Obra de Kerry Tribe no outdoor da Avenida LaBrea, em Los Angeles, na exposição do MAK Center for Art and Architecture, “How Many Billboards? Art in Stead”, espalhada em 21 outdoors com obras de diferentes artistas pela cidade. Fotografia de Gerard Smulevich/cortesia MAK Center for Art and Architecture na coluna “Seeing Things” de Brooke Hodge in The New York Times, 18/2/2010.
Em uma das cenas mais belas da história do cinema, Steve Martin para o carro no meio da freeway e começa a conversar com um dos milhares de outdoors da cidade. Está no lindo “L.A. Story”, de 1991, dirigido por Mick Jackson. Essa foi um pouco a idéia maravilhosa de Kimberli Meyer, diretor do MAK Center de Los Angeles, na substituição da onipresente propaganda por obras de arte, como essa sensacional de Kerry Tribe. Eis aqui a essência da arte em sua resposta magnífica à pergunta síntese de nossa época: para que serve? Para nada!
Em uma das cenas mais belas da história do cinema, Steve Martin para o carro no meio da freeway e começa a conversar com um dos milhares de outdoors da cidade. Está no lindo “L.A. Story”, de 1991, dirigido por Mick Jackson. Essa foi um pouco a idéia maravilhosa de Kimberli Meyer, diretor do MAK Center de Los Angeles, na substituição da onipresente propaganda por obras de arte, como essa sensacional de Kerry Tribe. Eis aqui a essência da arte em sua resposta magnífica à pergunta síntese de nossa época: para que serve? Para nada!
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COMENTÁRIO: Ferrari, linda arte! Lindo texto! Hanna Arendt respondeu certa vez à essa questão: " Para que serve isso?" com outra pergunta: PARA QUE SERVE SERVIR? Meus alunos das ciências biológicas já perguntaram para que serve a disciplina história das ciências e da metodologia de pesquisa. RESPONDO: Para nada! Para tudo. Depende de quem.
Hoje vindo da universidade para casa a pé não vi a arte do artista, mas da natureza. O pôr do sol, as árvores, pássaros... cada arte dessa tirando minha raiva e desgosto passado em mais um dia de luta com a "burrocracia".
Pensei assim:
1 - Um anú preto gritando para outro na grama em frente à biblioteca. Este pássaro é mais feliz do que o chefe que me enrola para fazer vista grossa ao meu pedido. Se não for isso, pelo menos a pequena ave é mais charmosa do que o rapaz vislumbrado com seu gabinete.
2 - esta árvore é mais bonita do que a chefa que encaminha minha solicitação há 20 dias para lugares que não alcanço.
3 - essa grama fininha é mais esplendorosa do que as pessoas com as quais tenho tido contato nesses dias. Ninguém quer me ouvir. Ai, um desliga o telefone na minha cara. Outro diz (berrando) que serei responsável pelo fechamento do departamento dele se levar a "sua" secretária. Outra lava as mãos diante de minhas denúncias.... Ei, alguém aí! Alguém aí quer me ouvir? O anú grita: EU!
Bom, quando nem a arte me acolhe, eu faço guerra. Amanhã começarei!
2 comentários:
Cara Marta, obrigado pelas referências, sempre. Adorei suas associações com a "burrocracia". É de lascar! Seu blog está muito lindo. Um grande abraço, Leonardo Ferrari.
Cara Marta, muito lindo seu trabalho aqui neste blog. Gostei demais de tuas associações com a "burrocracia". É de lascar! E obrigado pelas referências, sempre. Um grande abraço, Leonardo Ferrari.
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