[...] A perversidade é o estado corrompido e corruptor do homem que deseja a corrupção de g~enero humano e que quer, por assim dizer, administrar a prova que o mal é o estado de natureza do Gênero humano, ou até mesmo da natureza da natureza profunda da Natureza. Sou perverso quando sinto um "prazer malignoi" em representar minha própria maldade como verdade do homem, em "ver o mal em tudo". O perverso é pessimus, que em latim quer dizer "muito mau", e é pessimista: o pessimismo é uma atitude maldosa em relação à natureza humana, uma doutrina que diz o mal e a fatalidade como se ela desejasse secretamente. É justamente o perverso que afirma que o homem deseja o mal. [...] O perverso "diverte-se" com demolir o mundo humano, como se recusasse fazer parte dele ou como se fosse impotente para nele integrar-se.
Vignoles, Patrick. A perversidade. Editora Papirus, 1991.pp 66-67.
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