Tomografia do cérebro de uma pessoa saudável, acima, quando ela responde “sim” ou “não” e, abaixo, de um paciente em estado vegetativo.
Fonte: Benedict Carey in The New York Times, 4/2/2010.
A medicina me devolveu a esperança no PSDB. Na quarta-feira foi divulgada por Benedict Carey no The New York Times a sensacional pesquisa feita na Bélgica em que médicos descobriram que um paciente, em estado vegetativo, diante da pergunta “você tem irmãos?”, demonstrou traços de atividade cerebral evidenciado em tomografias do cérebro para as respostas “sim” e “não”, contrariando tudo o que se sabia até então sobre esses pacientes e abrindo um novo horizonte de tratamento. Magnífico! Quem sabe isso possa ajudar o candidato-não candidato à presidência ou não, José Serra, atual governador de São Paulo pelo PSDB. Na semana em que o PT divulgou sua “nova” carta de intenções para o “novo” governo que vem aí, “à esquerda” do atual, um arrazoado retrógrado, arcaico, dinossáurico em sua defesa das estatais e do Estado “grande”, do Estado-babá, do Estado-cabide, nada se ouviu da boca do candidato-to be or not to be, José Serra. Minto. Na mesma quarta-feira o governador deu entrevistas para falar sobre o aumento da violência em São Paulo. E o que disse o governador-talvez candidato? Disse que a culpa do aumento da violência em São Paulo é a “histerese” – cuidado, não é a “histeria”, coitada, mas sim um conceito da “física”, tão esdrúxulo, tão sem pé nem cabeça, que me recuso a repetir aqui a “explicação” técnica do governador. Dá dó.
Fonte: Benedict Carey in The New York Times, 4/2/2010.
A medicina me devolveu a esperança no PSDB. Na quarta-feira foi divulgada por Benedict Carey no The New York Times a sensacional pesquisa feita na Bélgica em que médicos descobriram que um paciente, em estado vegetativo, diante da pergunta “você tem irmãos?”, demonstrou traços de atividade cerebral evidenciado em tomografias do cérebro para as respostas “sim” e “não”, contrariando tudo o que se sabia até então sobre esses pacientes e abrindo um novo horizonte de tratamento. Magnífico! Quem sabe isso possa ajudar o candidato-não candidato à presidência ou não, José Serra, atual governador de São Paulo pelo PSDB. Na semana em que o PT divulgou sua “nova” carta de intenções para o “novo” governo que vem aí, “à esquerda” do atual, um arrazoado retrógrado, arcaico, dinossáurico em sua defesa das estatais e do Estado “grande”, do Estado-babá, do Estado-cabide, nada se ouviu da boca do candidato-to be or not to be, José Serra. Minto. Na mesma quarta-feira o governador deu entrevistas para falar sobre o aumento da violência em São Paulo. E o que disse o governador-talvez candidato? Disse que a culpa do aumento da violência em São Paulo é a “histerese” – cuidado, não é a “histeria”, coitada, mas sim um conceito da “física”, tão esdrúxulo, tão sem pé nem cabeça, que me recuso a repetir aqui a “explicação” técnica do governador. Dá dó.
Eu pensava que nada podia ser pior do que os discursos do Lula falando bem de si próprio – ou seja, todos. Me enganei. Ouvir Serra falando da histerese dá convulsão, dá parada cardíaca, dá falência múltipla de órgãos. Nem com tradução simultânea para o português uma coisa dessas pode seguir adiante. Mesma coisa em relação ao golpe militar perfeito de Honduras. O que se ouviu do candidato-ainda não, José Serra? Confesso que nada ouvi. E o silêncio é também resposta. Até a ótima The Economist perguntou em sua edição de quinta-feira quando é que o governador vai acordar. Não se sabe. Porém, hoje de manhã, encontro no jornal um excelente artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chamado “Quem tem medo do passado?”. Deu gosto de ler e deu saudade. E só aí percebi então que minha esperança no PSDB se chama Fernando Henrique Cardoso. Conseguirá este homem, à la Avatar, entrar neste corpo moribundo e fazê-lo caminhar? É a minha esperança.
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