TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Cobras criadas...


Painel da Folha de São paulo

VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br
PAC eleitoral
Ministros de áreas estratégicas foram orientados a entregar ao Planalto até o fim da semana que vem um mapa dos canteiros de obras do PAC a fim de que Lula possa visitá-los neste ano de eleições municipais.

O roteiro das viagens presidenciais até julho, quando a campanha começa oficialmente, sairá de indicações das pastas de Transportes, Minas e Energia, Integração Nacional e Cidades. Esta última já tem parte das sugestões fechada pelo titular Márcio Fortes. O ministro quer deixar prontas obras de saneamento em Nova Iguaçu, cidade fluminense administrada pelo PT, e de reurbanização de favelas em Duque de Caxias, comandada pelo PMDB do aliado Sérgio Cabral.

Supervisão. O roteiro de viagens do presidente terá o dedo de Dilma Rousseff. "A agenda vai depender da cor do selinho do PAC: amarelo, verde...", diz um auxiliar direto de Lula, citando as marcas criadas pela equipe da ministra da Casa Civil para diferenciar os estágios das obras. Chamada oral. Dilma surpreendeu todos ao cobrar inesperadamente "detalhes" dos colegas da Esplanada no balanço do PAC ontem. A maioria sequer tinha recebido cópia da cartilha do programa. "Pode falar aí, Geddel?", "não é mesmo, Pedro Brito?", desafiava a ministra.

Ponto. A crise americana monopolizou a atenção dos ministros na apresentação de ontem a ponto de Dilma, Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) manterem um staff de assessores monitorando índices econômicos, movimentação da Bolsa e notícias da economia pelo mundo. Recebiam informes a cada 20 minutos.

Me engana. Quando Dilma afirmou estar cansada de responder sobre a possibilidade de concorrer à Presidência da República em 2010, dois ministros de partidos da base do governo comentavam, baixinho, que aquilo deveria ser lido exatamente ao contrário.

Aplicado. O recém-empossado ministro Edison Lobão (Minas e Energia) chegou cedo, sentou-se na primeira fila e só foi embora quando a última pergunta foi respondida.

Negativo. Titular das Relações Institucionais, José Múcio abrirá a reunião ministerial hoje com balanço da relação do governo com o Congresso em 2007, ano da queda da CPMF. Será o mote para Lula pedir mais empenho na construção da coalizão.Bênção. Nome de José Sarney para a presidência da Eletrobrás, Evandro Coura foi de jatinho ao Rio Grande do Norte no domingo para um encontro reservado com Garibaldi Alves. Pelo combinado entre os peemedebistas, o presidente do Senado será o padrinho oficial da indicação.

Acompanhado. Arlindo Chinagia (PT-SP) incluiu na agenda do seu tour pelo mundo, que começa hoje, um encontro com John Sweeney, presidente da AFL-CIO, a maior central sindical americana. O presidente da Câmara levará consigo o líder do PT, Luiz Sérgio, (RJ) nas passagens por EUA e Japão.

Histórico. Quem assina as inserções partidárias do DEM que irão ao ar na TV entre hoje e sexta-feira é o marqueteiro José Maria Braga, que fez a campanha de Paulo Maluf (PP) em 2000, quando ele foi derrotado por Marta Suplicy (PT). Todas as propagandas terão como protagonista o prefeito Gilberto Kassab, que tenta viabilizar sua reeleição. Espelho. Kassab chegou de táxi a jantar com colegas do DEM anteontem em São Paulo. "Estou aderindo ao Geraldo Alckmin", disse o prefeito, que acrescentou estar se referindo à utilização de transporte pago do próprio bolso em caso de evento partidário. O tucano fazia o mesmo na eleição presidencial de 2006.

Tiroteio"O poder econômico das empresas aéreas é tão grande que intimida até certos ministros que costumavam falar grosso."
Do deputado IVAN VALENTE (PSOL-SP) sobre a volta das escalas em Congonhas. Em agosto de 2007, um mês após o acidente com o avião da TAM, o ministro Nelson Jobim (Defesa) disse que o aeroporto não voltaria a ser "em hipótese nenhuma" ponto de distribuição de vôos.

ContrapontoSabotagem
Com Dilma Rousseff cronometrando suas falas, Guido Mantega e Paulo Bernardo se esforçavam ontem para enxugar as intervenções no balanço do PAC, no Planalto.Mas o projetor pifou com o ministro da Fazenda:-Serei breve, assim que os slides funcionarem!O problema se repetiu com o titular do Planejamento.-A Dilma deu dez minutos, mas vocês são testemunhas de que meu tempo está comprometido-, disse Bernardo.

Ao ver a expressão de "se vira" da chefe da Casa Civil, o ministro do Planejamento, bem-humorado, cutucou:-Olha, então é bom que todos saibam que é o assessor dela que está controlando esse aparelho!

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