pelo DEM e pelo PSDB. A decisão está tomada. Deve ser unânime. Em privado, todos os senadores com assento na Mesa revelam a disposição de aprovar a abertura do terceiro processo por quebra de decoro parlamentar contra Renan Calheiros.
Suspeito, Renan não poderá presidir a reunião da Mesa. O encontro deveria ser comandado pelo primeiro-vice-presidente Tião Viana (PT-AC). Mas ele se ausentou de Brasília nesta segunda-feira (13). Antes de viajar, Viana informou ao blog que a Mesa pautará sua decisão acerca da abertura do novo processo na Resolução número 20 do Congresso Nacional.
“É impossível a Mesa contrariar a tendência que vem adotando até agora, de votar pelo encaminhamento de todas as representações”, disse ele. “O artigo 14 da Resolução 20 não dá margem a outra alternativa. Ao pé da letra, o artigo diz que a Mesa deverá encaminhar as representações ao Conselho de Ética”. Álvaro Dias adota o mesmo entendimento.
Além de Álvaro Dias, votarão os seguintes membros da Mesa do Senado: Efraim Moraes (DEM-PB), Gerson Camata (PMDB-ES), César Borges (DEM-BA), Magno Malta (PR-ES), Papaleo Paes (PSDB-AP), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), João Claudino (PTB-PI) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) –os links apostos sobre os nomes dos senadores conduzem aos e-mails de cada um deles. Consumada a decisão, a terceira representação contra Renan será remetida ao Conselho de Ética na tarde da mesma quinta-feira. Ali, prevalece o entendimento de que a audição de João Lyra é imperiosa. “Não temos como deixar de ouvi-lo”, diz Renato Casagrande (PSB-ES), um dos três relatores do caso que apura a suspeita de que Renan usou dinheiro da Mendes Júnior para pagar a pensão da filha que teve com a jornalista Mônica Veloso. “É óbvio que o usineiro terá de ser ouvido por nós”, ecoa Demóstenes Torres (DEM-GO), outro membro do Conselho de Ética.
Em principio, caberá ao relator –ou aos relatores— da nova representação a tarefa de submeter ao conselho o requerimento de convocação de João Lyra. Mas Demóstenes esclarece que qualquer membro do conselho pode tomar a iniciativa. “Se o relator não fizer, eu mesmo o farei”, diz ele. Formou-se no conselho maioria favorável à convocação de Lyra. O procedimento não se confunde com a iniciativa do corregedor do Senado, Romeu Tuma, que já revelou a intenção de ouvir Lyra. Será ouvido duas vezes.
Em privado, lideranças governistas e oposicionistas afirmam que consideram o caso da sociedade secreta de Renan com João Lyra mais grave e mais simples de ser apurado do que o episódio da pensão à jornalista. Mais grave porque envolve uma tentativa explícita de sonegar à Receita Federal tributos e informações acerca dos R$ 2,6 milhões envolvidos no negócio –R$ 1,3 milhão desembolsados por Renan. Mais fácil de apurar porque, mercê da inimizade que nutre pelo presidente do Senado, o ex-aliado Lyra exibe uma disposição inaudita de desnudar a transação.
5 comentários:
ESSE NÃO É O MEU PAÍS- Zé Ramalho
http://www.youtube.com/watch?v=hy3Zuh4jkrs
Marta estou com 61 anos e preocupado com nossos jovens que estão dominados pela apatia: indiferentes, cínicos e individualistas. Política para eles se igualou a politicagem e estão se lichando para os valores. Ética, para eles, é levar vantagens.(el.carmona1966@hotmail.com)
Voce tem razao Carmona. Mas, nao é mesmo desanimador tanta falcatrua junta? Nao da vontade de sair atirando em todos os nossos ilustres eleitos? Mesmo com tanta denuncia, sao poucos os que sao punidos.
O Bco.do Brasil lançou a Campanha do nº 3 (nada alusivo ao terceiro mandato) e os aposentados vão lançar a campanha de 4(literalmente) pelos seus reajustes não acompanharem o salário mínimo
PERERA: voce tem razão poucos são punidos com cargos melhores e faturando ainda mais.
OS ANJINHOS DO RABO PRESO ESTÃO PROVIDENCIANDO SAÍDA HONROSA PARA RENAN: Independente do caminho escolhido, a saída de Renan não será honrosa. Seus direitos políticos deveriam ser caçados, precisamos acabar com o privilégio de se esconder nas “barras da saia” da renúncia. As mudanças, para passar o Brasil a limpo, deverão vir de cima para não partir das bases, pelo caminho da violência.
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