De Lucia Hipollito17/08/2007
Lula, Geisel e Fernando Henrique
Longe de mim a intenção de me meter a analisar aspectos econômicos da crise, porque isto é assunto para analistas econômicos. Não é a minha praia.Mas há aspectos políticos que merecem, sim, algumas considerações.
Em momentos de turbulência, interna ou externa, é crucial o papel do líder, seja presidente, rei ou primeiro-ministro. É preciso demonstrar confiança, para instilar confiança nos cidadãos. É preciso afirmar que confia na solidez das instituições nacionais. É preciso também afirmar que o governo está tomando todas as providências para que a crise, seja ela qual for, não se alastre.Revelar ao povo os instrumentos de que o governo está lançando mão para evitar que as conseqüências atinjam a população mais do que o mínimo inevitável. Vamos combinar que há certos problemas que não é possível evitar. Mas vamos combinar também que outros são perfeitamente evitáveis. Governar é isso.
O presidente Lula não tem se revelado um líder sólido em momentos de crise. Ele desaparece, se omite, esconde-se para esperar a onda passar. Não inspira confiança. Durante a crise do mensalão, o presidente se escondeu o mais que pôde, até dar aquela entrevista esquisitíssima em Paris (!), passando a mão na cabeça dos mensaleiros e afirmando que o PT fez aquilo que sempre se fez no país.
Mais recentemente, em plena crise aérea, logo depois da tragédia com o avião da TAM, o presidente desapareceu durante três longos dias, deixando a população órfã de uma palavra de conforto do primeiro mandatário da República.
Em seguida, justo no pico de desconfiança dos brasileiros na segurança do transporte aéreo, Lula declarou que tinha medo de avião e que "entregava a Deus", toda vez que seu avião fechava as portas. Lindo, não?
Na atual crise econômica mundial, que ninguém sabe direito onde vai dar e quando vai parar, o presidente Lula ajuda muito, quando afirma que os fundamentos da economia são sólidos, que existe tranqüilidade, que a inflação está sob controle, que são enormes as reservas cambiais brasileiras – cerca de 160 bilhões de dólares, a maior da história do país. Tudo isto é verdade. E o presidente acerta ao relembrar esses dados.
Mas o presidente não ajuda quando recorre à bazófia e à arrogância, afirmando que nenhum ministro seu precisou correr a Washington ou Nova York (debochando do governo FH).(Chega a ser inquietante esta obsessão de Lula com Fernando Henrique. Lula não passa um único dia sem se comparar ao ex-presidente. Êta amor bandido, esse!)
De novo, a bazófia e a arrogância, quando afirma peremptoriamente que a crise se restringe aos Estados Unidos e não afetará o Brasil.(Isto me lembra uma atitude do presidente Geisel em 1974, meses depois de estourar a primeira e séria crise do petróleo, no final de 73.
Naquela arrogância e megalomania típica dos generais da ditadura, Geisel declarou que o Brasil era uma ilha de tranqüilidade num mar de turbulências. Enquanto isso, a rainha Juliana da Holanda, dona da Shell, andava de bicicleta para dar exemplo a seus súditos da necessidade de poupar petróleo.Pouquíssimo tempo depois desta declaração ufanista e perfeitamente cretina do general Geisel, o Brasil entrou numa crise que durou décadas.) Quanto à administração da crise, o governo Lula também não dá grandes demonstrações de saber como fazer.A crise aérea desfilou na frente do governo durante DEZ meses, até que o segundo acidente trágico despertou o governo Lula da inércia.E até agora, a única coisa que aconteceu foi a nomeação de Nelson Jobim. E ponto.
Já que Lula adora se comparar com Fernando Henrique, é bom lembrar que o apagão energético de 2001 foi muito mais grave, porque atingiu 100% da população brasileira.Constatada a incompetência e imprevidência do governo Fernando Henrique, o presidente criou um gabinete de crise, deslocou seu ministro da Casa Civil, Pedro Parente, para dedicar-se exclusivamente ao gerenciamento da crise, e em uma semana havia um plano de ação, que foi rigorosamente seguido, gerando inclusive uma mudança de hábitos da população, que colaborou totalmente (e inesperadamente) para a economia de energia.Mas a conseqüência do apagão foi a paralisia total da economia brasileira. Na atual crise econômica, um único aspecto está sendo operado com competência pelo governo Lula.No Congresso, espalhou-se o terror entre os parlamentares. O governo alega que, se a CPMF não for aprovada exatamente como o Planalto deseja, os efeitos da crise externa no Brasil serão devastadores.Resultado: na Câmara o projeto deve passar sem grandes dificuldades (irrigado pelos milhões em emendas parlamentares e nomeações na máquina pública), e no Senado os senadores do PDT já declararam que votarão a favor da prorrogação, reduzindo em muito os votos discordantes.Seria bom se o governo aplicasse a mesma energia e dedicação na elaboração de um Plano B, caso a crise insista em contrariar o presidente Lula e chegue ao Brasil.
Comentário: o Lula pode ter sido um bom sindicalista (eu duvido), mas ele e seus petistas tornaram o Brasil um grande sindicato. E o duro que debaixo de toda essa arrogância o Lulla e os lullistas, luletes, cut e cutetes, há um ódio contra os ricos, a classe média, os professores, os intelectuais.... Centro-me na questão dos intelectuais: Lulla sempre repete (e a repetição para Freud revela um sofrimento, uma neurose, uma doença mental) que ele não pôde estudar ( e ele pôde, pois ficou anos sem trabalhar), que ele não sabe inglês, mas isso não é necessário blá blá...essas frases repetidas revelam o amor e ódio na relação com os intelectuais...Tipo: eu queria ser igual a vcs, mas como não sou odeio vcs!
Quando o país é dirigido pelas paixões e a razão fica de lado... dando sopa para o nada... é sinal de catrástofe nacional. Todos ficamos quietos sobre essa paixão e ódio, mas Lulla está exagerando. Não irá acabar como o Joaquinzão, sozinho em um asilo, porque tem uma BOA aposentadoria, A MESMA QUE CORTOU DOS SERVIDORES PÚBLICOS. E não é ódio que elle e a sua cut sente por nós? Resta-nos cantar o bolerão: "Que culpa tenho eu...."
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