da Mary
Eu tive uma chefe que está afastada do cargo. Eu admiro muito essa mulher e sempre que puder fazer algo por ela, farei. Meio que em cima da hora, a faculdade pediu pra ela organizar o curso preparatório para concurso de professor. Ela veio aqui em casa no carnaval (porque tá morando em outra cidade) e pediu pra eu dar aula de 3 livros indicados. Eu disse que ok e fiquei com a primeira aula pra amanhã. Porque os outros professores não toparam, com prazo tão curto. Mas eu faço coisas impossíveis por ela. Na boa, é uma das pessoas que mais ajudou profissionalmente. Quarta-feira ela me liga. Eu teria que dar aula de um quarto livro. Pra amanhã também. E me mandou o livro. E é, talvez, o livro mais chato do mundo. É um desses livros sobre pedagogia do futuro. Ou o ensino em tempos tecnológicos. É uma bosta. Ele faz toda uma teoria a respeito das mudanças da corporeidade (ui). E como cérebro e mente estão se adaptando ao cibernético. É um teólogo que escreveu esse livro. Na capa ele mente e diz que é filósofo e sociólogo. Ninguém é filósofo e sociólogo. Só Marx. E ele fica só dizendo aquelas coisas. Que o paradigma cartesiano foi superado e que agora temos novas referências para pensar a realidade e o corpo humano. A anatomia não dá mais conta e ela tem que pedir ajuda para a teoria do caos e as teorias dos sistemas complexos. Como ele nem sabe direito o que nenhuma dessas teorias que ele tanto cita, a gente só consegue ler uma coisa durante todo o livro. Bláblábláblábláblá. Minha aula é amanhã à 1 da tarde. Eu tô na metade do livro. Porque tenho que montar a apostila e tô lendo e montando ao mesmo tempo. Aí inventei uma coisa arrojada, né? Dormi a tarde inteira. E dou aula agora e depois entro a madrugada até acabar isso tudo. Pra ser sincera. Tô sem intenção de dormir. Termino de fichar às 6 da manhã. E fico formatando as apostilas até a hora da aula. Não tem nada mais chato que dar aula pra concurso. Porque você não pode discutir. Criticar. Ilustrar com imagens ou um curta-metragem. É só informação, informação e informação. No caso de um concurso para professores. A informação é a respeito de como uma aula não deve ser apenas centrada na informação.
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É o segundo concurso pro qual eu dou aula, organizado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Tô pra ver um órgão mais incompetente. Eles tem essa mania de pedagogia do amor. E tudo aquilo que o tonto do Gabriel Chalita nos ensinou. Daí que sempre tem montes de teológos e coisas assim na bibliografia. Na boa, é de chorar.
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Mary:
Um dos GRANDES problemas das secretárias de educação é a quantidade de lixo que vai indicada aos professores. Se em São Paulo a fase é a da pedagogia do amor, Chalita, e mais baboseiras, no Paraná é a teoria histórico crítica. É a teoria pseudo-marxista Faça a guerra contra o amor. Tudo vira história, tudo vira crítica, mas a escola é a mesma. Jeitão de Chalita de esquerda. Professores lendo repetindo chargões... Dá um bruta sono!
2 comentários:
Seu blog é ruim pacas... e você como uma professora não tem noção de política falar mal do CHALITA. O único cara q nos defende na política e defendeu na secretaria. Acho q seu problema é ser mal amada.
Abraço,
Prof. Chico
Parafraseando o título de um livro de Lenin, pergunto: O que fazer?
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