O Blog do Rigon publicou hoje um trecho do texto do Gilson Aguiar sobre a possível paralisação ou greve na Universidade Estadual de Maringá. Eis o trecho:
De Gilson Aguiar, em seu blog:Os professores da Universidade Estadual de Maringá têm um indicativo de greve para 1o de agosto. Os professores pedem 44% de reposição de perdas. E consideram que, se não for atendidos em sua reivindicação, devem paralisar suas atividades no início do segundo semestre deste ano.Considero que a UEM deveria fazer um calendário à parte e colocar nele, além das férias e dos dias letivos, um mês de paralisação permanente. Afinal, quantas vezes já tivemos um calendário acadêmico remontado para poder regularizar os dias letivos. Calendário que foi fruto de uma greve de longa duração.
Hoje, na CBN fez o mesmo comentário.
Fiquei pensando:
1) O Gilson já foi funcionário na Universidade. Saiu porque os salários eram baixos e foi fazer sua vida fora. Correto. Mas, pelo que me consta o Gilson tinha uma conduta politizada e era pelos aumentos dos salários, inclusive, para isso, fazer greves. Se eu não me engano foi quadro do PC do B à época.
2) Os professores das faculdades privadas, ao que me consta, não fazem greve, POIS os patrões, ao mínimo sinal de rebelião, põem os seus empregados para fora. Os professores da rede privada do ensino superior em Maringá dão aulas Maracanã, aulas para 50 a 100 alunos. Reclamam? Só para a boca miúda. Há uma faculdade privada aqui em Maringá que além de baixos salários, costuma pagá-los atrasados. Reclamam? Não, se vão ao sindicato, no dia seguinte são demitidos.
3) Vivendo com baixos salários mas fazendo pesquisa de qualidade, dando aulas com qualidade, publicando. Esta não é a mesma realidade das privadas. Ex-alunos meus e ex-orientandos que estão nas privadas comem o pão que diabo amassou. As faculdades privadas (salvo honrosas exceções), são como acampamentos. Trabalham com livros? Não, com apostilas. Aliás, anos atrás uma aluna de uma faculdade privada comentou com um colega que fora reprovada na USP, na seleção de mestrado. Perguntaram a ela, na ocasião, se suas aulas eram somente via apostila. A ex-aluna não tinha lido quase nenhum livro, só apostila. Bela formação!
Fazer greve na época do jaime Lerner foi fácil? NÃO foi não. Até porque o CODEM e parte da ACIM, estas associações de empresários e comerciantes aliaram-se ao governador, sobretudo quando este apresentou um projeto de privatização da UEM e todos ficaram com seus olhinhos brilhantes.... Tivemos uma reunião com um empresário do CODEM, sr Nogarolli, que gritou com a comissão que era, majoritariamente de mulheres, e a professora Dalva Marin, hoje aposentada, deu-lhe uma BOA lição. O período da greve foi terrível: empresários, governador e deputados na linha de frente.
Para o Lula e o sr Gilson, para o Ministro da Fazenda (não a do Renan, o da la plata) quando fazemos greve tiramos férias. Ora, Lula odeia intelectual (é um caso freudiano, não político) e ataca mesmo. Começaram os ataques aos funcionários públicos da UEM via sr Gilson? Parece que sim.
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