TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

sábado, 16 de junho de 2007

Lambança no senado: maratona para esconder a verdade




Ontem, os senadores brasileiros mostraram sua incompetência, sua infantilidade e, sobretudo, seu MEDO. Todos estão com o rabo preso, exceção honrosa ao senador Jefferson Peres. QUEREM liberar o Renan Calheiros porque "amanhã pode ser um deles" que estará no "garrote". Pela TV foi possível ver senadores idosos zanzando como crianças para lá e cá. O mais novinho deles, Sibá Machado, do PT, mais esperto de todos já deu o veredicto: Vamos arquivar o processo. Afinal, o senador é amigo do sarney, o Sarney do Lula. Romero Jucá, também suspeito em outras ações estava muito nervoso. Ah, PMDB quem te vê na TV!


Vejam as frases dos senadores (retiradas da Folha de São Paulo):

"Eu fiz questão de fazer uma visita aos senadores, não para fazer a cabeça mas para trazer a verdadeRenan Calheiros (PMDB-AL)"
"E pasmem os senhores, todas as transações [de Renan] foram feitas com cheque nominal"ROMERO JUCÁ (PMDB-RR)
"Vamos ficar com um pé de frango na boca, é osso para todo o lado. O conselho fica em uma situação extremamente delicada"DEMÓSTENES TORRES (DEM-GO)
"Não vou fazer política no Conselho de Ética porque um dia posso ser eu sentado aqui"WELLINGTON SALGADO (PMDB-MG)
De acordo com a reportagem de Andreza Matais, Silvio Navarro e Fernanda Krakovics,da Folha de São Paulo de hoje (16/6/07) de madrugada os órgãos públicos de Murici, administrada pelo filho de Renan Calheiros, foram abertos para a coleta de cupons fiscais e chequesPresidente do Senado fez maratona de reuniões com senadores, aliados e o seu contador na tentativa de montar uma nova defesa.
Antes de aceitar a saída pelo adiamento da votação no Conselho de Ética, diante do risco de enfrentar uma investigação sobre suas atividades agropecuárias, Renan Calheiros tentou, a todo custo, articular para sepultar o processo ontem. Ele passou a madrugada reunido com seu contador, senadores e advogados, em conexão com aliados em Murici (AL).Foi do município administrado pelo filho do senador, Renan Calheiros Filho (PMDB), de onde saiu o calhamaço de novos documentos entregues ontem ao Conselho de Ética. Um conjunto de papéis recolhidos às pressas para rebater a denúncia do "Jornal Nacional", da Globo, que levantou suspeitas de que eram frias as notas fiscais sobre venda de gado.A Folha apurou que órgãos públicos da cidade foram abertos na madrugada para buscar os papéis e fazer cópias a tempo de serem enviados para Brasília. Por volta das 3h, Renan teve acesso aos papéis, que teriam chegado de avião. São cerca de 300 páginas com cópias de cheques nominais recebidos pelo senador pela venda dos bois, comprovantes dos depósitos na conta do senador, de GTAs (Guia de Trânsito Animal, emitido pelo Ministério da Agricultura), relatório de vacinação do gado e cupons fiscais. Há cheques nos valores de R$ 14 mil, R$ 9 mil e até de R$ 1.000. Senadores que manusearam os documentos pela manhã, no gabinete de Renan, disseram que há cronologia nos dados, ou seja, as datas dos recibos coincidem com as dos cheques, dos depósitos.O dia de Renan foi marcado por uma maratona de reuniões, que começaram antes das 9h. Na primeira delas, no gabinete da liderança do PT, ele levou seu contador, José Appel. "Fiz questão de visitar os senadores, não para formar cabeça, mas para trazer a verdade. Não estou pedindo direito de dúvida, mas trazendo a certeza da verdade com documentos."Os papéis foram levados de um lado para o outro por assessores de Renan, percorrendo diferentes gabinetes por onde Renan passava. "Em todos os momentos fiquei à disposição para esclarecer qualquer dúvida. Hoje, tive oportunidade de trazer GTAs, notas de vacinas, cheque na conta e vendas que realizamos. A palavra está com o Conselho de Ética."Por volta das 11h, ele já havia participado de três reuniões, em diferentes locais, para tentar desbancar as denúncias que o surpreenderam na véspera da votação. Renan tentou se valer do cargo para influir nos procedimentos do conselho. Ele chamou os integrantes do órgão para se reunirem, a portas fechadas, na sala da presidência para mostrar os documentos.A oposição não concordou e o encontro foi transferido para o gabinete do senador Marconi Perillo (PSDB-GO). Na única entrevista do dia, Renan criticou a imprensa: "Não quero entrar na discussão do Conselho de Ética, da mesma forma que não quero entrar na ética do jornalismo". Referia-se às denúncias que o atingiram.

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