Centrais abrem guerra para salvar imposto sindical por Josias de Souza
Reunidos nesta sexta-feira (19), em São Paulo, representantes de seis centrais sindicais –à frente CUT e Força Sindical— decidiram montar barricadas no Senado para derrubar duas emendas aprovadas há dois dias pela Câmara. Uma delas condiciona a cobrança do imposto sindical à concordância expressa do trabalhador. A outra dá poderes ao TCU para fiscalizar a tesouraria das centrais sindicais.
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, classificou de “golpe” as decisões tomadas pela maioria dos seus colegas na Câmara. Artur Henrique, presidente da CUT disse que a votação subverteu um acordo que as centrais haviam firmado com o governo. “Acordo fechado é acordo para ser cumprido", disse ele.
O ministro Carlos Lupi (Trabalho) participou da fase final da reunião dos figurões do sindicalismo. Ao final, disse que se considera “fiel depositário” do acordo celebrado entre o governo e as centrais. Acrescentou: "Por que para os patrões podem? Desafio qualquer um a me provar que existem sindicatos em qualquer lugar do mundo que vivam sem nenhum recurso. Se não for compulsório, que se estude uma outra forma, mas simplesmente acabar não é possível. Vai acabar com os sindicatos."
O acordo mencionado pelos sindicalistas e pelo ministro previa a legalização das centrais, que funcionavam à margem da lei. Previa também que, depois de ganhar formalidade jurídica, as centrais passariam a beliscar 10% de todo a arrecadação do imposto sindical. Em 2006, amealhou-se cerca de R$ 1 bilhão. Ou seja, as arcar das centrais seriam engordadas em R$ 100 milhões anuais.
Na Câmara, aprovou-se tudo o que havia sido acordado, a portas fechadas, no ministério do Trabalho. Porém, injetaram-se no projeto duas emendas. A primeira, do deputado Augusto Carvalho (PPS-DF), ex-presidente do Sindicato dos Bancários do DF, condicionou a cobrança do imposto sindical à autorização dos trabalhadores. A segunda, do deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP), deu poderes ao TCU para fiscalizar a aplicação dos recursos pelos sindicatos.
Na reunião desta sexta, os dirigentes das centrais decidiram, após quatro horas de discussões, “elaborar uma agenda de pressão e negociação sobre o Senado, seja em Brasília ou nos Estados de origem dos parlamentares, para que seja mantido o texto original da medida provisória” do governo. As mudanças aprovadas na Câmara foram classificadas como uma tentativa de aniquilar os sindicatos.
É no mínimo curiosa a mobilização das centrais. Quebram lanças para manter a obrigatoriedade de tributo que todos, inclusive Lula e o PT, dizem combater. Foi criado há 64 anos, sob Getúlio Vargas. Abocanha um dia de salário dos trabalhadores por ano. Diferentemente do que afirmam os sindicalistas, a decisão da Câmara não acabou com o imposto sindical. Apenas obrigou a máquina sindical a ir buscar a autorização daqueles que ela diz representar.
Diz-se que havia um acordo. Ora, costuraram um entendimento pelo alto e esqueceram de combinar com quem decide: o Congresso Nacional.
Reunidos nesta sexta-feira (19), em São Paulo, representantes de seis centrais sindicais –à frente CUT e Força Sindical— decidiram montar barricadas no Senado para derrubar duas emendas aprovadas há dois dias pela Câmara. Uma delas condiciona a cobrança do imposto sindical à concordância expressa do trabalhador. A outra dá poderes ao TCU para fiscalizar a tesouraria das centrais sindicais.
O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, classificou de “golpe” as decisões tomadas pela maioria dos seus colegas na Câmara. Artur Henrique, presidente da CUT disse que a votação subverteu um acordo que as centrais haviam firmado com o governo. “Acordo fechado é acordo para ser cumprido", disse ele.
O ministro Carlos Lupi (Trabalho) participou da fase final da reunião dos figurões do sindicalismo. Ao final, disse que se considera “fiel depositário” do acordo celebrado entre o governo e as centrais. Acrescentou: "Por que para os patrões podem? Desafio qualquer um a me provar que existem sindicatos em qualquer lugar do mundo que vivam sem nenhum recurso. Se não for compulsório, que se estude uma outra forma, mas simplesmente acabar não é possível. Vai acabar com os sindicatos."
O acordo mencionado pelos sindicalistas e pelo ministro previa a legalização das centrais, que funcionavam à margem da lei. Previa também que, depois de ganhar formalidade jurídica, as centrais passariam a beliscar 10% de todo a arrecadação do imposto sindical. Em 2006, amealhou-se cerca de R$ 1 bilhão. Ou seja, as arcar das centrais seriam engordadas em R$ 100 milhões anuais.
Na Câmara, aprovou-se tudo o que havia sido acordado, a portas fechadas, no ministério do Trabalho. Porém, injetaram-se no projeto duas emendas. A primeira, do deputado Augusto Carvalho (PPS-DF), ex-presidente do Sindicato dos Bancários do DF, condicionou a cobrança do imposto sindical à autorização dos trabalhadores. A segunda, do deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP), deu poderes ao TCU para fiscalizar a aplicação dos recursos pelos sindicatos.
Na reunião desta sexta, os dirigentes das centrais decidiram, após quatro horas de discussões, “elaborar uma agenda de pressão e negociação sobre o Senado, seja em Brasília ou nos Estados de origem dos parlamentares, para que seja mantido o texto original da medida provisória” do governo. As mudanças aprovadas na Câmara foram classificadas como uma tentativa de aniquilar os sindicatos.
É no mínimo curiosa a mobilização das centrais. Quebram lanças para manter a obrigatoriedade de tributo que todos, inclusive Lula e o PT, dizem combater. Foi criado há 64 anos, sob Getúlio Vargas. Abocanha um dia de salário dos trabalhadores por ano. Diferentemente do que afirmam os sindicalistas, a decisão da Câmara não acabou com o imposto sindical. Apenas obrigou a máquina sindical a ir buscar a autorização daqueles que ela diz representar.
Diz-se que havia um acordo. Ora, costuraram um entendimento pelo alto e esqueceram de combinar com quem decide: o Congresso Nacional.
Chamam de “golpe” o que não é senão uma decisão soberana da maioria da Câmara. Cabe uma trinca de perguntas: só valem as votações a favor da engrenagem sindical? Decisões favoráveis à galera não valem nada? Que diabos de democracia é essa?
Comentário: sou contrária à abocanhação de nosso dinheiro pelos sindicatos. Ou o sindicato é bom à sua categoria ou morre. Mas, nosso money fica conosco!
Um comentário:
Sem falar na corrupção nos sindicatos da CUT e Força Sindical, em Maringá ser presidente de sindicato das duas centrais é um bom negócio para quem não presta ficar rico(traindo o trabalhador)
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