Os homens, os macacos, a vileza e o oco da alma por Josias de Souza FSP/UOL
A tese evolucionista de Darwin é desafiada cotidianamente. Por entre as circunvoluções gasosas que preenchem o oco da alma humana escondem-se mistérios insondáveis. Mas, aqui e ali, uma ou outra nesga da mais pura essência dos seres humanos acaba se materializando. Sempre que isso ocorre, o macaco ganha uma nova razão para envergonhar-se de seu parentesco com o homem.
Veja-se, a propósito, o drama vivido pelos parentes dos mortos no acidente da Gol, ocorrido em setembro do ano passado. Receberam os corpos de seus familiares –ou o que restou deles. Mas, em muitos casos, vieram desacompanhados de papéis e objetos que portavam no instante em que o avião mergulhou na selva de Mato Grosso. Os corpos chegaram, por assim dizer, mais leves.
Haviam sido aliviados do peso de anéis, brincos, colares, relógios, celulares, cartões de crédito e até documentos pessoais. Já há notícia da compra de um automóvel, por meio de empréstimo feito em nome de uma passageira morta. As famílias já procuraram os ministérios da Justiça e da Aeronáutica. E nada. Agora, o ministro Nelson Jobim (Defesa), promete providências. Ele diz que não mais do que nove pessoas circularam em torno dos objetos dos desafortunados passageiros da Gol. Dá a entender que não será difícil identificar os maganos. Tomara. Os chimpanzés não merecem tamanho constrangimento.
A tese evolucionista de Darwin é desafiada cotidianamente. Por entre as circunvoluções gasosas que preenchem o oco da alma humana escondem-se mistérios insondáveis. Mas, aqui e ali, uma ou outra nesga da mais pura essência dos seres humanos acaba se materializando. Sempre que isso ocorre, o macaco ganha uma nova razão para envergonhar-se de seu parentesco com o homem.
Veja-se, a propósito, o drama vivido pelos parentes dos mortos no acidente da Gol, ocorrido em setembro do ano passado. Receberam os corpos de seus familiares –ou o que restou deles. Mas, em muitos casos, vieram desacompanhados de papéis e objetos que portavam no instante em que o avião mergulhou na selva de Mato Grosso. Os corpos chegaram, por assim dizer, mais leves.
Haviam sido aliviados do peso de anéis, brincos, colares, relógios, celulares, cartões de crédito e até documentos pessoais. Já há notícia da compra de um automóvel, por meio de empréstimo feito em nome de uma passageira morta. As famílias já procuraram os ministérios da Justiça e da Aeronáutica. E nada. Agora, o ministro Nelson Jobim (Defesa), promete providências. Ele diz que não mais do que nove pessoas circularam em torno dos objetos dos desafortunados passageiros da Gol. Dá a entender que não será difícil identificar os maganos. Tomara. Os chimpanzés não merecem tamanho constrangimento.
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