Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(*) Manoel Bandeira – Rio de Janeiro, 27 de dezembro de 1947.
************************
enviado pelo Edson Carmona. Grazie!
Nenhum comentário:
Postar um comentário