De Escolinha a Restaurante!

Soube pela CBN nacional que ontem, terça-feira, a Escolinha do governador do Paraná, sempre filmada para a TV Educativa do estado (educativa, sic), foi um dia de restaurante. Cap-Tirei estes textos do Blog do Solda.

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Requião teve uma noite de festa ontem. Ele foi ao famoso Bar da Brahma, em Curitiba, para comemorar o aniversário do fiel escudeiro Benedito Pires. Apesar de a barriga continuar crescendo, ele se esbaldou entre um chope e outro. Pelas gargalhadas e chistes da patota, Requião acha que o Paraná está uma beleza.
Fábio Campana (16/1/2008) O Estado do Paraná.

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Do Dante Mendonça

Com uma receita de ovo frito e no velho estilo populista, o governador Roberto Requião respondeu ao desembargador Lippmann Júnior. Referência irônica à censura no período da ditadura militar, quando o jornal O Estado de S. Paulo editava receitas culinárias para substituir as reportagens censuradas.“Com a clara crocante e gema mole” - pediu Roberto Requião, conforme a tradicional receita do populismo, porque não haveria o neobolivariano de levar aos telespectadores receitas do fino trivial variado que é servido no Palácio das Araucárias.

Só coisa boa: em 2007, o paladar do governista esteve longe de um singelo ovo frito. Por exemplo, um almoço regado a vinhos argentinos e carne de carneiro saiu por R$ 4,8 mil. E só no Hotel Bourbon foi tirada uma nota no valor de R$ 2,2 mil, referente a um almoço. Apenas em dezembro do ano passado, a cozinha palaciana gastou mais de R$ 50 mil. Destes, R$ 3,6 mil com pães, R$ 2,5 mil com pó de café e outros R$ 5,7 mil com carnes nobres. Ovos, só de codorna.

Somente em pescados, a “fome zero” estadual despendeu mais de R$ 27 mil no ano passado.

Portanto, na próxima terça-feira seria de bom tom apresentar uma receita de lagosta. Mais próxima do cardápio habitual, longe do populista ovo frito.

****Receita de lagosta à moda da Ilha das Cobras.

As lagostas são encomendadas em Itajaí, Santa Catarina. Uma por pessoa, elas precisam estar bem animadas, sacudindo as caudas e levantando as pinças. A lagosta é segura pelas costas, atrás da cabeça. Se a cabeça não se sustentar ao ser apanhada, é devolvida: não está fresca.

Os funcionários da Casa Civil buscam outras (outras e ostras).

Assim que as lagostas chegam à cozinha palaciana, descansam num recipiente com bastante espaço para respirar. Mesmo aquáticas, as lagostas conseguem viver no ar durante várias horas, mas quando mantidas frescas e úmidas.

1 - Em seguida, o chefe da Casa Civil Rafael Iatauro providencia um caldeirão fundo, com tampa, grande o bastante para conter as lagostas completamente imersas na água. (3 litros de água por 750g a 1 kg de lagosta, levando em consideração que a panela não deverá ficar mais de três quartos cheia).

2 - Nizan Pereira junta meia xícara de sal marinho para cada 5 litros de água (para produzir uma imitação de água do mar) e leva a uma fervura vigorosa.

3 - Rafael Greca é o encarregado de mergulhar a lagosta de cabeça na água fervendo, uma de cada vez. Ele tampa e retoma a fervura. Após isso, reduz o fogo e volta a cozinhar. Uma lagosta de uns 600g levará uns 11 minutos; 450g, uns 8 minutos; 1 kg, uns 15 minutos. Não deve ser cozida demais para a carne delicada não ficar dura.

4 - Feito isso, Benedito Pires retira a lagosta da água com ajuda de pinças, tomando o cuidado para não deixá-la cair de novo na água e respingar, depositando-a num balcão coberto com papel ou pano.

5 - A próxima tarefa é de Doático Santos: ele escorre o excesso da água da lagosta fazendo um pequeno furo entre os olhos com a ponta de uma faca pequena. Depois apóia cada lagosta numa panela ou na pia, com a cabeça para baixo, para que o líquido escoe da carcaça. Isso diminui a bagunça, quando a lagosta for aberta.

Pronto está: Eduardo e Maurício Requião levam as iguarias correndo à mesa, servidas com manteiga derretida e cunhas de limão.

****Na próxima terça-feira, bom apetite, governador!
Dante Mendonça [16/01/2008]O Estado do Paraná