O GOSTO DE SAUDADE por Julia Bellini Capelari
Tem gosto de coca-cola uma de minhas saudades.
Mas não qualquer coca-cola, é aquela, aquela que em cascos de vidro eram trazidas por um ser especial. Meu avô Tato. É saudade do meu avô que, lá na sua terra, buscava, dando gargalhadas, a tota-tola da Júlia. Subia meio quarteirão de alegria nos ombros do vô Tato, uma das maiores felicidades.
Essa aaudade vem acompanhada da janta da vó. E saudade da vó também. Naquele tempo, isso era minha “Terra” e, por não ser terra de fato, palpável, só pode me proporcionar uma saudade com rótulo e código de barra, ingredientes e local de fabricação, data de validade e lote. Mesmo assim, é uma das melhores saudades.
É a saudade das brincadeiras na casa dos avós, e a saudade do avô que já foi, bem como do velho Butcher que em nossos tempos de pequenos fazíamos farra usando um balde vermelho.
Saudade que estará sempre comigo, lembrando que apesar da tal Porto Ferreira estar longe, parecer ingrata... Ela faz parte da nossa história.
Saudade que me faz pensar que nem todo dia é leve, porém, nem todo dia é abandono, que as pessoas mudam, melhoram, pioram, melhoram outra vez e deixam saudades com sabores, com cores, com aromas, com sons e imagens... lá no fundinnnnn do peito.
Tem gosto de coca-cola uma de minhas saudades.
Mas não qualquer coca-cola, é aquela, aquela que em cascos de vidro eram trazidas por um ser especial. Meu avô Tato. É saudade do meu avô que, lá na sua terra, buscava, dando gargalhadas, a tota-tola da Júlia. Subia meio quarteirão de alegria nos ombros do vô Tato, uma das maiores felicidades.
Essa aaudade vem acompanhada da janta da vó. E saudade da vó também. Naquele tempo, isso era minha “Terra” e, por não ser terra de fato, palpável, só pode me proporcionar uma saudade com rótulo e código de barra, ingredientes e local de fabricação, data de validade e lote. Mesmo assim, é uma das melhores saudades.
É a saudade das brincadeiras na casa dos avós, e a saudade do avô que já foi, bem como do velho Butcher que em nossos tempos de pequenos fazíamos farra usando um balde vermelho.
Saudade que estará sempre comigo, lembrando que apesar da tal Porto Ferreira estar longe, parecer ingrata... Ela faz parte da nossa história.
Saudade que me faz pensar que nem todo dia é leve, porém, nem todo dia é abandono, que as pessoas mudam, melhoram, pioram, melhoram outra vez e deixam saudades com sabores, com cores, com aromas, com sons e imagens... lá no fundinnnnn do peito.
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